5 mitos sobre a profissão de professor

 

A profissão que forma todas as profissões, mas uma das menos valorizadas, é a de professor.

Professores são essenciais para qualquer sociedade. São os profissionais que formam novas gerações, e auxiliam o desenvolvimento crítico dos cidadãos.

Contudo, são profissionais pouco valorizados, devido a forma como a educação é enxergada na maioria dos casos, isso é, como um produto pronto. E esse é um dos mitos sobre a profissão de professor que precisa cair.

Você conhece outros? Confira abaixo.

 

1.      “É só chegar lá e passar o conteúdo”

Esse é o primeiro mito sobre a profissão docente, e talvez o mais complexo. Porque, primeiro, é um mito que embasa alguns discursos acadêmicos.

Nós que somos professores, entretanto, sabemos que não é assim que funciona dar aulas. Dar aulas significa, essencialmente, pensar um conteúdo, para um público específico, com condições sociais específicas.

Não basta abrir um livro didático, e ler o que está lá, ou mandar que os alunos copiem a lousa. É preciso pensar metodologias que façam o conteúdo ser significativo, para um grupo específico de alunos, sob condições específicas.

 

2.      “Qualquer um pode dar aulas”

Isso é verdade, quando esse “qualquer um” tem um estudo mínimo de algumas matérias de Pedagogia. Sem falar no “Dom”, que é algo discutível.

Assim, independente do “Dom” (exista ou não), todos que queiram dar aulas podem, desde que tenha estudos de Pedagogia: metodologias de ensino, práticas pedagógicas, teorias do conhecimento, entre outras.

Dar aulas, afinal, não é só passar um conteúdo, mas passar ele de forma compreensível, e para seres humanos que, individualmente, lidam com o conhecimento de forma diferente.

 

3.      “Quem dá aulas faz isso por amor”

Um mito cruel, em se tratando de educação, pois legitimiza as más-condições profissionais da carreira de professor.

Claro que quem dá aulas o faz porque gosta de ensinar pessoas, do ambiente, de formar mentes, ajudar a sociedade. Porém, um salário adequado, uma boa infraestrutura e condições de salubridade laborial são essenciais para essa carreira.

E a verdade é que nem sempre essas condições são atendidas. Logo, em muitos casos, professores de carreira perdem o afeto pela sua profissão. Alguns desistem, e assumem outros trabalhos. Outros, continuam, mas com aulas sem qualidade.

 

4.      “A escola deve se ater aos conteúdos”

Esse é um mito bem complicado.

Primeiro, porque quem dá aulas sabe: a escola, muitas vezes, vira um catalisador de outros problemas sociais. Logo, dificilmente a escola se “atem ao currículo”.

Segundo, porque a escola tem um papel importante em assuntos como socialização e formação cidadã, ainda que os alunos não tenham essa realidade em casa.

Logo, dar aulas é falar, também, sobre assuntos que não estão nos currículos.

 

5.      “O professor deve ser amigo dos alunos”

Mito problemático, porque pressupõe uma flexibilização na autoridade do professor.

O professor precisa ser professor, independente do afeto que os alunos venham a ter por ele. Isso significa, eventualmente, tomar atitudes impopulares.

Aprender a lidar com a frustração é parte da vida adulta.

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