5 livros de Paulo Freire que todo educador deve ler

Um dos pensadores que revolucionou a educação brasileira, e em certa escala, mundial, Paulo Freire (1921-1997) foi um educador cujas obras mudaram a concepção, sobre a relação professor-aluno. Sua visão sobre a escola enquanto instituição também foram inovadoras.

Dessa forma, ler as obras de Paulo Freire é, praticamente, obrigatório para quem trabalha com o ensino regular, seja como gestor, seja como professor.

Tal afirmação, por vezes, desperta o incômodo de alguns educadores, principalmente quando esses tendem a um pensamento oposto ao do pedagogo pernambucano. Entretanto, é importante ressaltar: sua obra não deve ser lida sem crítica.

Seus livros devem ser lidos, mas não como inquestionavelmente, e sim como o início de uma construção de teorias e concepções de escola, sejam elas concordantes ou divergentes daquelas de Freire.

Mas quais livros ler? Freire tem mais de 15 publicações, assim, uma seleção se faz necessária. Então, aqui separamos as 5 que consideramos mais relevantes.

(datas referentes à primeira edição)

1.     Pedagogia do oprimido (1968)

Um dos livros mais conhecidos de Freire, e talvez o mais polêmico, porque aqui Freire analisa e debate sobre o papel do professor, diante de contextos educacionais de opressão, em suas mais variadas formas. Como proposta, Freire coloca que a educação deve ser no sentido de construir o saber, a partir da realidade do aluno, e não de um cânone universal.

Os críticos da obra apontam para uma suposta utopia, uma vez que os problemas de opressão social perpassam muitos outros campos.

 

2.     Pedagogia da Autonomia (1996)

Outro livro de Freire que costuma figurar em listas de leituras obrigatórias, para concursos em educação. Aqui, o autor propõe uma visão sobre o que significa ensinar, e como que esse ensino deve ser construído buscando não apenas o conhecimento geral, mas a autonomia.

Nesse sentido, o aluno não aprende só uma matéria, mas ferramentas para construir o seu próprio saber, e metodologia de estudos.

As críticas à esse livro incidem, exatamente, na ideia de Freire de romper com um parâmetro unilateral de saberes.

 

3.      Educação como prática da liberdade (1967)

Embora anterior aos livros acima (ou, justamente por isso), é um tomo que complementa as leituras deles. Aqui, Freire propõe analisar o sentido de uma educação que estimule o rompimento com verdades absolutas.

Nesse sentido, educar significa instrumentalizar o estudante, para que esse reconheça situações de opressão social e individual, e tenha meios de enfrentar essa opressão.

Esse aspecto (de criticar situações de poder) é um dos pontos polêmicos do livro.

 

4.     Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar (1993)

Livro criticado por trazer uma visão, supostamente, pragmática e insensível à relação professor-aluno. Isso porque, aqui Freire critica os eufemismos institucionais, usados para diminuir o educador (ou seja, “tia”, uma desvalorização da docência como profissão).

 

5.     À sombra desta mangueira (1995)

Obra quase literária, em que Freire, perto do fim da vida, tece autocríticas às suas teorias pedagógicas. Um bom livro introdutório, aos aspectos gerais do pensamento freireano.

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