Qual é a origem do Halloween?

 

Uma das festas mais populares do mundo é o Halloween (chamado no Brasil de Dia das Bruxas). Claro que essa popularidade se deve a globalização, e a popularização de desenhos, séries, filmes, livros e demais ícones culturais que envolvem a data.

E a verdade é que o Halloween é um bom negócio, nos Estados Unidos. Um artigo de 2019 da Forbes mostrou que a Federação Nacional de Varejo (National Retail Federation) daquele país projetava lucros de 8,8 bilhões de dólares.

Isso porque o público que é fã da data não gasta apenas com doces. Dentre os itens adquiridos pelos americanos todos os anos há decoração doméstica, fantasias, produtos do nicho pet, decorações de festas.

Isso porque sequer citamos os bailes e festas, alguns com supercelebridades entre os convidados (como mostra esse artigo da Paper Magazine). Ou seja: mais do que uma tradição, o Halloween é um produto.

Porém, o que muita gente esquece é que, antes de ser uma festa de monstros e celebridades, o Halloween é uma tradição do hemisfério norte. Mais especificamente, das ilhas britânicas.

 

Tradição galesa

Na verdade, as comemorações do que viria a ser o Halloween remontam a antes mesmo da própria formação política do Reino Unido.

Uma reportagem da BBC News Brasil aponta que a festa existia desde antes da cristianização das ilhas britânicas (aproximadamente, a partir do século 2 D.C.), porém, com outro sentido.

Era uma festa no sentido de marcar o fim do verão, e consequentemente, início das colheitas, e ela entrou para a história com seu nome celta: Samhain (“fim do verão”).

Nessa festa aconteciam oferendas para espíritos da natureza e da ancestralidade, a fim de que existisse prosperidade e proteção.

Porém, é preciso notar que esse fato é bastante contestado por historiadores, que apontam a existência de várias festas, celebradas pelos povos das ilhas britânicas, e nem todas na época aproximada do final de outubro.

 

Assimilação pela Igreja

Seja como for, o fato é que por volta do século 8, o Papa Gregório 3º assimilou a festa à Igreja, como um evento para lembrar de mártires e santos da igreja, e sua data foi determinada no dia 31 de outubro.

Além disso, outra data foi instituída: o dia 1º de novembro como Dia de Todos os Santos. Vale notar que antes, ela era no dia 13 de maio, e sua origem vinha de tradições religiosa greco-romanas.

E é dessa junção que veio o nome: “All Hallows Eve”, o termo em inglês medieval para “Véspera do Dia de Todos os Santos.

Ao longo dos séculos seguintes, a festa foi aprimorada, e muito do misticismo celta foi mantido, como é o caso das fogueiras e de algumas brincadeiras, porém, adaptadas à liturgia cristã.

Já a brincadeira mais famosa (“doces ou travessuras”) tem origem na crença celta de oferendar alimentos para evitar espíritos zombeteiros. Contudo, nos Estados Unidos, a tradição ganhou ares de um auto religioso.

Porém, apenas depois da 2ª Guerra a festa adquiriu a forma atual.