Uma das áreas da neurologia que mais tem crescido, nos últimos anos é a neuropsicologia.
Unindo o conhecimento médico em neurologia, a estudos de Psicologia, a carreira tem ganhado destaque, tendo em vista a (louvável) inclusão de Pessoas com Deficiência, na sociedade, e o aumento da expectativa de vida (e com ela, o aumento de idosos com doenças mentais).
Entretanto, para o público leigo, a carreira ainda é meio “misteriosa”. Porque afinal, o profissional é um médico ou um psicólogo? É alguém que vai receitar remédios, ou fazer sessões?
Na verdade, o neuropsicólogo é um pouco de cada, mas sendo um profissional com uma maneira de atuar única. Para entendermos melhor, vamos analisar como as duas áreas da titulação se constroem, e em que pouco elas se tocam.
1. Neurologia
O neurologista é um profissional da Medicina, primeiramente. Sua atuação é em relação a questões de saúde que afetam o Sistema Nervoso, tanto cerebral, quanto periférico (os membros que são “comandados” pelo cérebro) – e aqui fazemos uma definição rápida.
Os neurologistas atuam fazendo avaliações do paciente, seja em relação a sua resposta motora, seja em relação a sua resposta cognitiva. Ou seja, fazem testes físicos e de raciocínio, a fim de avaliar as condições do paciente.
Podem receitar remédios, indicar tratamentos complementares (psicoterapia, fisioterapia e similares), pedir avaliações e exames (como tomografias), e fazer operações.
Trata-se de uma especialização. Então, para ser neurologista, o médico precisa fazer a residência – que na maioria das instituições é de 3 anos.
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2. Psicologia
A Psicologia é uma área de estudos por si só. Logo, para se tornar psicólogo, é necessário fazer a graduação, que na maioria das universidades brasileiras é de 5 anos.
Psicólogos podem lidar com questões variadas, incluindo distúrbios de aprendizagem e problemas mentais, de forma que essa é uma das formas de atuação da área em hospitais.
Contudo, Psicólogos não são médicos. Existe, inclusive, a possibilidade de o psicólogo ter uma atuação muito mais social ou política, se ele se especializar em linhas e tratamentos dessa natureza.
Contudo, ele também pode se aprofundar em linhas que se aproximam da medicina – mas, atuando como psicoterapeutas. Ou seja, sem indicar remédios, mas podendo solicitar exames psicotécnicos ou clínicos (tomo tomografias).
3. A Neuropsicologia
Um neuropsicólogo não é, na maioria das vezes, um médico. Ele pode ser alguém formado em Medicina, mas essa graduação não é um pré-requisito. Diferente da Psicologia.
Ou seja, neuropsicólogo são primeiramente psicólogos. São profissionais da Psicologia que estudam questões de Medicina específicas para o tratamento de problemas e doenças mentais.
Trata-se de uma área multidisciplinar, na qual o neuropsicólogo atua junto com profissionais da saúde e da psicologia, a depender de como é feito o tratamento e as avaliações necessárias.
A área ainda é bastante nova, e poucos hospitais e instituições de ensino superior ofertam a especialização nela. Apesar disso, já existem especializações da neuropsicologia ainda mais específicos.
As duas que têm recebido mais atenção pública são a Neuropsicologia Infantil e a Neuropsicologia Geriátrica.
