Fim do home office? Brasil lidera no modelo de trabalho híbrido

No Brasil, a taxa dessa modalidade de trabalho ultrapassa 80%

O trabalho remoto tem sido uma tendência global, especialmente após os desafios impostos pela pandemia de Covid-19. No entanto, o trabalho híbrido parece estar ganhando terreno no Brasil, onde é visto como um modelo mais flexível e adaptável. A questão é: Será o fim do home office?

Perspectiva latino-americana

Um estudo da consultoria JJL, que entrevistou 289 gerentes de RH e financeiros de empresas presentes em 13 países da América Latina, retrata essa transição para um formato mais flexível.

Após o término do isolamento, o número de trabalhadores em regime híbrido triplicou. O Brasil lidera a adoção do modelo de trabalho híbrido com 86% dos entrevistados utilizando o sistema que combina dias de trabalho no escritório e em casa. Esse índice supera o da América Latina, que está em 71%.

Entre os tipos de modelo híbrido, o mais utilizado entre as empresas brasileiras é o de dois dias presenciais e três dias remotos por semana, com 45% dos entrevistados operando sob este regime.

O Modelo Híbrido em Ascensão

O trabalho híbrido, que combina dias de trabalho no escritório e em casa, tornou-se o modelo preferido no Brasil. Segundo um estudo recente da JJL Consultoria, 86% dos gerentes de RH e financeiros entrevistados, em empresas com presença em 13 países da América Latina, adotam essa modalidade.

Essa transição para o modelo flexível foi impulsionada pela crise sanitária do coronavírus. Com o fim do isolamento, o número de trabalhadores no modelo híbrido triplicou.

Mas, se depender dos patrões, a volta ao trabalho 100% presencial é apenas questão de tempo.

América Latina X O Resto do Mundo

A América Latina se destaca de outras regiões com relação ao modelo de trabalho adotado. Enquanto o modelo híbrido é o mais utilizado, o trabalho 100% remoto tem menor aderência, com apenas 10% das companhias sob o regime.

Em comparação, o home office tem mais sucesso em outras partes do mundo, com índices acima de 24%. Na Europa, Oriente Médio e África, a taxa de empresas no modelo remoto é de 29%.

No entanto, existem exceções na América Latina. Argentina e Chile acompanham a tendência global, com um menor índice de trabalhadores no presencial.

A Volta ao Escritório: Um Futuro Possível?

Apesar da prevalência do modelo híbrido na América Latina, o cenário pode mudar. Segundo a pesquisa da JJL Consultoria, 50% das empresas consideram alterar suas políticas de trabalho num futuro próximo.

Os desafios são muitos. As empresas se deparam com a baixa aderência dos funcionários ao comparecimento presencial e a dificuldade em criar um sentimento de pertencimento à empresa.

O Papel dos Funcionários

A pesquisa indica ainda que a manutenção do modelo híbrido é um requisito dos funcionários. Cerca de 50% das empresas que possuem dois ou mais dias remotos chegaram a essa modalidade por meio de um acordo com os trabalhadores.

Produtividade e a eficiência

A pandemia de Covid-19 forçou uma mudança rápida e dramática no mundo do trabalho. No entanto, a medida que as empresas se adaptam a essa nova realidade, o futuro do trabalho remoto e do modelo híbrido continua incerto.

O que é certo é que as empresas terão que continuar a se adaptar e a inovar para atender às necessidades e expectativas de seus funcionários, ao mesmo tempo em que mantêm a produtividade e a eficiência.

Com o fim da pandemia à vista, o modelo de trabalho no Brasil e no mundo poderá sofrer novas mudanças. E, embora o modelo híbrido pareça ser o favorito no momento, o futuro do trabalho ainda está em aberto.

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