Concurso dos Correios: Sindicato destaca crise operacional devido à falta de funcionários

A Findect emitiu um comunicado importante nesta terça-feira, 16, alertando sobre a possibilidade de colapso nos Correios se não houver um novo concurso público com urgência. Segundo a federação, a falta de funcionários na empresa está colocando em risco todas as suas operações, resultando em condições de trabalho precárias e prejudicando o atendimento à população.

O sindicato destacou que as condições de trabalho têm piorado a cada dia, criando um problema crescente que afeta não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a qualidade dos serviços oferecidos à população. O déficit de funcionários, persistente por mais de uma década devido à falta de contratações por meio de concursos públicos, é considerado alarmante pela Findect.

Além disso, a federação informou que o número de funcionários nos Correios diminuiu significativamente, passando de 127 mil para apenas 80 mil. Essa redução acentuada agrava ainda mais a situação, tornando urgente a realização de um novo concurso público para garantir a estabilidade e eficiência da empresa.

Saiba mais a seguir.

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Crise nos Correios

Além de destacar a necessidade de novas contratações, o sindicato também ressalta a falta de infraestrutura para o trabalho, pedindo à estatal melhorias nas condições de trabalho. Para a Findtec, é crucial que as unidades de atendimento, os centros de distribuição e tratamento recebam aprimoramentos essenciais para garantir a eficiência e qualidade do serviço oferecido à população.

Outra preocupação apontada pelo sindicato é a disparidade entre a crescente demanda e a atual estrutura, que não consegue atender adequadamente ao cenário moderno. Esses desafios exigem ações imediatas para melhorar as condições de trabalho e atender às necessidades da população de forma eficiente.

Todavia, apesar do aviso da Findect, os Correios ainda não se pronunciaram sobre a realização de um novo concurso público. É importante lembrar que no final do ano passado, diante da ameaça de greve, a estatal atendeu às demandas do sindicato, que buscava um aumento salarial de R$ 250 para os funcionários que ganham até R$ 7 mil por mês, além de um acréscimo de R$ 1.500 no vale-alimentação.

Quando terá um novo concurso dos Correios?

Apesar da clara necessidade de um novo concurso público, os Correios ainda não indicaram quando irão realizar uma nova seleção. A empresa estatal não realiza concurso há mais de dez anos, o que contribui para a falta de funcionários. Atualmente, estima-se que haja cerca de 7 mil vagas não preenchidas, e esse número pode aumentar devido a aposentadorias, expansão dos serviços e maior demanda por postagem e frete.

Outro fator que evidencia a necessidade do novo concurso é que o governo federal decidiu retirar os Correios da lista de privatizações. Tanto os Correios quanto outras estatais importantes não serão mais privatizadas, conforme anunciado em decreto pelo executivo federal em abril do ano passado. No total, sete estatais foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND), incluindo os Correios.

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Quais vagas poderão ser ofertadas?

O próximo concurso dos Correios deve ter aproximadamente 5 mil vagas efetivas, conforme informado após uma reunião entre a Diretoria Executiva dos Correios e o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva. Durante a reunião, foram discutidas as necessidades dos funcionários e a possibilidade de realizar um novo concurso para resolver a falta de servidores.

No entanto, até agora, os Correios não confirmaram oficialmente o concurso, e o presidente da empresa, Fabiano Silva Santos, ainda não deu sua aprovação. Se for aprovado internamente, o pedido precisará ser encaminhado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, sob a supervisão da ministra Esther Dweck, para a autorização oficial.

Por fim, caso seja autorizado, o concurso dos Correios deverá oferecer vagas para níveis médio e superior, possivelmente para os cargos de Atendente Comercial, Carteiro, Operador de Triagem e Transbordo (nível médio) e Analista de Correios, Especialista em Correios, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho (nível superior).

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