O tal do sujeito: definição e como identificar no texto

Afinal, o que é o sujeito? Ele é o elemento sobre o qual a informação principal da frase se concentra.

O sujeito em uma oração é o elemento que pratica ou sofre a ação do verbo presente na frase. Inclusive, pode ser identificado facilmente em algumas situações, mas em outras, a sua identificação demanda um maior conhecimento sintático. Seja simples, composto, oculto, indeterminado e posicionado antes ou depois do verbo, o tal do sujeito é uma parte essencial da frase. E dada a relevância desse elemento especial na escrita e compreensão do bom e velho português, as provas do ensino médio e superior sempre abordam esse tema.

O tal do sujeito

A expressão “sujeito” na língua portuguesa se refere a um dos componentes mais fundamentais em uma oração, visto que este é o termo sobre o qual uma afirmação é feita. Quer um exemplo? Ao dizermos “Renata é linda, jovem e bem-educada”, nós usamos adjetivos que caracterizam o substantivo que, nesse caso, é o nome “Renata” que desempenha essa função, configurando assim um sujeito simples, visto que é composto por uma única palavra.

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Um detalhe importante é que, em outras circunstâncias, o substantivo próprio pode ser substituído por um pronome pessoal. Dessa forma, ele se tornará o sujeito da oração. No caso de Renata, nós podemos simplesmente afirmar: “Ela é linda, jovem e bem-educada”, não concorda? Uma vez que fazemos isso, “ela” se torna o sujeito.

Ambos os casos mencionados te permitem identificar o sujeito mediante perguntas sobre a frase. Se você se perguntar, por exemplo, “quem é jovem, educada e linda?”, a resposta irá apontar o agente central na construção sintática.

O tal do sujeito: definição e como identificar no texto (Foto de Matt Ragland na Unsplash).
O tal do sujeito: definição e como identificar no texto (Foto de Matt Ragland na Unsplash).

A posição do sujeito

É importante ter em mente também que a posição do sujeito na oração pode desempenhar um papel crucial na ênfase de uma informação. Uma oração com um sujeito colocado antes do verbo direciona a principal atenção para o próprio sujeito, como em “o dinheiro existe para nos motivar a vencer na vida”.

Nos casos em que o sujeito é colocado depois do verbo, a nossa atenção recai mais na informação relacionada ao termo, como em “existe o dinheiro para nos motivar a vencer na vida”. E por que se atentar a isso? Bem, a decisão de posicionar o sujeito influencia o foco, ou seja, determina se ele recairá no “dinheiro” em si ou nos efeitos que ele causa, como é o caso de “nos motivar a vencer na vida”.

  • E o predicado?

O predicado é a parte da frase onde está o verbo e que também fornece informações sobre a ação, o estado ou o que é está sendo expresso pelo verbo. Ele complementa o sujeito que, como já mencionado, é o termo sobre o qual se faz uma afirmação na oração. Sendo assim, enquanto o sujeito indica quem/o que realiza determinada ação ou é alguma coisa, o predicado aponta o que foi feito, como, quando, onde, por quem e muito mais. Exemplos:

Simples: “O artista canta canções apaixonantes”;

Composto: “Ele correu para pegar o ônibus e, ao entrar, acenou para o melhor amigo.”

Os tipos de sujeito

Simples

O sujeito simples é o mais fácil de ser localizado em uma oração, pois é uma estrutura na qual o sujeito é composto por apenas um núcleo, geralmente um substantivo, pronome, uma palavra equivalente, etc.; em outras palavras, o sujeito simples consiste em um único termo que realiza ou sofre a ação expressa pelo verbo na frase.

  • O céu está azul e claro;
  • Ele começou a jogar xadrez;
  • A prova começará em 15 minutos;
  • As meninas estão estudando lá dentro.

Composto

A diferença é que aqui devem haver mais de um núcleo de sujeito. Em outras palavras, é preciso mais de um termo que realiza ou sofre a ação expressa pelo verbo. Esses núcleos podem ser compostos por substantivos, pronomes e expressões equivalentes. Vamos dar uma olhada nos exemplos!

  • Ela e o irmão dormiram até tarde no domingo;
  • Nós e vocês precisamos nos unir para fazer algo sobre isso;
  • Amélia e Guilherme saíram para jantar.

Oculto

Também conhecido como elíptico, se dá quando o sujeito da frase não é explicitamente mencionado, mas fica subentendido pelo contexto ou pela conjugação verbal. Esse tipo de sujeito é comum em situações em que a pessoa que realiza a ação, por exemplo, é conhecida ou já foi mencionada anteriormente no texto e na conversa. Dessa forma, por vezes, essa repetição se torna desnecessária.

  • Vou trabalhar (exclusão do “eu”);
  • Estude para a prova de amanhã, hein? (exclusão do “você”);
  • Fomos ao supermercado (exclusão do “nós”).

Indeterminado

Nesse caso, o agente da ação expressa pelo verbo não é identificado ou não é tão importante para o contexto. Isso ocorre quando se quer enfatizar a ação em si, sem especificar quem a realiza. Entenda:

  • Beber em excesso faz mal à saúde (o verbo aparece na forma infinitiva impessoal, logo não está ligando a oração a algum sujeito específico);
  • Vive-se melhor em cidades litorâneas (a ênfase está na qualidade de vida, sem indicar quem exatamente vive melhor. Aqui, o “se” é utilizado para criar um sujeito indeterminado).
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