Por que usar exercícios de teatro em aulas de idiomas?

 

Quem dá aulas de língua estrangeira sabe: uma das maiores dificuldades de alguns alunos é se apropriar da fluência de fala.

A parte de leitura e escrita apresenta alguma dificuldade, mas não tanta, quanto a fala, pois nesse caso, temos outros índices de sentido. No caso da fala não: é preciso saber o vocabulário e pronúncia.

Logo, o que o professor de línguas pode fazer, para os alunos se desenvolverem, na parte oral de uma língua?

Umas das tendências do ensino de línguas, principalmente no caso de línguas para fins específicos, é o uso do psicodrama.

Vale dizer que a proposta não é nova – há 40 anos, pelo menos, ela é usada em algumas das principais instituições de ensino superior e de idiomas, em todo o mundo. Entretanto, muitas escolas e franquias, simplesmente, parecem ignorar esse caminho.

Seja como for, entenda como usar o psicodrama nas aulas de idiomas.

 

1.      Simulando uma situação real

A principal vantagem do psicodrama em ensino é a proposta dessa área, que engloba técnicas de teatro e propostas psicoterapêuticas: o uso de conhecimentos e experiências prévias, na construção de uma simulação do real.

O mesmo acontece no caso do ensino de línguas. Cada situação comunicativa exige uma série de vocábulos e formas de comunicação específicas. Isso nem sempre é possível, em uma situação de sala de aula.

Entretanto, simular esse contexto em sala é uma atividade interessante. Inclusive, pro estudante ampliar seu conhecimento, para além do vocabulário básico.

Por exemplo, se o aluno for um taxista, há toda a uma série de frases e sequência de frases que devem ser usadas, do início ao fim de uma corrida. Como se trata de um cenário comum ao aluno, ele desenvolve fluência maior, “ensaiando” uma realidade.

 

2.      Lidando com as próprias dificuldades

A questão mais importante do psicodrama, como um todo, é a parte terapêutica dela. No caso de uma abordagem por um analista, isso fica evidente.

No caso do psicodrama usado em aulas de línguas, a questão central é, justamente, as dificuldades em comunicação interpessoal.

Ou seja, os porquês de o estudante se comunicar com maior ou menor fluidez. Se as aulas tiverem mais de um aluno, outras questões vão atravessar o ensino, como o “falar em público” e o “falar com desconhecidos”.

Claro, o professor não deve ser terapeuta, contudo, ele pode trazer essas questões à tona e, pelo ensino de comunicação oral, incentivar o aluno a enfrentar os próprios traumas.

 

 

3.      Incentivando a autonomia

Uma das principais vantagens do uso de psicodrama em aulas, como falamos, é o incentivo à autonomia do estudante. Diante de simulações da realidade, ele precisará lidar com as dificuldades sozinho.

E isso será o que acontecerá, quando ele for usar a língua de fato. O aluno precisa aprender a lidar com o inesperado, em situações comunicativas.

Como explicar uma palavra nova? Como expor uma dúvida? Como pedir informações?

São situações de fala que passam despercebidas em sala de aula.

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