Como virar embaixador?

Um dos cargos de maior prestígio na política brasileira é o de embaixador. Isso porque, para ocupar esse cargo, o interessado precisa ter um currículo excelente, certo prestígio nos meios políticos, e uma carreira comprovada, no mundo da diplomacia.

Há exceções, claro, mas elas são raras, uma vez que as exigências sobre um não-diplomata aumentam

Explicaremos melhor nesse artigo. Confira.

 

Embaixador, cônsul e chanceler

O embaixador e o cônsul são funcionários da área da diplomacia, que atuam pelo país que representam, mas fora dele. a diferença entre os cargos é no que se refere a especificidade do trabalho.

Diferente, ainda, do chanceler, que é um funcionário que atua com análise técnica e gestão administrativa, do país, no exterior. No caso de um chanceler, o ingresso é por concurso.

Mas, voltando aos cargos de embaixador e cônsul.

O cônsul é funcionário que pode atuar (ou não) em uma missão diplomática. Seu cargo é mais voltado aos interesses econômicos e socioculturais de seu país de origem, naquele país onde está atuando.

Por exemplo, o cônsul é o funcionário que auxilia brasileiros que tiveram seus passaportes furtados no exterior, ou que ajuda com a burocracia, quando um empresário brasileiro quer abrir uma filial fora.

 

Tá, mas e o Embaixador?

E temos, enfim, o Embaixador. Ser embaixador é ocupar um cargo político. Isso faz toda a diferença, na hora de interpretar o cargo e sua atuação.

Em um exemplo óbvio, quando os Estados Unidos enviam tropas para o Iraque, a pessoa que vai representar o Brasil nessas questões é o embaixador brasileiro no país em questão.

Logo, para ser embaixador, o diplomata precisa estar, em algum nível, alinhado com o viés político da gestão federal daquele momento. Ou ser um profissional de atuação diplomática reconhecida.

Na maioria dos casos, os embaixadores brasileiros são diplomatas de currículo impecável e, diferente do que o senso comum coloca, não é necessário ter formação em Relações Internacionais para ser um embaixador.

Ser formado em RI ajuda – e muito – já que o cargo exige grande conhecimento de política externa, governança, economia entre outros. Porém, a carreira diplomática passa, necessariamente, pelo concurso para o Itamaraty.

Para esse concurso, chamado oficialmente de Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), há uma série de requisitos, dentre os quais: ter nascido no Brasil; ser maior de 18 anos; ter um diploma em curso superior.

Já as provas, no CACD de 2019 foram divididas em duas fases, com questões de língua portuguesa, língua inglesa, historia brasileira e internacional, geografia, economia, política internacional e direito internacional. Na segunda fase, os assuntos se repetem e se acrescentam a essas matérias, língua espanhola e língua francesa.

 

Fui aprovado: e agora?

O interessado que é aprovado no concurso do Itamaraty não começa a carreira no exterior, mas, quase como terceiro-secretário. Além disso, ele também precisa realizar um curso, o Curso de Formação de Diplomatas do Instituto Rio Branco.

A partir daí, o caminho é ir construindo sua carreira na diplomacia. Dificílima, mas não impossível.

 

 

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