Modernismo: As três fases do movimento literário

O Modernismo é um dos movimentos culturais, artísticos e literários de maior impacto nas produções artísticas brasileiras do século XX. Desse modo, as obras modernistas, bem como o próprio movimento sempre estão presentes nas provas dos principais processos seletivos de acesso ao ensino superior.

Portanto, os estudantes que estão em fase de preparação para as provas de vestibulares e de exames nacionais com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), por exemplo, precisam estudar e conhecer a fundo esse movimento. Além disso, é interessante também conhecer as obras produzidas nesse período para ver na prática como o Modernismo impactou a arte brasileira por décadas.

Pensando nisso, apresentaremos a seguir um breve resumo sobre o Modernismo, principalmente sobre o seu impacto no Brasil, e as suas três fases, também chamadas de gerações. Confira a seguir!

O que foi o Modernismo?

Movimento cultural, artístico e literário que teve grande impacto no século XX, o Modernismo rompeu com as convenções tradicionais estabelecidas nas diversas expressões artísticas, incluindo literatura, artes plásticas, música, arquitetura e outras manifestações culturais. Desse modo, o movimento modernista impactou todos os setores artísticos.

Convite da Semana de 1922, elaborado pelo artista Di Cavalcanti. Imagem: Reprodução
Convite da Semana de 1922, elaborado pelo artista Di Cavalcanti. Imagem: Reprodução

O Modernismo emergiu no final do século XIX e ganhou força ao longo do século XX, com diversas vertentes e manifestações ao redor do mundo.

No entanto, as características do modernismo variam de acordo com o país e o contexto cultural específico em que se desenvolveu. No Brasil, o Modernismo teve como principal bandeira a valorização do nacionalismo, de modo que os artistas iniciaram a busca por uma cultura essencialmente brasileira em suas obras.

O marco inicial do movimento no Brasil foi  a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, em São Paulo. Esse evento foi um divisor de águas na história cultural do país, apresentando uma ruptura com o academicismo e o tradicionalismo vigentes até então.

As três gerações do Modernismo

Primeira Geração (1922-1930)

Iniciando a cultura modernista, essa geração marcou um rompimento com os padrões estéticos tradicionais. Seus principais representantes foram Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia.

A Semana de 1922 aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, estando o movimento mais centrado no eixo Rio-São Paulo. Nessa fase, os modernistas propuseram uma nova linguagem artística, valorizando o nacionalismo e a identidade brasileira. Foi a partir disso, que os escritores passaram a priorizar o uso de um português mais brasileiro em suas obras, como é o caso do poema “Pronominais”, de Oswald de Andrade.

Segunda Geração (1930-1945)

Também conhecida como “Geração de 30”, a segunda fase do Modernismo no Brasil trouxe um amadurecimento das propostas modernistas. Autores como Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos e Jorge Amado destacaram-se nesse período, sendo os dois últimos referências do regionalismo.

A produção literária dessa geração focou na crítica social e política, refletindo os impactos da Grande Depressão e da ascensão do Estado Novo de Getúlio Vargas. Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, abordava questões sociais e existenciais em seus poemas, enquanto Graciliano Ramos explorava a seca e a pobreza no nordeste brasileiro em suas obras, como em “Vidas Secas”.

Terceira Geração (1945-1960)

A terceira e última fase apresentou uma forte ruptura com as ideias anteriores, questionando os ideais nacionalistas e experimentando novas formas de expressão artística. Entre os autores que se destacam podemos citar João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector e Guimarães. Enquanto Clarice inaugurava sua escrita introspectiva, mais voltada para a natureza íntima e subjetividade do ser humano, Guimarães criava sua linguagem criativa e regionalista para abordar, escrevendo obras como “Grande Sertão: Veredas”, um dos grandes marcos da literatura brasileira.

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