O que é caminhabilidade?

Um dos conceitos menos conhecidos de arquitetura é o de Caminhabilidade e sua importância e influência pode ser decisiva para o futuro das grandes metrópoles.

 

Um dos conceitos menos conhecidos de arquitetura e urbanismo – mas mais importante para pensarmos o futuro das grandes cidades é o de Caminhabilidade. A ideia foi desenvolvida a partir dos anos de 1960, pela jornalista e pesquisadora cultural Jane Jacobs (1916-2006).

Trata-se, basicamente, de uma forma de entender como deve ser o planejamento urbano de espaços e vias públicas, e as políticas de ocupação de imóveis, visando tornar o local menos hostil.

Apesar de as ideias de Jane serem conhecidas há mais de 50 anos, sua importância e influência pode ser decisiva para o futuro das grandes metrópoles.

Por quê? Qual é a importância de um planejamento urbanístico voltado a caminhabilidade? Veja em nosso artigo.

 

1.     Cidades mais limpas

Um dos resultados de uma urbanização caminhável é na à diminuição de índices de poluição. Isso porque, cidades menos hostis a pedestres – e bicicletas – tendem a ter menos carros.

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Para tanto, as vias de pedestres precisam ser mais largas, sinais de trânsito precisam ser mais visíveis, os espaços para carros precisam ser menores. Ou seja, é preciso existir um planejamento de arquitetura verde.

Claro que haverá carros, e é preciso existir locais para eles circularem e serem estacionados. Porém, em uma cidade caminhável, os meios de transporte principais devem ser os coletivos e não-motorizados.

 

2.     Revitalização de locais

Outra vantagem de uma cidade ser caminhável é pela revitalização de locais. Isso é, o planejamento caminhável tende a revitalizar bairros onde há um abandono do poder público, setores econômicos ou população.

Claro que não basta existir um planejamento. É preciso que a tríade acima mencionada faça esforços nesse sentido.

O poder público precisa criar estratégias em segurança, infraestrutura e uso. As empresas e comércio precisam receber incentivos, para se instalarem nesses locais. As pessoas precisam querer morar neles.

Essa ação, inclusive, muda a forma como os moradores de uma região a veem, e eles passam a valorizar seu entorno.

 

3.     Equilíbrio da densidade populacional

Uma cidade caminhável não deve ter sua caminhabilidade apenas em seu centro. Ter um centro da cidade reestabelecido é vital.

Porém, bairros mais afastados também precisam ser caminháveis. Isso traz inúmeras vantagens para a cidade, diminuí a gentrificação, e a densidade populacional em certas regiões.

Com mais postos de trabalho de níveis variados espalhados pela cidade, com mais infraestrutura de qualidade, e com um transporte público bem organizado, os trabalhadores não precisaram passar horas no transito ou transporte público.

E falamos em trabalhadores, mas vale para escolas, hospitais, centros culturais e afins.

 

4.     Aumento de flora urbana

Uma cidade caminhável precisa ser gentil com pedestres e ciclistas, e isso incluí formas de diminuir problemas naturais, como enchentes e altas temperaturas no verão.

Um dos melhores recursos, nesse sentido, é pelo aumento de áreas verdes e árvores urbanas. A simples criação de mais canteiros e “praças de chuva” (praças com pouco asfalto) ajuda na prevenção de enchentes.

Já um aumento no numero de árvores em ruas e calçadas torna a temperatura mais amena no verão.

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