5 romancistas brasileiras que precisam ser redescobertas

 

O Brasil tem grandes romancistas, que estão entre as mais importantes do século 20 como é o caso de Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.

Porém, o Brasil também foi o lar de muitas romancistas que, se não tiveram fama mundial, certamente contribuíram – e muito – para nossas letras, mas hoje são pouco lidas.

Há um trabalho de revitalização de suas obras, que é lento e gradual. Mas conforme ele vem sendo feito, firma-se, cada vez mais, o brilhantismo dessas mulheres. Você sabe quem são elas? Confira!

 

1.      Maria Firmina dos Reis (1822-1917)

A primeira grande romancista abolicionista, e primeira romancista negra (filha de um homem branco, “de posses”, embora desconhecido), do Brasil. Sua obra mais famosa, que sobreviveu graças a sorte de ter sido descoberta em alguns arquivos no Maranhão, é o romance Úrsula (1859).

Diferente de A Escrava Isaura, o romance de Firmina dá voz às personagens negras e escravizadas, a fim de que elas contêm, em primeira pessoa, os horrores da escravidão.

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Além do romance, Firmina foi autora de poemas e contos e contos, e professora primaria, tendo fundado uma escola gratuita na década de 1870.

 

2.      Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)

Uma das mais importantes autoras de sua época. Filha de um importante médico, desde criança se interessava pelas letras, a despeito da visão crítica da sociedade de então.

Foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, embora não tenha podido assumir uma cadeira. Além disso, foi intensa manifestante antiescravidão e sufragista.

Pioneira na literatura infantil, no Brasil, também assinou importantes romances adultos, como  A Falência (1901), obra de fortes traços feministas. Além de romances, escreveu contos, teatro, ensaios e estudos históricos.

 

3.      Maria de Lourdes Teixeira (1907-1989)

Autora que, a despeito de sua morte relativamente recente, encontra-se desde os anos 70 com as obras fora de catálogo.

Foi laureada DUAS VEZES com o prêmio jabuti: pelo seu romance Raiz Amarga (1960) e pelo seguinte O Pátio das Donzelas (1969).

Foi uma autora retratou a decadência da elite paulista, bem como os avanços sociais de sua época (como o uso de drogas, o desquite – ela mesmo se desquitou – , o avanço do comunismo, a homossexualidade etc.), como em Rua Augusta (1963).

 

4.      Dinah Silveira de Queiroz (1911-1982)

Romancista extremamente popular em vida – sua obra A Muralha (1954) foi adaptada pra TV em diversas ocasiões – foi a segunda mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Suas obras têm forte caráter feminista e crítico. Além disso, foi a primeira autora de ficção científica, no Brasil, com romances como Margarida Le Rocque (1949).

 

5.      Carolina Nabuco (1890-1981)

Filha do historiador Joaquim Nabuco, Carolina foi uma importante escritora, ensaísta e tradutora.

Seu livro mais conhecido, A Sucessora (1934) foi plagiado pela escritora britânica Daphne du Maurier, mas a brasileira não quis abrir processos.

Suas obras tratam do embate entre a tradição e a modernidade nos papeis sociais exercidos por mulheres, diante de uma franca decadência da elite tradicional carioca.

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