Se você é mãe de bebê reborn a psicologia vai revelar algo sobre você

Veja como a psicologia ajuda a compreender o apego e a maternidade simbólica

Você já ouviu falar dos bebês reborn? São aqueles bonecos que parecem recém-nascidos de verdade, com um realismo impressionante. Nos últimos tempos, eles têm conquistado cada vez mais pessoas — e não só colecionadores, mas também quem cria uma ligação emocional muito forte com esses bonecos. Mas, afinal, por que alguém chega a tratar um boneco como se fosse um filho de verdade? O que a psicologia pode nos ajudar a entender sobre essa relação tão especial? Descubra como isso pode refletir aspectos da saúde mental.

O que são bebês reborn?

Bebê reborn realista com expressão suave, usando roupa clara
Um bebê reborn com traços detalhados que imitam a aparência de um recém-nascido – Imagem: Freepik

Os bebês reborn são bonecos criados com detalhes que imitam a aparência e a sensação de um recém-nascido. Eles são feitos de materiais que simulam a pele humana, têm cabelos implantados fio a fio e até mesmo veias pintadas à mão. O peso desses bonecos é semelhante ao de um bebê real, o que intensifica a experiência para quem os possui. Algumas pessoas os adquirem como itens de coleção, enquanto outras os tratam como filhos, investindo em roupas, acessórios e até mesmo criando histórias fictícias sobre eles.

Quem são as mães de reborn?

O termo “mãe de reborn” é frequentemente associado a mulheres que desenvolvem um vínculo emocional com esses bonecos. Esse fenômeno pode ser observado em diferentes perfis de pessoas, incluindo:

Pensar Cursos
  • Mulheres que enfrentaram a perda de um filho: Você sabia que o luto perinatal ou a morte neonatal pode levar algumas mulheres a buscar consolo em um boneco que representa o que elas perderam?
  • Mulheres com dificuldades de fertilidade: Aquelas que enfrentam desafios para engravidar podem encontrar nos bebês reborn uma forma de expressar seu desejo de maternidade.
  • Pessoas que lidam com solidão: Para aqueles que se sentem sozinhos, criar um laço com um reborn pode proporcionar conforto emocional e sensação de companhia.
  • Colecionadoras de arte: Algumas mulheres são atraídas pela estética e pela habilidade envolvida na criação desses bonecos.

Vínculos emocionais

Esses vínculos podem ser complexos e variados. Para algumas pessoas, o reborn é uma forma de lidar com a dor e a perda, enquanto para outras, pode ser uma maneira de preencher um vazio emocional.

A psicologia por trás do fenômeno

Você sabia que a psicologia oferece uma perspectiva interessante sobre o que significa ser uma mãe de reborn? O conceito de objeto transicional, introduzido pelo psicanalista Donald Winnicott, pode ser aplicado aqui. Esse conceito refere-se a objetos que ajudam as crianças a se sentirem seguras na ausência da mãe. Para adultos, os bebês reborn podem desempenhar um papel semelhante, servindo como um meio de lidar com emoções profundas e complexas.

Funções do bebê reborn

  • Consolo emocional: O reborn representa, para muitas mulheres, uma maneira de lidar com o luto ou a solidão.
  • Regulação emocional: O boneco pode ajudar a regular emoções difíceis, proporcionando um espaço seguro para expressar sentimentos.
  • Vínculo simbólico: O cuidado com o reborn pode representar um desejo de maternidade ou a necessidade de cuidar de alguém.

Quando o vínculo se torna problemático?

Embora o uso de bebês reborn não seja, por si só, um sinal de transtorno mental, é importante observar como esse vínculo se manifesta na vida da pessoa. Se o boneco se torna uma forma de evitar relacionamentos reais ou se interfere nas atividades diárias, pode ser um sinal de que a pessoa está lidando com questões emocionais não resolvidas.

Sinais de alerta

  • Isolamento social: Se a pessoa começa a se afastar de amigos e familiares em favor do tempo com o reborn.
  • Dificuldade em lidar com a realidade: Quando o vínculo com o boneco substitui interações humanas reais.
  • Dependência emocional: Se o bem-estar da pessoa está excessivamente ligado ao cuidado do reborn.

A importância da terapia

Para aquelas que sentem que o vínculo com o bebê reborn está afetando sua vida de maneira negativa, a terapia pode ser uma ferramenta valiosa. Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental e a terapia focada nas emoções podem ajudar a explorar as motivações por trás desse apego e a desenvolver novas formas de lidar com emoções.

Benefícios da terapia

  • Autoconhecimento: A terapia pode ajudar a entender melhor as emoções e os padrões de comportamento.
  • Desenvolvimento de habilidades: Aprender a lidar com a dor e a solidão de maneiras mais saudáveis.
  • Construção de relacionamentos: A terapia pode facilitar a criação de vínculos mais saudáveis com outras pessoas.

A relação com os bebês reborn é multifacetada e deve ser analisada com empatia e compreensão. Cada caso é único, e o que pode ser um apoio temporário para uma pessoa pode ser um sinal de alerta para outra. Para aqueles que encontram conforto em um reborn, é fundamental refletir sobre o significado desse vínculo e, se necessário, buscar apoio profissional.

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