5 mitos sobre a Medicina Clínica Geral

 

Quem prestou medicina no vestibular já sabe: não basta se graduar.

Médicos precisam ter algum nível de aperfeiçoamento e especialidade, se quiserem avançar na carreira. E acredite, há muitas possibilidades – 55 áreas, segundo publicação recente do Conselho Federal de Medicina.

E há uma que é essencial para todos os atendimentos médicos, mas é pouco popular, quando não-médicos vão falar sobre especializações: a de clínico geral.

Justamente por ser um médico “geral”, o clínico geral, muitas vezes, se vê em meio a mitos infundados, sobre seu trabalho, formação e afins.

O primeiro deles: o de que ele não é especialista. Confira:

 

1.      “Todo médico é Clínico Geral”

O primeiro mito se refere, especificamente, a uma questão de linguagem, mas que, em termos práticos, faz toda a diferença.

Todos os médicos recém-formados são generalistas. Ou seja, sabem o básico da medicina geral. Se você estiver com sintomas de dengue, um oftalmologista vai conseguir identificá-los, por exemplo.

A questão é que para ser um Clínico Geral você precisa estudar: Fazer a Residência Médica em Clínica Geral.

 

2.      “Clínicos Gerais não têm especialização”

Como vimos, na verdade, Clínicos Gerais têm sim uma especialização. Porém, a grande diferença é em relação àquilo que eles estudam.

Um oncologista vai se especializar em questões relativas a canceres. E alguém cuja especialidade é “geral”?

Nesse caso, os estudos serão em cima de medicina primária.

Seu trabalho constitui-se em atender as queixas dos pacientes, identificar sinais ou indícios de doenças e demais problemas, prestar esclarecimentos quanto a procedimentos, acompanhar a evolução de quadros clínicos, orientar na prevenção de doenças e problemas de saúde, entre outros.

O Clínico Geral, talvez, seja mais lembrado quando o assunto é fazer um check-up, ou seja, passar por uma avaliação geral e, posteriormente, ser encaminhado a especialistas.

 

3.      “Clínicos Gerais não precisam continuar estudando”

Uma mentira, se considerarmos que a medicina preventiva avança, todos os anos. Um Clínico Geral competente precisa se atualizar constantemente.

Principalmente na oncologia, que busca estar sempre um passo à frente no surgimento dos canceres. Um Clínico Geral que desconhece esses avanços pode, eventualmente, deixar de diagnosticar seu paciente de forma adequada.

Basta nos lembrarmos: o diagnóstico precoce é sempre a melhor solução. E às vezes, esse diagnóstico precoce é, justamente, um sinal que um leigo jamais suspeitaria.

 

4.      “Clínicos Gerais são clínicos genéricos”

Esse mito é completamente infundado. A especialização do Clínico Geral é, justamente, ter uma visão de um todo.

Ou seja, ele não vai se aprofundar em um tratamento de câncer ou úlcera. Mas, vai se especializar para identificar, por meio de sintomas, relatos do paciente, histórico familiar, entre outros, os primeiros indícios de doenças como câncer ou úlcera.

 

5.      Clínica Geral é pra idosos”

Algumas pessoas tendem a associar a medicina geral a terceira idade. Um erro. A medicina de terceira idade é a gerontologia.

Um Clínico Geral atende pacientes de qualquer idade. Ele pode, por exemplo, prestar orientações na prevenção de doenças sexuais, diabetes, gastrites ou problemas neurológicos.

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