O Pix por meio do cartão de crédito é uma modalidade que promete simplificar os pagamentos quando alguém não possui dinheiro naquele momento. Embora ainda não tenha sido oficialmente lançado, está sendo considerado pelos principais bancos do país e já está disponível em alguns deles.
Nos últimos meses, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem mencionado planos de ampliar as funcionalidades das transações instantâneas, e essa poderia ser uma das novidades.
O que é o Pix com cartão de crédito?
Essa forma de pagamento assemelha-se a uma transação com cartão de crédito. Em vez de o valor ser debitado imediatamente da conta, a quantia é lançada na fatura mensal do cartão e pode ser parcelada em até 12 vezes.
Em resumo, é possível utilizar o limite do cartão de crédito para realizar pagamentos via Pix, tanto para indivíduos como para empresas. Não se trata de um serviço gratuito, ao contrário da modalidade padrão do Pix.
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Essa opção inclui o pagamento de juros e taxas cobradas pela instituição financeira, variando de acordo com cada uma. Esses encargos são conhecidos como taxa de serviço.
O destinatário recebe o pagamento instantaneamente e pelo valor total. A principal mudança ocorre para quem realiza o pagamento e deve estar atento ao endividamento, já que o montante é descontado na fatura do cartão de crédito. Nem todos os bancos oferecem essa opção.
Regulamentação e uso pelos bancos
O Pix com cartão de crédito ainda não está regulamentado. Muitas instituições, especialmente as carteiras digitais, têm disponibilizado esse tipo de transação que direciona o valor para um cartão de crédito, assumindo o risco o emissor, de acordo com Wellington Silva, gerente de produtos C&M Software.
O Banco do Brasil está estudando a possibilidade, porém, não há previsão de lançamento. Atualmente, existe a opção BB Parcela Pix, que permite ao cliente parcelar o valor da transferência por meio de um empréstimo pessoal.
O Itaú Unibanco oferece essa funcionalidade em compras realizadas em estabelecimentos parceiros. O parcelamento do Pix com cartão de crédito é realizado exclusivamente online, no site de varejistas, em até 48 vezes, mas ainda não é algo universal.
O PagBank está testando a implementação do Pix com cartão de crédito, inicialmente para uma base restrita de clientes, com o objetivo de disponibilizá-lo para todos os detentores do cartão de crédito da instituição.
O Banco Santander e a Caixa Econômica Federal não oferecem essa modalidade. O Banco BV desativou a função por tempo indeterminado, e o Bradesco não foi possível confirmar se possui essa transação ou não.
Onde encontrar o Pix com cartão de crédito
No RecargaPlay, não é necessário ter uma conta bancária. A taxa cobrada é a menor do mercado, de 3,49% sobre o valor total. O parcelamento é possível em até 12 vezes, e o limite é estabelecido de acordo com cada conta.
No Digio, o limite é de até 40% do cartão. A opção permite parcelamento em até 12 vezes, variando entre R$ 20 e R$ 5.000, com taxa de até 9,99% ao mês. Se o cliente não estiver autorizado a usar, aparecerá como indisponível.
No PicPay, o pagamento entre contas do mesmo CPF é proibido. A taxa de juros cobrada é de até 5,99% ao mês, e é necessário validar o cartão de crédito no aplicativo.
No Nubank, o limite do cartão de crédito é aplicável tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. A taxa é de 3,99% ao mês, acompanhada de cada parcela da compra e o IOF varia em porcentagem. É possível simular o pagamento antes de efetuá-lo.
Como utilizar
Para utilizar essa modalidade de transferência, é necessário ser o titular da conta e ter um cartão de crédito desbloqueado vinculado a essa conta.
Abra o aplicativo e selecione a opção “Pix”. Depois de inserir o valor desejado e escolher a chave, selecione o cartão de crédito como forma de pagamento e defina o número de parcelas desejado. Embora semelhante, o processo pode variar de acordo com o aplicativo da instituição.
É recomendado usar essa opção apenas em emergências. O Pix com cartão de crédito pode ser útil em momentos de necessidade, porém, se utilizado sem um planejamento adequado e de maneira recorrente, pode aumentar o risco de endividamento.
