Quem trabalha com escrita de conteúdo sabe que, eventualmente, aparecem contratantes e projetos com uma exigência muito falada, mas pouco compreendida: “Escrita criativa”.
Mas afinal, toda a forma de escrita não é criativa? Você precisa pensar nas palavras, usar os termos mais adequados… É, em termos.
De modo geral, temos duas formas de escrita. Uma é a escrita técnica. E essa todos que fazem algum curso, a partir do nível técnico conhecem, minimamente.
É a escrita de TCC, de dissertações, de pesquisas, mas também de manuais, bulas de remédio, informes e afins.
Já a segunda é a escrita criativa. E ela é o quê? Todos os outros gêneros? Apenas gêneros literários? Apenas gêneros em primeira pessoa?
Afinal, o que é escrita criativa?
Criatividade: novas formas de ver as coisas de sempre
Quando pensamos em criatividade, a ideia por trás do termo é “inovar”. Mas nem sempre inovar totalmente. Na maior parte dos casos, inclusive, a criatividade deve ser a partir de um limite.
Por quê? Porque o conceito de “ser criativo” é justamente o de inovar, dentro de uma forma tradicional. E isso é muito da essência da escrita criativa em redação de conteúdo.
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Nos gêneros literários, a escrita criativa é, ao mesmo tempo fácil e difícil.
É fácil de se entender o que ela é: é você escrever algo, de uma forma nova. É difícil de fazer: inovar não é simples – ainda mais no século 21, quando parece que tudo já foi feito e dito.
E quanto aos gêneros não-literários? Como usar a escrita criativa em um texto como esse – um artigo do blog da Pensar Cursos?
Novamente, chegamos no ponto colocado acima: escrever criativamente é inovar dentro de uma limitação.
Escrita técnica: por que você não pode ser criativo
Se formos pensar pela oposição, vamos aos manuais e demais textos técnicos: por que eles não podem ser (muito) criativos?
Porque nesse caso, há um objetivo bem claro: informar sobre algo. Divulgar pesquisas, orientar o uso de aparelhos ou fórmulas, normatizar condutas.
Nesses gêneros, o mais importante é a mensagem e a resposta que ele gera: uma ação objetiva, uma comunicação básica.
Por exemplo, em uma bula de paracetamol: você precisa informar o que o remédio faz, como ele deve ser administrado, quem deve e não deve usar, quando, por quanto tempo…
É diferente de um artigo, como esse que você está lendo.
A criatividade a serviço da mensagem
Aqui, estou sendo criativo por alguns motivos.
O principal é que esse texto não é técnico. Não é puramente técnico, digamos assim. Eu até quero passar uma instrução. Mas quero fazer de uma maneira cativante, para você, leitor.
Logo, preciso criar uma sensação de intimidade, e passar um tom mais bem-humorado. Preciso fazer com que você queira ler o texto até o fim. Para isso, preciso ser criativo. Para falar de escrita criativa, preciso ser original.
Escrever com criatividade é isso: imprimir uma personalidade no texto, para expressar uma ideia de maneira carismática e envolvente.
