Como e o que ensinar de Matemática Financeira, no ensino regular brasileiro

 

Ensinar matemática é essencial para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes, não só sobre números, como também sobre uma forma de pensar o mundo. Os ensinamentos da matemática envolvem o desenvolvimento do raciocínio sequencial, e isso é vital para qualquer trabalho coletivo.

Porém, há uma área especifica da matemática que deve ser ensinada, mas que não é, abordada com tanta ênfase, que é a da Matemática Financeira.

Por Matemática Financeira, devemos entender a matemática que lida com economias. Não é apenas porcentagem, parte central do mercado financeiro.

O que é, então, a matemática financeira que deveria ser abordada na escola? E, como fazê-lo?

 

Economizar, investir e planejar: princípios da Economia

 

Lidamos com dinheiro, na nossa vida prática. Mesmo se a pessoa for uma herdeira, sem saber um mínimo de finanças, em alguns anos toda a fortuna se esgotará, e ela precisará fazer como todos nós:

 

ECONOMIZAR, INVESTIR E PLANEJAR

 

E isso não é algo que se aprende de um dia para o outro. O conceito de economizar não envolve simplesmente guardar dinheiro, porque ele traz consigo as ideias de planejamento e investimento.

Não é possível economizar, sem planejar os gastos fixos e investimentos dessa economia. Países, por vezes, sofrem recessões econômicas, por lidarem mal com esses três pilares. O que dirá, então, uma simples família?

Saber como economizar, como investir as economias e como planejar perdas e ganhos com inteligência emocional é o objeto central da Matemática Financeira. E ele não existe só em economias globais. Uma matéria escolar tradicional, chamada de “Economia Doméstica” já falava sobre isso, mas hoje em dia é preciso saber mais e melhor.

A tendência dos mercados de trabalho é preferir empreendedores individuais. Então, todos precisam ter essa noção de economia doméstica, noção de como usar o dinheiro ganho para pagar as contas e, se possível, investir em um futuro.

 

Poupança, Cheque Especial, Prazos de Investimento: Sistemas Bancários na Escola

 

Nossas economias diárias envolvem ciências contábeis. O dinheiro está acabando: usamos o crédito. Tivemos uma emergência: pedimos empréstimo. Ganhamos uma renda extra: colocamos na poupança.

A diferença entre cada situação, as taxas de juros de cada uma, a melhor decisão em cada caso, conceitos de cheque especial, crédito consignado, letras de crédito… Tudo isso é da natureza da Matemática Financeira.

Ensinar sobre isso, e mais, ensinar como pensar sobre isso, é algo que a escola pode, e deve fazer com seus alunos, em todos os períodos da vida escolar, mas principalmente, a partir do 6º ano, quando o pensamento fica mais abstrato.

E a melhor forma de fazê-lo é, certamente, pela dramatização de situações práticas.

 

Encenando a vida

A melhor forma de pensar o ensino da Matemática Financeira é, sem dúvida, pelo psicodrama. Colocando os alunos em encenações da realidade.

Criar uma cena onde há uma emergência financeira; pedir para eles assumirem papeis de clientes e gerentes de banco; colocar eles como administradores de pequenos negócios.

Além de inventivo é dinâmico.

 

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