O que são os Jogos Paralímpicos?

 

Uma das modalidades esportivas menos conhecidas pelo público em geral é dos esportes paralímpicos (ou paraolímpicos) profissionais. Esportes paralímpicos são aqueles praticados por Pessoas com Deficiência (PCD), e eles começaram a ser mais estudados e sistematizados a partir dos anos 50.

O responsável por isso foi o médico alemão Ludwig Guttmann, que vinha atendendo PCD desde os anos de 1920, ao atender mineiros que sofreram acidentes, na Alemanha.

Com a ascensão do nazismo, o médico foi para a Inglaterra, onde continuou seu atendimento a trabalhadores vitimados, que perderam os movimentos das pernas ou membros. Sua preocupação em reabilitar PCDs se intensificou após o fim da II Guerra, no Stoke Mandeville Hospital, Reino Unido, em 1948.

 

Os Jogos Mundiais Internacionais de Amputados e Cadeiras-de-rodas

Procurando meios de auxiliar os veteranos a recuperarem a autoestima, autonomia e dignidade, Guttmann procurou unir a fisioterapia à ludicidade do esporte, e diante do sucesso inicial, veio a ideia de criar competições oficiais.

Com isso, o médico foi o responsável por organizar os primeiros jogos paralímpicos, em 1948. Eram os Jogos Mundiais Internacionais de Amputados e Cadeiras-de-rodas (IWAS World Games, no original).

Aos poucos os jogos do Dr. Guttmann atraíram a atenção do mundo, e foram realizados no hospital Stoke Mandeville, até 1960. Nesse ano aconteceram os primeiros jogos paralímpicos organizados pelo Comite Olímpico internacional, mas ainda em Mandeville.

Nos anos seguintes, os jogos foram sendo aperfeiçoados, ganhando um status oficial, acontecendo em cidades-sede, contando com mascotes, inclusive.

 

Da reabilitação, para a profissionalização

De lá para cá, os jogos paralímpicos começaram a ser aprimorados, e as adaptações chegaram a diversos esportes e modalidades, incluindo atletismo. Muitos países também começaram a criar fundações para profissionalizar e aprimorar o treinamento de atletas paralímpicos.

Além disso, as competições se mostraram muito bem aceitas pelo público, que começou a torcer com fervor para os atletas de seus países.

Assim, os esportes paralímpicos deixaram de ser apenas uma prática fisioterapêutica, para se tornarem um esporte, inclusive, para atletas que já tinham a deficiência, desde seu nascimento. A profissionalização foi sendo gradual, e em 1989, foi criado o Comite Paraolímpico Internacional (IPC).

Se no primeiro momento eles eram focados em pessoas amputadas e com paralisia, hoje abarcam também deficiência intelectual e deficiência visual, com provas executadas com muletas, cadeiras de rodas, ou equipamentos adaptados.

Assim, esportistas com deficiência e pessoas com deficiência puderam fazer do esporte, uma forma de se tornarem autônomos e se inserirem na sociedade. Mais do que isso, uma profissão digna, e valorizada.

Porém, como é o treinamento desses atletas?

 

Recuperação, autonomia e performance

O treinamento de um atleta paralímpico envolve uma equipe profissional que passa por fisioterapeutas, educadores físicos e psicoterapeutas.

Os atletas recebem treinamento e suporte psicológico para competir, uma vez que o esporte, aqui, não é apenas uma atividade para reabilitação psicomotora, mas um treinamento para uma modalidade esportiva.

Dessa maneira, não basta que o atleta desenvolva habilidade no esporte. É preciso que ele seja um esportista de alta performance.

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