O que faz um urbanista?

Uma das profissões do futuro será a de Arquiteto Urbanista, ou, resumidamente, Urbanista. Por quê? Porque as cidades precisam ser repensadas, de forma a atenderem demandas ecológicas, e de mobilidade e moradia.

Simplesmente não é possível continuar com o crescimento urbano da forma como ele se dá, isso é, sem respeitar marcos naturais e sem repensar a estrutura metropolitana de maneira democrática.

Essas questões são o foco do trabalho de um urbanista. Mas afinal, o que um urbanista estuda? E como você pode se tornar um?

 

A organização da cidade

 

O urbanismo é um ramo da arquitetura, mas, como o nome indica, é um ramo que trata de questões e problemas da urbe – ou seja, da cidade.

Da mobilidade do trânsito à implementação de praças, passando por alvarás de obras e reformas, análise de riscos, e reorganização de espaços de moradia, saúde, educação lazer e comércio… Tudo isso são funções e focos dos estudos e trabalhos de urbanistas.

No seu trabalho, ele deve usar conceitos e teorias da arquitetura, mas em diálogo com outras áreas do conhecimento.

 

1.     Urbanismo e ecossistemas

Da ecologia, o urbanismo pega noções de sustentabilidade e coexistência de meios-ambientes e espécies. Ou seja, forma de pensar como a natureza humana e a cidades podem conviver e coexistir com a natureza inumana, e com os meios-ambientes naturais (bosques, rios vales, morros).

A canalização do rio, a construção de um parque, e os implantes de árvores e plantas em espaços públicos passam pelo aval de um urbanista. Ou seja, tudo em desenvolvimento sustentável.

Analises de impactos ambientais de fábricas e moradias (regulares ou não) também demandam a avaliação de um urbanista (além de químicos, físicos, e similares).

 

2.     Urbanismo e ciências sociais

Das ciências sociais, o urbanismo pega conceitos como Cultura, Função Social, Identidade Social e Classes Econômicas.

Pensar a cidade e as partes que compõe ela é função do urbanista. Entretanto, o profissional não pode fazer isso sem pensar em organização e vida humana.

Certos bairros têm sua fundação e sua estrutura enraizadas em fatos Históricos. Outras, são associadas a algum ramo de serviço ou grupo social (as “Ruas das Noivas” e o “Bairro italiano”, por exemplo).

Existe, ainda, a noção de que as cidades deveriam oferecer oportunidades de lazer, trabalho, saúde e serviços e mobilidade e acessibilidade  – coisa que não acontece. Como consequência, surgem habitações irregulares, favelas insalubres e outros problemas. Pensar soluções para eles é encargo de um urbanista.

Assim, um arquiteto especialista em urbanização não deve (embora alguns façam) criar planos de modernização ou obras, sem considerar esses itens.

 

3.     Urbanismo e Engenharia civil

O urbanismo e a engenharia são quase irmãs. Porém, o trabalho do urbanista é menos matemático do que de um engenheiro.

As duas áreas se encontram, principalmente, na hora de pensar em obras públicas, e em situações envolvendo a defesa civil (desmoronamentos, enchentes, etc.).

 

Formação

A maioria de faculdades de Arquitetura brasileira chamam “Arquitetura e Urbanismo”, e para depois da graduação, há especializações em urbanismo.

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