Gramática: Principais tipos de Sujeito na língua portuguesa

Na língua portuguesa, o sujeito é a parte da oração que determina a concordância do verbo. Ele pode ser um substantivo, pronome ou até mesmo uma oração subordinada, havendo vários tipos de sujeito. Esse elemento é essencial para a construção de uma frase correta e coerente, pois indica quem ou o que está praticando a ação expressa pelo verbo. Além disso, o sujeito também é importante para a concordância verbal, ou seja, para que o verbo concorde em número e pessoa com o sujeito da frase.

Dea acordo com o gramatico Evanildo Bechara (2001), o sujeito é “à unidade ou sintagma nominal que estabelece uma relação predicativa com o núcleo verbal para constituir uma oração”.

Identificar o sujeito em uma frase é fundamental para compreender o sentido da mensagem transmitida. Ele pode ser simples, composto, oculto, indeterminado ou inexistente, dependendo da estrutura da frase. O sujeito é um dos elementos essenciais da gramática que contribui para a clareza e coesão do texto, sendo indispensável para a comunicação eficaz.

Tipos de sujeito

Os sujeitos presentes nas construções sintáticas da língua portuguesa são de diversos tipos, se comportando e aparecendo nas orações de forma distinta. Confira abaixo um breve resumo.

Sujeito Simples

O sujeito simples é composto por apenas um núcleo, seja um substantivo, pronome ou expressão equivalente. Essa simplicidade proporciona clareza à estrutura da frase, tornando-a mais direta e fácil de compreender.  Por exemplo, na frase “O estudante foi à biblioteca”, o sujeito simples é “O estudante”.

Sujeito Composto

Ao contrário do sujeito simples, o sujeito composto é formado por dois ou mais núcleos, unidos por conjunções como “e” ou “ou”. Essa estrutura confere harmonia à frase, permitindo a inclusão de diferentes elementos na ação.  Por exemplo, na frase “João e Maria chegaram juntos”, o sujeito composto é “João e Maria”.

Sujeito Oculto ou Elíptico

Nem sempre o sujeito é explicitamente mencionado na frase. O sujeito oculto, também chamado de elíptico, ocorre quando o agente da ação é subentendido pelo contexto. Essa omissão adiciona um toque de mistério à estrutura gramatical. Por exemplo, na frase “Chegamos cedo”, o sujeito oculto é “nós”.

Sujeito Indeterminado

O sujeito indeterminado surge quando não se deseja ou não se pode identificar quem realiza a ação. Utilizado frequentemente em frases na terceira pessoa do singular, esse tipo de sujeito proporciona anonimato à ação.  Por exemplo, na frase “Precisa-se de voluntários”, o sujeito indeterminado é “alguém”.

Sujeito Inexistente

Em algumas situações, não há um sujeito claro na frase. Isso ocorre em expressões impessoais, como “é necessário” ou “faz calor”. Nesses casos, o sujeito é considerado inexistente, dando destaque à ação em si.  Por exemplo, na frase “Choveu muito durante a noite”, o sujeito inexistente é “chover”.

Sujeito Expletivo ou Pleonástico

O sujeito expletivo, também chamado de pleonástico, é um dos tipos de sujeito que confudem os estudantes. Trata-se de um elemento gramatical redundante que não exerce função sintática na frase. Ele é utilizado para enfatizar a ação, conferindo um tom mais expressivo à sentença. Um exemplo de sujeito expletivo, também chamado de pleonástico, seria: “É necessário que todos participem da reunião.” Neste caso, “é necessário” é uma expressão impessoal que introduz uma ação sem especificar quem a realiza, tornando o sujeito inexistente e destacando a importância da participação de todos na reunião.

Sujeito Agente da Passiva

Na voz passiva, o sujeito da ação torna-se o foco principal. O sujeito agente da passiva é aquele que executa a ação, destacando-se na frase. Esse tipo de sujeito é comum em textos mais formais ou acadêmicos. Um exemplo de sujeito agente da passiva seria: “O livro foi escrito pelo autor renomado.” Nesta frase, “o autor renomado” é o sujeito agente da passiva, pois é ele quem realiza a ação de escrever (escrita do livro), enquanto o livro é o paciente que recebe a ação.

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