Quando estudamos questões políticas e sociais do Brasil – e do mundo – costumamos embasar nossos estudos em autores clássicos. O que é bom, afinal, eles formaram a base dos pensadores contemporâneos.
Entretanto, conhecer apenas autores antigos traz um grande problema aos debates eventualmente levantados: a falta de uma visão “de dentro” isso é, de pessoas que estão vivenciando, questionando o agora, que estão construindo e reeditando suas teorias.
Conhecer pensadores vivos e ativos é, portanto, essencial para a formação crítica de alguém, seja para prestar concursos, seja para ser um cidadão consciente de sua época.
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Assim, quem são os pensadores brasileiros vivos mais importantes do momento? Quem são os formadores de consciência sobre o Brasil de hoje? A resposta para isso pode ser vasta. Mas aqui apresentamos 5 deles. Confira!
1. Antônio Bispo dos Santos (1959)
Pensador sem formação acadêmica, nascido no quilombo Saco do Curtume, Piauí, “Nêgo Bispo” (como é chamado) é um dos mais relevantes pensadores sobre as questões agrárias e sociais do Brasil contemporâneo.
Seu livro mais recente A terra dá, a terra quer (2023) traz questionamentos sobre variados temas relativos à formação urbana, no Brasil, sempre reforçando a importância de um avanço econômico democrático, anticolonialista e ecológico.
2. Ailton Krenak (1959)
Um dos principais ambientalistas indígenas da contemporaneidade, nasceu em Minas Gerais. Iniciando a vida como jornalista, Ailton ficou conhecido por protestar na Constituinte de 1988, pintando o rosto com tinta de jenipapo, em alusão à chacinas indígenas de então. Já lançou 6 livros.
O mais famoso, Ideias para adiar o fim do mundo (2019) é uma série de ensaios, nos quais basicamente questiona o pensamento econômico euro-americano, sua forma de industrialização nociva ao meio ambiente, e a importância de se preservar a cultura de povos tradicionais.
3. Laura Carvalho (1984)
Autora de um dos livros de economia mais vendidos nos últimos 5 anos, Laura é economista e professora da USP. A obra referida é Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico (2018), em que traça uma análise profunda e minuciosa sobre os avanços econômicos no Brasil do século 21.
O destaque da obra é por sua linguagem acessível, com algumas doses de humor, e foi elogiado por não se isentar em apontar problemas de todas as gestões, desde o ano 2000 até 2028.
4. Luiz Mott (1946)
Fundador do Grupo Gay da Bahia, Mott foi é o principal pesquisador do ativismo LGBTQIA+ no Brasil atual, desde os anos 70. Professor da UFBA, é autor de mais de uma dezena de livros sobre história e formação social e cultural brasileira.
Analisando a homofobia, por um viés da antropologia, seus livros sempre debate Direitos Humanos e homofobia, na sociedade brasileira.
5. Sueli Carneiro (1953)
Filósofa, escritora e ativista negra Brasileira, Sueli é uma das principais divulgadoras de autores e pensadores negros e africanos. Estudiosa do racismo no Brasil, sua obra conta com centenas de artigos e livros.
Sueli também participou de projetos, ações sociais e da composição de pastas governamentais pró-igualdade racial.