O que é a Psicologia Nutricional?

 

Quem busca um tratamento alimentar especializado com um nutricionista pode se surpreender, mas às vezes, uma dieta passa necessariamente pelo acompanhamento de um psicólogo.

Tanto que uma área da nutrição que cresce, cada vez mais é a Psicologia Nutricional. Mas o que é essa área? Como ela trabalha?

Porque um fato é verdadeiro: nosso estado mental motiva nossa dieta. Não basta simplesmente dizermos que o alimento é questão de acabar com a fome. Se fosse assim, bastaria usarmos rações feitas de nutrientes, em dada quantidade, diariamente.

Alguns animais são alimentados assim. Por que seres humanos – que são animais – não são?

Pelo fato de que uma comida não é só uma comida. E o ato de comer – ou não comer – está relacionado a mais coisas, do que simplesmente fome e oferta de alimentos.

Buscando correlações, a Psicologia Nutricional surge como uma corrente, cada vez mais relevante, em tratamentos de distúrbios.

Entenda.

 

Comer não é “só comer”

O primeiro fato a ser apontado, aqui, é que o ato de comer não é simplesmente um “matar a fome”. Há uma enorme questão simbólica e social, por de trás de alguns alimentos.

Além disso, existem as particularidades e peculiaridades de cada indivíduo: intolerâncias, alergias, organismos mais ou menos suscetíveis a alguma crise ou disfunção…

Dessa forma, não basta que o nutricionista analise os hábitos de seu paciente, e então construa um cardápio diário. É preciso entender o que o paciente busca, ao se alimentar de tal forma, em tais horários, com tal frequência.

Além disso, a mentalidade de alguém que está passando por uma disfunção alimentar é diferente.

 

Como a mente condiciona faltas e excessos alimentares?

Partindo da ideia de que “comer não significa só se alimentar”, chegamos na psicologia.

Alguém com bulimia ou anorexia apresenta resistência ao ato de se alimentar, ainda que o corpo careça de nutrientes. Já alguém com obesidade apresenta uma alimentação excessiva.

Claro que são exemplos genéricos, mas para falarmos do ponto principal: para enfrentarmos problemas de saúde relacionados a alimentação, nutricionistas e psicólogos (além de médicos e nutrólogos) precisam “unir forças”.

Uma recusa em se alimentar é motivada por muitos fatores, alguns psicossociais. Isso é: a psicologia nos auxilia a entender a mente de alguém que, mesmo estando com um corpo esquálido, se olha no espelho e crê precisar comer menos.

O contrário também é válido. Em um exemplo genérico: por que uma pessoa com sobrepeso come excessivamente? Por que alguém come doces quando está triste?

 

A seletividade alimentar como condição psicossocial

Outra questão da Psicologia Nutricional é a da seletividade alimentar: alguém recusar alguns tipos de alimentos.

Crianças com Transtorno do Espectro Autista apresentam comportamentos assim. Porém, pessoas sem TEA também, de forma que a questão, aqui, não é apenas uma condição diferente.

O que motiva a seletividade alimentar? Como reeducar crianças em alimentação saudável?

Essas são algumas das perguntas e questionamentos que motivam a Psicologia Nutricional, que estão cada vez mais em voga, quando pensamos em alimentação saudável e equilibrada.

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