Como fazer um projeto de arquitetura pensando em acessibilidade?

Um dos maiores problemas na construção civil é em relação a acessibilidade. Isso é um problema no sentido de ser uma questão que, antes do século 20, não era efetivamente pensada por projetistas.

Dessa maneira, vemos diversos prédios de habitação e de uso comercial, com alguns problemas espaciais, que tornam a construção inadequada para pessoas com deficiência de mobilidade.

E não estamos falando apenas em falta de rampas.

Acessibilidade, em projeto de arquitetura inclusiva vai muito além de rampas e barras de apoio nas paredes de banheiros. Trata-se de uma série de especificidades, que são imprescindíveis, para acolher a todos os públicos.

Mesmo porque, o público idoso também carece de itens de apoio, em muitas construções antigas. Assim, hoje, um projeto precisa ter algumas dessas adaptações.

Adaptações, esses, que estão categorizadas na Lei 10.098, vale dizer.

Saiba mais:

 

1.     Medidas diferenciadas

Antes, alguns projetos traziam portas menores, espaços internos estreitos, e demais adaptações completamente irrelevantes para quem não fosse portador de deficiência.

Os espaços precisam ter um diâmetro mínimo de 90 centímetros, enquanto que os pés-direitos não podem ter menos de 2 metros e 10 de altura.

Portas, por sua vez, o vão das portas precisa ter no mínimo 90 centímetros, com diâmetro de 1 metro e 50, para facilitar o movimento de cadeirantes.

Corredores, por fim, precisam ter diâmetro mínimo de 1 metro e 20.

 

2.     Elevadores e rampas de acesso

Todos os projetos que tiverem diferentes níveis precisam incluir rampas, ou elevadores de acesso.

Um nível diferente pode ser uma simples escada de dois degraus, da rua, para a portaria de um prédio: ainda assim é uma dificuldade gigantesca, para pessoas com deficiência.

Logo, a rampa é uma medida de inclusão essencial. O elevador também é uma opção, embora mais custosa, devido à manutenção e eletricidade.

 

3.     Barras nas paredes

Barras e corrimãos são essenciais, em rampas, banheiros, e demais espaços de trânsito de pessoas.

Idosos e usuários de muletas, muitas vezes, dependem delas para conseguir acessar espaços, e utilizar cômodos como banheiros e refeitórios. Essas precisam estar, claro, dentro das medidas de corredores, mencionadas acima.

 

4.     Pisos táteis e antiderrapantes

Pisos táteis são aqueles com padrões como círculos e linhas, em relevo, para facilitar a locomoção de pessoas cegas.

O melhor é que eles sejam em materiais antiderrapantes, como concreto ou borracha, também, para que cadeirantes, usuários de muletas e idosos não escorreguem ou tropecem.

 

5.     Sinalização adaptada

Placas de sinalização na altura central da parede são importantes, para tornar a comunicação mais fácil, para cadeirantes e pessoas com nanismo.

Já sinalizações em braile, nos corrimãos, barras, portas e elevadores servem para informar pessoas cegas. Mapas do prédio em alto-relevo e com textos em braile também são muito importantes.

 

6.     Iluminação facilitada

Luzes e luminárias com acendimento automático, e posicionadas a fim de diminuírem sombras e espaços escuros são, também, uma forma de arquitetura inclusiva.

Pessoas com baixa visão e idosos precisam de espaço iluminados e sinalizados adequadamente.

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