O que um técnico de segurança do trabalho faz?

 

Quando falamos em construção civil, ninguém duvida da importância do Equipamentos de Proteção Individual – os EPIs, que abordamos aqui e aqui. os equipamentos, como capacetes, óculos e luvas são essenciais, para que nenhum trabalhador sofra qualquer problema de saúde.

E quanto à fiscalização do uso correto e qualidade dos EPIs? Essa função é do Técnico de Segurança do Trabalho.

Esse profissional não precisa ser graduado em Engenharia ou Arquitetura, mas precisa ter a formação técnica em no curso de mesmo nome – embora exista também a pós-graduação em Segurança do Trabalho (essa sim, para formados em engenharia).

Sua função, entretanto, vai para além de simplesmente “vistoriar” o pessoal e os equipamentos – e aqui estamos sendo irônicos, porque essa vistoria, em si, é exigente.

Além disso, algumas pessoas pensam que esse curso serve apenas para aqueles que querem ser da CIPA – Comissão Interna de prevenção de Acidentes. Esse é outro equívoco.

Logo, o que faz o técnico de segurança do trabalho? Qual é a diferença entre ele e o membro da CIPA? Leia no nosso artigo.

 

1.     A CIPA e o Técnico de Segurança

A CIPA é um cargo obrigatório em empresas com mais de 20 funcionários. ela não é necessariamente composta por pessoas que tenham formação em Segurança do Trabalho.

Mas deve ser coordenada por alguém que seja.

A grande diferença entre o “cipeiro” e a equipe com formação em segurança do trabalho é que os últimos terão uma visão mais técnica, enquanto que os membros da CIPA são mais “fiscais”.

 

2.     O Engenheiro pós-graduado e o Técnico

Assim, as obras precisam ter um Engenheiro com formação em Segurança do Trabalho e um Técnico. Mas qual é a diferença entre eles?

O engenheiro será alguém com uma visão mais aprofundada sobre o canteiro de obras. Além disso, ele precisa conhecer a legislação, funcionamento e operação de máquinas, tecnologias e abordagens para a prevenção de acidentes…

Ou seja, é um cargo que traz muitos trâmites burocráticos e administrativos. Seria uma função a ser cumprida muito mais no escritório, cercado de relatórios e dados, do que no canteiro de obras.

A função de andar pelo canteiro, fiscalizar o uso de EPIs e máquinas é do técnico. É ele que vai andar entre os operários, vai fazer advertências por mal-uso de equipamentos, coordenar o posicionamento de máquinas e esquemas de segurança e sinalização (cones, faixas, escadas).

 

3.     Bem-estar psicológico

Além da parte física, há um campo em segurança laborial que pouca gente falava, até recentemente – a segurança psicológica.

Operários e pedreiros eram considerados trabalhadores “brutos”, ou seja, que não seriam suscetíveis a doenças mentais. Puro preconceito. Trabalhadores da construção civil também podem sofrer depressão, burnout, ansiedade e similares.

Logo, cabe a equipe de segurança do trabalho, identificar, gerir e corrigir essas questões. E também, pensar e promover ações para um ambiente laborial que não seja opressivo.

Assim, para além dos conhecimentos técnicos, esses profissionais também precisam ter algum estudo em psicologia social e recursos humanos.

 

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