Quais moedas o Brasil já teve? Por quê?

 

Quando vemos a história econômica do Brasil, um fato “pula” aos olhos: nossas unidades monetárias.

Atualmente temos o Real, atualmente, mas nem sempre essa foi a moeda utilizada, e durante um curto período de tempo, no século 20, a unidade monetária corrente foi trocada 7 vezes.

Por que isso aconteceu? Por que a Casa da Moeda não conseguia manter uma única unidade monetária? Veja no nosso artigo.

 

Do princípio a 1942: Réis

Nos primeiros séculos de ocupação portuguesa do território brasileiro, o país ainda era uma colônia dependente de Portugal, de forma que a moeda corrente era o real.

No Brasil, foi chamado de Réis. Esse é o nome que nos lembramos, ao falarmos do dinheiro da Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), e Primeira República (1889-1930) e Era Vargas (1930-1946).

 

1942 a 1967: o Cruzeiro

Na década de 1930, o mundo começava a se recuperar da Crise de 29, quando a Alemanha Invade a Polônia em 1939, deflagrando o que viria a ser a II Guerra Mundial. Isso favoreceu o avanço econômico e industrial de países como o Brasil e a moeda perdeu seu valor impresso.

Para procurar soluções, o governo de Getúlio Vargas criou o Cruzeiro – chamado atualmente de cruzeiro antigo – a fim de revalorizar o poder de compra da população.

A moeda nova estabilizou a economia nacional, porém, nas crescentes inflações ocorridas nos anos 60, ela precisou ser descontinuada.

 

1967 a 1970: Cruzeiro Novo

A fim de estabilizar as contas públicas, o governo federal começou a carimbar as notas de cruzeiro com novos valores. Essa unidade monetária foi chamada de Cruzeiro Novo, e foi usada para adaptação, até que um novo modelo de papel moeda fosse adotado.

 

1970 a 1986: Cruzeiro

O Cruzeiro usado a partir dos anos 70 tinha uma aparência diferenciada do Cruzeiro antigo e do Cruzeiro “carimbado”, mas o valor seguia a taxa do Cruzeiro Carimbado.

Nos dezesseis anos que ela foi utilizada, o Brasil conseguiu estabilizar as contas – grande parte, graças à ocultação de dados sobre as finanças nacionais, esquemas de corrupção e superfaturamento de obras e licitações, e medidas autoritárias.

 

1986 a 1989: Cruzado

Nos anos 80 a “bolha estourou”. Os rombos e atos ímprobos tornaram a economia brasileira insustentável e o país se encaminhou para uma recessão pesada, e uma severa crise de abastecimento.

Visando conter a crise, o governo de José Sarney lança o Plano Cruzado, coordenado pelo economista Dilson Funaro (1933-1989).

 

1989 a 1994: O Cruzado Novo, O Cruzeiro e o Cruzeiro Real

A partir de 1989, a inflação esteva em níveis absurdos e no tempo de menos de 5 anos, a unidade monetária foi trocada três vezes. Primeiro como Cruzado Novo (89-90), depois Cruzeiro (90-93) e por fim Cruzeiro Real (1993-1994).

 

1994: o Real

Com as mudanças econômicas implementadas pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (1993), a economia brasileira começou a se estabilizar, e o país adotou uma nova moeda: o real.

Essa é a unidade monetária de papel-moeda atual.

 

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