Como resolver brigas na escola

Um dos maiores problemas das escolas é as brigas (com violência física – são essas que vamos falar aqui). Não importa muito qual é a escola (públicas ou privadas, de bairros ricos ou pobres), brigas acontecem. E é pelos mais diversos motivos.

O primeiro deles, é o fato de os alunos serem crianças. Não importa a idade – enquanto estão em idade escolar (dos 06 aos 17), são crianças. E crianças precisam ser educadas a viver em sociedade (em termos de comportamento e emoções), mas essa tarefa é trabalhosa, e não acontece instantaneamente.

Logo, crianças vão brigar entre si, por não saberem lidar as situações de outra forma.

O segundo motivo que leva às brigas, é o fato de a escola também ser palco de tensões sociais que são maiores do que a escola, em si. Não importa se é uma escola de elite, em um país como a Noruega, onde, em teoria, todos são iguais.

 

Tensões sociais e políticas na escola

A sociedade vive em tensão social, e é pelos motivos mais diversos.

Algumas vezes, essas tensões são puramente reflexo da falta de inteligência emocional dos envolvidos.

Em outras, as tensões são de ordem política e econômica (classe econômica, etnia, origem, entre outras).

Diante dessas situações, qual é o dever da escola? Idealmente é combater essas tensões e zelar pelos alunos. Em algumas escolas, a função que cabe aos diretores é da de “ofuscar” as brigas, em nome dos interesses dos pais.

Mas dessas não falaremos.

Pensando que a função da escola é da evitar e resolver brigas, surge nossa pergunta inicial: como resolver elas?

 

1.      Converse com os envolvidos: entenda a situação

Conversar com os alunos envolvidos é fundamental. A melhor dica, nesse caso, é separar essa conversa em três momentos.

  1. No primeiro, com todos os envolvidos;
  2. No segundo, com cada um deles, separadamente;
  3. No terceiro, com todos, novamente, expondo as situações ouvidas anteriormente.

Dessa forma, você consegue entender todos os lados da situação, e depois, consegue apresentar a todos, um panorama do que aconteceu, para, só então, conciliar as partes.

 

2.      Não alimente o caso, salvo se for motivo preocupante

Caso a briga tenha sido motivada por razões frívolas – xingamentos, brincadeiras, estranhamentos de qualquer tipo – não alimente o caso.

Converse com os envolvidos, exponha ao resto dos alunos (e da escola) que a situação foi banal, que a escola é lugar de entendimento, etc.

Isso é, adote um posicionamento protocolar.

Já se a briga tiver sido motivada por um caso mais sério – racismo, xenofobia, misoginia, entre outros – encare a situação com gravidade. Considere, inclusive, incluir o debate sobre esses temas na sua escola, para prevenir novas ocorrências.

 

3.      Evite envolver os pais e autoridades extraescolares

Não chame os pais dos alunos que brigaram, salvo se for uma situação extrema, uma briga de grandes proporções. Isso vai superdimensionar o ocorrido, sem motivo.

Além disso, evite chamar autoridade extraescolares – como a polícia – salvo se a situação envolver alguma infração criminal.

Resolva tudo internamente.

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