Como se tornar detetive particular?

 

Uma das profissões mais glamourizadas é a de detetive particular, talvez, devido aos romances de Sherlock Holmes e Hercule Poirot, talvez por causa dos filmes de Humphrey Bogart (1899-1957), inspirados nos livros de Dashiell Hammett (1894-1961), ou ainda pelo anti-herói Mandrake de Rubem Fonseca (1925-2020).

O fato é que a figura de um detetive particular desperta a imaginação das pessoas, e algumas até imaginem como que é a vida desses profissionais. Cercada de mistérios? Perseguindo ladrões internacionais? Investigando crimes sem solução?

A verdade, entretanto, não é tão glamurosa assim. A vida de um detetive particular costuma ser, muito mais, investigando documentos, do que perseguindo bandidos. E como alguém se torna um? Existe um curso de detetives, no Brasil?

Não exatamente. O que existem são cursos que podem facilitar – e muito – o trabalho de quem quer seguir essa área. Veja quais são.

 

1.      Direito

Um detetive é alguém que busca informações; eventualmente, sua busca é por informações sobre atos contrários à Lei. Logo, ter formação em Direito – e especialização em Direito criminal – pode ser um diferencial, inclusive para o investigador saber atos criminosos, na vida de seus “alvos”.

Vale dizer que investigadores particulares são bastante requisitados – mas não para encontrar estátuas de falcões ou assassinos de herdeiros – e sim para identificar atos de espionagem industrial – extremamente comuns em empresas.

Ademais, o detetive precisa saber o que ele pode – e não pode – fazer.

 

2.      Tecnologia e programação

Por “Tecnologia” e “Programação” não queremos dizer que o detetive precisa ser um Ás da Computação, nem que ele precisa ter gadgets dignos de um James Bond.

O que um detetive precisa saber fazer é instalar e utilizar aparelhos e apps de espionagem e rastreio. Câmeras escondidas e acesso a mensagens privadas podem servir de provas, em eventuais casos de traição e espionagem industrial.

Claro que o profissional precisa ser ético, e não usar as informações para proveito próprio. E ele precisa ter ciência de que o uso de apps de espionagem são passiveis de punição legal.

 

3.      Defesa corporal

Detetives, particulares ou não, eventualmente são descobertos. E nem sempre a resposta do investigado será tranquila. Então, você, como detetive, precisa conseguir se defender.

Vale dizermos que detetives particulares não são policiais. Então, o detetive não pode usar armas, não pode realizar prisões, não pode algemar pessoas.

 

4.      Atuação

Um detetive particular pode fazer investigações disfarçado. Às vezes, os disfarces são necessários, para se acessar informações que o suspeito não falaria para o contratante.

Assim, o detetive precisa saber criar uma personagem, se maquiar conforme a persona, e “entrar nela”, precisa saber se comportar de forma diferenciada, precisa saber controlar emoções, também provocar elas nas pessoas.

Isso pode ser aprendido em um curso de atuação ou de teatro.

 

5.      Escrita contábil e administrativa

Como a maior parte das investigações de detetives envolve fraudes e espionagem industrial, saber ler e interpretar documentos que provem o crime é muito importante.

Logo, saber interpretar informações contábeis é essencial, para esse tipo de investigação.

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