ENEM e vestibulares: conheça as principais obras de Graciliano Ramos

Confira o resumo sobre as obras de Graciliano Ramos que separamos para você

Todos nós sabemos que as questões de português e de literatura das principais provas do país, como os vestibulares e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), abordam os autores mais relevantes da literatura brasileira.

Um dos autores mais abordado pelas questões é Graciliano Ramos, escritor brasileiro que fez parte do movimento modernista.

Dessa forma, para que você consiga garantir um bom desempenho nas suas provas, separamos um resumo completo sobre as principais obras de Graciliano Ramos. Vamos conferir!

Quem foi Graciliano Ramos?

Graciliano Ramos viveu entre os anos de 1892 e 1953 e foi um importante escritor da segunda fase do movimento modernista brasileiro, que esteve em vigor entre 1930 e 1945.

Ao longo de sua carreira, o autor escreveu diversas obras literárias. Conheça, a seguir, os principais livros de Graciliano Ramos.

Obras de Graciliano Ramos: São Bernardo

São Bernardo, obra publicada no ano 1934, é um dos romances de Graciliano Ramos mais apreciados pela crítica. O livro é divido em 36 capítulos e narra a história de Paulo Honório, um homem que consegue sair de uma condição simples e se tornar um latifundiário.

Porém, conforme enriquece, Paulo Honório se torna cada vez mais solitário e agressivo. Ao longo dos capítulos, Graciliano Ramos analisa as mudanças no comportamento do personagem. É interessante observar que Paulo Honório possui consciência de seu comportamento violento e rude, relacionado com a sua atividade profissional. Assim, o leitor pode observar o comportamento agressivo do personagem desde os primórdios da narrativa até o fim da obra.

Uma das principais características do romance é a constante comparação do protagonista com a sua propriedade: os dois se tornam um, o que pode explicar o nome do romance: apesar de contar a história de Paulo Honório, Graciliano Ramos opta por nomear o livro a partir do nome da propriedade (São Bernardo). Por meio dessa estratégia, o autor destaca que a procura por lucros e pela expansão de sua fazendo é o principal objetivo de Paulo, o que prejudica a sua relação com as pessoas, principalmente a sua esposa.

Obras de Graciliano Ramos: Vidas Secas

Vidas Secas é o romance de Graciliano Ramos mais abordado por questões de provas em geral. A obra foi publicada em 1938 e retrata o cotidiano de uma família de retirantes que vive no sertão nordestino.

No romance, uma família de retirantes busca uma vida melhor. A família é formada por Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, os dois filhos, a cadelinha Baleia e um papagaio. Os filhos não possuem nome e são chamados de Menino mais Novo e Menino mais Velho. É válido destacar que um dos grandes destaques do romance é o personagem Fabiano, que constantemente se compara com um animal, já que é incapaz de se comunicar.

Foto de Graciliano Ramos
Graciliano Ramos é um dos principais escritores da literatura brasileira. Imagem: Biblioteca de São Paulo/Reprodução

O romance é narrado em terceira pessoa e o livro possui poucos discursos diretos. O narrador, por sua vez, é onisciente e narra os pensamentos dos personagens da obra.

Obras de Graciliano Ramos: Angústia

Angústia é um romance de Graciliano Ramos publicado no ano de 1936.

A obra narra a história de Luís da Silva, um funcionário público que sofre constantes explorações no emprego e por parte do dono da casa em que mora. A situação angustiante de seu cotidiano influencia o modo de comportamento do personagem, que é um homem sozinho e angustiado.

Um dia, Luís se apaixona por Marina, sua vizinha, e os dois decidem casar. Porém, Marina o abandona por Julião Tavares, um homem rico. Todavia, Luís não vai consegue lidar com o abandono e toma uma decisão desesperada: assassinar Julião.

Umas das características mais peculiares de Angústia é que a narrativa criada por Graciliano Ramos não segue um tempo cronológico, mas sim psicológico. Dessa maneira, o início do romance retrata as lembranças de Luís sobre os fatos que serão expostos para o leitor no final do romance, criando um efeito circular na narrativa.

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