Quais são as profissões com o título de “Doutor”?

No passado, profissionais com uma formação superior, como o caso de Advogados ou Médicos, recebiam imediatamente um pronome de tratamento: “Doutor”. Muitos, evidentemente, seguiam sua formação, até conseguirem um grau de doutorado.

Mas a falta de título, não mudava a regra: se era advogado (extensível a juízes, promotores, procuradores ou delegados) ou médico (e psicólogo), era “doutor”.

Com o passar dos anos, e a popularização de cursos de graduação e pós-graduação, pessoas do meio acadêmico começaram a questionar a titulação de “doutores sem doutorado”.

Por outro lado, na linguagem comum, e na linguagem protocolar de hospitais e fóruns, o título continuou a ser “dedicado” aos referidos profissionais.

Mas afinal, o que faz de alguém um “doutor”? Para saber mais, leia nosso artigo.

O Doutor: aquele que ensina

Os primeiros intelectuais a serem chamados de “doutores”, por assim dizer, eram os Doutores da Igreja, e essa titulação é anterior ao século 5, embora ela só tenha sido se popularizado posteriormente.

Entre eles temos São Gregório, Santo Agostinho e São Jerônimo.

Por que esses santos receberam esse título – Doutor da Igreja? Porque eles fizeram algo que está na raiz do termo: deram aulas de teologia cristã.

Ou seja, os primeiros doutores eram, na verdade, professores.

O termo vem dessa ideia: alguém que ensina (mais do que “alguém que cura”). A palavra “doutor” vem da Licentia Docendi, uma autorização emitida pelas primeiras universidades europeias (meados do século 9), para acadêmicos que poderiam dar aulas.

O bacharel e o magistrado

Para além do título de Doutor, as universidades medievais tinham, ainda mais duas “categorias”, por assim dizer, o de Bacharel e o de Magistrado.

O título de Bacharel vem de “Bacharel do Rei”, e era usado para se referir a um cavaleiro muito jovem ou sem propriedades.

Com o tempo, virou sinônimo de uma pessoa com diversas formações não acadêmicas. Hoje, dependendo do país, o bacharelado se tornou um sinônimo de graduado – ou seja, quem tem uma graduação.

O magistrado, por sua vez, foi sendo associado ao estudante de Artes e Filosofia, enquanto que o Doutor (aquele com licença para ensinar) foi sendo associado a três áreas principais: teologia Direito e Medicina.

Novas concepções de conhecimento

A partir das reformas culturais Europeias, no século 16, as áreas do conhecimento foram sendo identificadas como “Filosofias”, e as universidades começaram a titular seus especialistas como Philosophiæ Doctor – ou Doutor de Filosofia, o Ph.D.

Assim, um Ph.D. em Direito é um “Doutor em Filosofia [do Direito]”, um Ph.D. em Medicina um “Doutor em Filosofia [da Medicina]” e assim por diante.

E hoje: quem pode ser “Doutor”?

Assim, chegamos a situação atual. Quem, afinal, pode ser doutor?

No Brasil, leis de 1832 assinadas por D. Pedro I reconheceriam que doutores seriam os graduados em universidades que, para obterem seu título, precisariam escrever uma tese – como na ideia inicial de “Ph.D.”

Posteriormente, o conceito de “Tese” também mudou, mas o título continuou. Logo, por tradição juristas e médicos são doutores.

Exceções e controvérsias no uso do título de doutor

Existem algumas exceções e controvérsias no uso do título de doutor, especialmente em profissões dentro da área da saúde, como fisioterapeutas, psicólogos e dentistas. Em alguns casos, estes profissionais também utilizam o título de doutor, principalmente quando possuem uma especialização ou mestrado em suas áreas de atuação. No entanto, é importante destacar que, do ponto de vista acadêmico, nem todos esses profissionais têm o direito de usar o título de doutor, já que não possuem doutorado. A utilização do título, nesses casos, pode ser considerada inadequada e gerar discussões sobre a sua legitimidade.

Como abordar corretamente profissionais sem o título de doutor?

A melhor maneira de abordar profissionais que não possuem o título de doutor é utilizando uma forma de tratamento respeitosa e adequada ao seu grau acadêmico e status profissional, como “Senhor” ou “Senhora”, seguido pelo sobrenome, por exemplo: “Senhor Silva” ou “Senhora Oliveira”. Outra opção é tratar a pessoa pelo seu primeiro nome, caso a situação seja mais informal ou familiar. Porém, é sempre importante ouvir a preferência do profissional em questão, e se adaptar à forma de tratamento que ele ou ela prefere.

O impacto das redes sociais e o título de doutor

Com o aumento da exposição nas redes sociais, a utilização do título de doutor tem se tornado cada vez mais controversa. Muitos profissionais têm usado o termo em seus perfis, mesmo sem possuir doutorado, o que gera discussões acerca da legitimidade do seu uso. Por isso, é essencial que os profissionais se atentem às normas acadêmicas e evitem utilizar o título de doutor caso não possuam a titulação adequada. Além disso, é sempre válido que as pessoas verifiquem a formação e a experiência dos profissionais antes de estabelecer um contato ou contratar seus serviços, especialmente quando a oferta é feita através das redes sociais.

Profissionais com doutorado merecem diferenciação no uso do título?

Um importante debate relacionado à utilização do título e doutor gira em torno da diferenciação que deve ser feita quanto àqueles que, de fato, possuem um doutorado e aqueles que são simplesmente tratados como “Doutores” por costume. Em muitos países, profissionais que não possuem doutorado são tratados como doutores por uma questão cultural ou histórica. No entanto, isso pode gerar uma confusão e até mesmo uma diminuição do valor que é dado aos verdadeiros doutores – aqueles que realmente passaram anos pesquisando e estudando para obtenção de seu título acadêmico. Para valorizar o esforço acadêmico e o tempo despendido pelos pesquisadores que conquistaram o título de doutor na área de conhecimento, muitas pessoas defendem o uso mais criterioso do termo, reservando-o apenas para aqueles que fizeram jus ao título.

O que fazer para evitar confusões no uso do termo “doutor”?

Para evitar possíveis mal-entendidos a respeito do uso do título de doutor, o ideal é que as pessoas se informem sobre o grau de formação dos profissionais com quem lidam e busquem diferenciá-los de acordo com seu contexto. Uma forma simples de fazer isso é buscando informações sobre o currículo dos profissionais em questão, verificando se possuem algum título acadêmico mais avançado, como mestrado ou doutorado. Além disso, é importante também respeitar a forma de tratamento preferida do próprio profissional, que pode optar por ser tratado apenas pelo seu nome, sem a adição de títulos honoríficos.

Usar ou não o título de doutor?

A questão sobre quem pode usar o título de doutor abre espaço para diferentes opiniões e entendimentos de acordo com a cultura e contexto de cada país ou região. Entretanto, o mais importante é manter o respeito e a consideração pelos profissionais e suas formações, evitando o desmerecimento do verdadeiro valor dos títulos acadêmicos como mestrado e doutorado. Neste sentido, é fundamental buscar informações sobre as formações dos profissionais, valorizar seu esforço acadêmico e, sempre que possível, buscar tratá-los de acordo com suas preferências, garantindo um ambiente respeitoso e justo. Este artigo esclareceu suas dúvidas a respeito de quem pode usar o título de doutor e como tratar adequadamente os profissionais? Continue acompanhando o Damásio Educacional e fique por dentro de outras curiosidades e informações relevantes no mundo acadêmico e profissional!

Conclusão

Em suma, o uso do título de doutor deve ser feito de maneira adequada e respeitosa, levando em consideração as normas acadêmicas e os costumes locais. O título é conferido àqueles que concluíram um doutorado, sendo essa a utilização correta do termo. No entanto, é comum que em algumas culturas, como a brasileira, o uso do título também seja estendido a profissionais da área médica e jurídica, mesmo que não possuam doutorado. Essa prática, por sua vez, pode gerar controvérsias e discussões sobre a legitimidade do uso do título nessas situações. Portanto, é fundamental conhecer as regras acadêmicas e a história por trás da utilização do título de doutor, a fim de evitar equívocos e garantir um tratamento adequado aos profissionais de diferentes áreas de atuação.

38 Comentários
  1. Andre Diz

    Esses são os doutores sem doutorado, ou mais conhecido como médico doutor ou advogado doutor. O doutor ou doutorado é um grau de estudo que a maioria das pessoas que não tem.

    1. Ibiapina Diz

      Penso que uma observação é relevante, o fato de que, na advocacia, em cada um dos casos (processos) que patrocinam os advogados constroem teses em defesa dos direitos dos seus constituintes. E o confronto das teses do Autor e do Réu, diante das provas produzidas e do direito, é que irá formar o convencimento necessário para que o magistrado dê a resposta jurisdicional resolutiva do conflito. Assim, nesse aspecto, a profissão mais próxima do conceito de doutor, talvez seja a advocacia, porquanto a defesa de teses está entranhada no exercício profissional.

  2. Dani Diz

    Excelente comentário.
    Muito instrutivo.

  3. Elis Diz

    Excelente matéria.

    1. Humberto Diz

      Deveriam ter criado termos novos. Homônimos confundem. Ou feito como nos EUA, usam MD.

  4. Flavio Pereira Veloso Diz

    Muito bom! Poderia disponibilizar a(s) fonte(s) da sua pesquisa? Gostaria de ler mais sobre o assunto. Obrigado e parabéns pelo texto!

  5. Silmara Diz

    Excelente materia, também constaria de ler mais sobre o assunto, muito interessante.

    1. Thiago Diz

      No Brasil, essa titulação de Dr. Surgiu a partir de um decreto provincial de Dom Pedro.
      Mesmo os graduandos em Direito, para receber o título de Dr. era necessária a apresentação de uma tese, ainda que durante os estudos de graduação.
      Tal tese deveria ser objeto de escrutínio de notáveis da academia. Caso entendessem que o candidato tinha o notório saber jurídico e sua tese contribuísse para a sociedade e o mundo jurídico (bem rudimentar naquela época), conferiam-lhe o título de Doutor; Caso contrário, era só advogado msm.
      Mas fala isso para um advogado, com seu ego para ver…
      Desde que a constituição e a lei começou a regular os institutos dos ensinos, das profissões e da regulação de classes sociais por meio de seus conselhos, não tem previsão de recepção de tal norma.
      Sou Engenheiro, estudo os mesmos 5 anos que advogado e nem por isso sou Doutor.
      Na minha humilde opinião, isso é só mais um recurso de estratificação social. Somente isso!
      Pronto, falei!

      1. George Diz

        Matéria rasa, e muito mal fundamentada. Médico e Advogado ou Juristas não são Doutores. Doutor é uma palavra polissêmica: pode significar pronome de tratamento ou título acadêmico. A primeira forma se dá a qualquer um, desde que se tenha estima (doutor juiz, doutor faxineiro, doutor diretor…). A segunda forma, a acadêmica, é a formalmente e profissionalmente correta: é quem faz um curso de Doutorado, após faz um curso de mestrado. Defende uma tese original, após 4 anos de pesquisa, e publica artigos científicos da sua área, além de lecionar aulas, palestras e cursos.
        Doutorado é acadêmico, o resto é pronome de tratamento.

    2. Dr. Eduardo E. Herrera Diz

      Doutor é aquele que investigado, por em advogado e médico são doutores, em ambas profissões tem que investigar. O advogado tem que investigar o caso em questão e o médico tem que fazer uma investigação do paciente para poder emitir um diagnóstico.
      Ademais no caso específico do médico, este tem que fazer uma prescrição a qual tem que ensinar ao paciente como cumplir ela é também em muitos casos tem que impartir educação para a saúde, sim mencionar que muchos especialistas durante a residência tem que fazer uma investigação (TCC) para terminar sua post graduação.

      1. Vinícius Diz

        A propósito o Dr tem dourado em que?Eu por exemplo tenho mestrado em farmácia e doutorado medicina nuclear.Ambos cursado na USP.

      2. Ibiapina Diz

        Penso que uma observação é relevante, o fato de que, na advocacia, em cada um dos casos (processos) que patrocinam os advogados constroem teses em defesa dos direitos dos seus constituintes. E o confronto das teses do Autor e do Réu, diante das provas produzidas e do direito, é que irá formar o convencimento necessário para que o magistrado dê a resposta jurisdicional resolutiva do conflito. Assim, nesse aspecto, a profissão mais próxima do conceito de doutor, talvez seja a advocacia, porquanto a defesa de teses está entranhada no exercício profissional.

  6. Sônia Diz

    Muito bom! Gostaria até de saber mais sobre o assunto. Disponibilize as referências, por favor. 😍

  7. Marcelo Santos Diz

    Excelente matéria! Esqueceu apenas de acrescentar que os advogados, particularmente, possuem uma Lei que lhes concedem o título de “Doutor”, a saber: a Lei do Império de 11 de agosto de 1827, a qual criou dois cursos: Ciências Jurídicas e Sociais, introduzindo o regulamento e o estatuto para o curso jurídico, dispondo como dito alhures sobre o título (grau) de doutor para o advogado.

    Se possível e necessario acrescentar isso a matéria.

    Forte abraço!

    1. Frank Luciano Diz

      interessante… certa vez, respondi a um desses que afirmava não reconhecer como “digno”, o advogado receber esse título… respondi, em breves e cirúrgicos insights, que primeiro, existe a lei imperial ainda vigente (isto é, não foi revogada), depois, reforcei quanto ao ensino do advogado, aos seus consulentes, e algumas vezes, até mesmo no processo ao defender verdadeiras teses de mestrado em cada um deles (mas, qual é mesmo, o cliente que se interessa em ler as petições que lhe deram ganho de causa, para reconhecer isso?), e, em arremate, eu disse que, se me tratar por “doutor” incomoda tanto assim, ainda que devido esse tratamento, saiba que existe outra lei, que estabelece o pronome “Excelência” de tratamento aos juízes, promotores, delegados e advogados, logo, não me importo quando se recusarem ao “doutor”, com o velho recalque popular do “doutor é quem faz doutorado”, então, me trate por Excelência. Em observação, me incomoda ver promotores não sendo assim tratados, e juízes, que ao serem promovidos desembargadores, perdem o título de doutor nos endereçamentos de petições… (já vi desembargadores entristecidos com essa proliferação da má educação do brasileiro, que preferem abolir a tradição enraizada desde a antiga Roma, e tempos góticos de instituição da lei e civilização, e reduzirem a todos, como “filhos de chocadeira”, como o que surgiu com esse comentário inóspito, sem conhecer o calvário que eh, ser um jurista e defender verdadeiras teses de doutorado diariamente)… eu, como advogado, em particular, mantenho o respeito indispensável à cada qual, e sugiro que, façam o mesmo. Abraços… Dr. Frank Luciano.

  8. Benilde Rosa Diz

    Pra acabar com esse lenga lenga. Bora fazer um doutorado, defender uma tese, publicar artigos, livros, produzir ciência. Ser merecedor do título acadêmico de Doutor!!!! Faça me o favor.

  9. Eliane Diz

    Advogados são Doutores, sim senhor…
    Quer queiram ou não rsrsrs.

    1. Júlio Diz

      No Brasil, essa titulação de Dr. Surgiu a partir de um decreto provincial de Dom Pedro.
      Mesmo os graduandos em Direito, para receber o título de Dr. era necessária a apresentação de uma tese, ainda que durante os estudos de graduação.
      Tal tese deveria ser objeto de escrutínio de notáveis da academia. Caso entendessem que o candidato tinha o notório saber jurídico e sua tese contribuísse para a sociedade e o mundo jurídico (bem rudimentar naquela época), conferiam-lhe o título de Doutor; Caso contrário, era só advogado msm.

  10. Soelis Diz

    O título de doutor só cabe a quem f z doutorado, como et meu caso e de muitos colegas aqui da Universidade onde trabalho. Quando vou a consultórios médicos não me reporto ao profissional como doutor, a menos que eu saiba que a pessoa, de fato, o seja. Já passei por uma situação engraçada: a médica fazia questão do título , então lhe pedi: ” por favor, me chame de doutora xxxc” porque tenho doutorado na área tal, a propósito, seu doutorado foi em que área? Qual foi sua tese??? Eu não deixo barato, fazer doutorado custa anos de estudo, dedicação à pesquisa e abstinência de vida social….

    ..

  11. Ricardo Diz

    Certamente, daqui a cem anos, a população brasileira irá entender o quão absurdo é tratar com a distinção de Doutor um advogado “porta de cadeia” ao mesmo tempo que, culturalmente, negligência profissionais PHD’s em suas respectivas áreas de atuação.

  12. Tomé Martins MITAU Diz

    Bom dia prezados!

    Quero iniciar uma nova oportunidade de saber
    Saber estar no mundo informado
    Saber separar análise dentro da empresa competitiva “garantir a melhoria”

    Mas estou em Moçambique!

    A fazer mestrado curso de formação e Trabalho de Recursos humanos.

    Peço a vossa ajuda para lição tornando mais fácil dentro das vossas condições. Não tenho dinheiro para custear estudos…!

    Pelo estimação Aguardo!

  13. Paulo Araujo Diz

    Excelente matéria! Aos que querem fontes, façam como num curso de mestrado ou doutorado, pesquisem!

  14. Denise Diz

    Boa matéria!

    Marcelo Santos, essa lei foi mal interpretada e segue sendo até os dias de hoje. Dá uma pesquisada e confere.
    E mesmo que tivesse sido interpretada da forma que vc falou já foi revogada pelas leis de diretrizes e bases da educação que vieram posteriormente.

    Dá uma conferida no artigo do advogado Bruno de Oliveira Carreirão, “Fim da lenda urbana: advogado NÃO é doutor.

    Tudo muito bem explicado.
    Espero ter ajudado. Abraços!

  15. Paulo Diz

    O Cofen autoriza o uso do título pela enfermagem, sua busca foi rasa.

  16. Ed Nezer Diz

    Quem aqui não conhece a ‘tirinha’ do Charlie Brown onde, num teatro, um dos artistas passa mal no backsteage, é solicitada a presença de um doutor ( querem D maiúsculo ?) e um personagem se levanta, orgulhoso, e diz ser Doutor em Filosofia ou algo que o valha ? Era época de Natal e sua esposa, constrangida, concluiu que esse ano ele ficaria sem seu presente.

  17. Ibiapina Diz

    Penso que uma observação é relevante, o fato de que, na advocacia, em cada um dos casos (processos) que patrocinam os advogados constroem teses em defesa dos direitos dos seus constituintes. E o confronto das teses do Autor e do Réu, diante das provas produzidas e do direito, é que irá formar o convencimento necessário para que o magistrado dê a resposta jurisdicional resolutiva do conflito. Assim, nesse aspecto, a profissão mais próxima do conceito de doutor, talvez seja a advocacia, porquanto a defesa de teses está entranhada no exercício profissional.

  18. Nigel Diz

    Muito bom artigo

  19. Henrique Augusto Lino Diz

    A formação médica no Brasil possui duas certificações. BACHAREL em Medicina e MÉDICO. Este último, mais utilizado, é o equivalente a MD (doutor em Medicina). Por isso nos EUA Doctor refere-se primariamente a médico. Existem raros casos que os certificados saíram como Bacharel em Medicina, alguns sendo depois atualizados. O motivo para titulação é a carga horária de 10 mil horas da graduação médica (contra 4 mil da maioria dos cursos e 6 mil da Odontologia), incluindo internato médico.

  20. Carlos Estevam Marques Filho Diz

    Delegados de Polícia, no Inquérito Policial e Advogados de Direito , nas petições judiciais passam em suas carreiras profissionais defendendo várias teses, muitas de notório saber jurídico antes nunca visto, que se vingar tal posicionamento, será usado como jurisprudência e coisa e tal . Teses que o fazem serem chamados de doutores é o que realmente vale, defenderam e contribuíram para a sociedade ,com muita disciplina e horas de trabalho deixaram para sempre as suas escritas e decisões exitosas. Não diminuo nenhuma outra profissão de respeito, mas somente a justiça na sua balança ⚖️ pode ter a importância de fazer cumprir uma lei, culpar o culpado, dar a quem tiver direito para receber, enfim são os doutores da lei, da ordem e da justiça, ninguém pode ser preso sem defesa, ninguém pode ser inocentado sendo culpado, e ninguém pode ser tolhido do seu direito de ser o que quiser na sua vida, para isso existem esses doutores que defendem a sociedade diuturnamente . Será que é tão difícil dar a eles o precioso título de doutores em direito? Alguém vai ser prejudicado por isso? Que assim seja.

  21. Wagner Diz

    Discordo totalmente de que juntar provas materiais, imateriais para produzir um resultado seja uma tese ….. isso é um “” diagnóstico “” com com fatos conclusivos alcançados através de observações feitas pelo profissional …. e só para constar, profissionais da área de saúde fazem isso todos os dias, mas nem por isso devem ter o título de doutor sem que tenham defendido tese de doutorado …. muito fácil ser doutor sem que tenha trabalhado duro para consegui-lo ….

  22. Ribeiro Diz

    Isso tudo é lezeira. Os verdadeiros doutores são conhecidos pelo seu trabalho e conhecimento: Albert Einstein, Vital Brasil, dentre outros conhecidos pela humanidade.

  23. Tebet Jorge Diz

    Prezados, bom dia.
    Permitam-me, devagar sobre esta titulação..
    Creio que todos que, sentaram em bancas de faculdades, para sairem formasos, tiveram que , apresentar monografia( no meu caso, foi monografia mesmo),mas lá se vão 40 anos.
    Creio que, as teses, podem , num swntido amplo e verdadeiro, serem dadas, em todas as profissões ditas,de nivel superior.
    Explico meu pensamento,
    O Advogado , faz tese, de defesa, coreeto!
    O engenheiro faz a planta de um pre
    dio( que seria sua tese de consteuç), à qual , seria o responçavel, pelo sucesso ou fracasso da construção.Quqnta vida em jogo.
    O médico, o enfermeiro, o fisiterapeuta, o nutriciomista, o odonrólogo,etc, tambem dão suas teses, atraves de seus diagnosticos e tratamemtos.
    Sendo que estes, podem custar a vida de seus clientes.
    As pedagogas!
    Creio que a acertividade,dita, para quanto, o reconhecimemto individual, de quem precisa de um auxilio, em usar o dito”titulo Dr.”, ė muito mais gratificante, ao profissional, que teve seu reconhecimenro, dado , pela pessoa ajudada.
    Seja em qual especialidade univercitária for.
    N esgotando a quest e pondo em aberto o debate, mui grato pela atenção, a leitura.
    P.S: desculpem os erros, estou sem.óculos e corretor.

  24. Obede Diz

    É respeitoso o cliente chamar seu advogado de Doutor. Especialmente na área criminal. Cria -se um certo diferenciamento e respeito ao causidico. Não é obrigatório mas é de bom alvitre. Esse distanciamento entre cliente e seu defensor.

  25. Dirce Diz

    Muito boa essa explicação

  26. CAROLINA Diz

    Concordo em só usar o título se tiver o doutorado. Mas aí teria que ser para todos!
    Médico, dentista e advogado também. Sou enfermeira e temos o direito por legislação de usar o título, não uso pois não tenho doutorado. Mas chamar os colegas já citados eu não concordo. É uma cultura nossa.
    Só para registrar que estudamos muito igual a eles.

  27. Erich Diz

    Os pós graduados stricto sensu de outras áreas podem se alegrar pelo título, porém, só o médico pode efetivamente receitar, só o advogado pode peticionar, etc. Lá dentro do hospital o médico vai ser sempre doutor, dentro do tribunal ou na delegacia o advogado vai ser sempre doutor e no campo da obra o engenheiro civil vai ser sempre doutor, etc. Respeito demais os enfermeiros, farmacêuticos, com seus títulos stricto sensu com doutorado… Mas efetivamente, vocês não podem conduzir um tratamento sem poder receitar, sem conduzir uma cirurgia, etc. Da mesma forma, o administrador, o contador… Que por mais diplomas stricto sensu em doutorado, não podem peticionar nada na justiça que efetivamente resolve as coisas. Na hora crucial, é o médico que salva a vida, o advogado garante a liberdade, o dentista que tira a dor insuportável. Por isso tem o respeito da população que os reconhecem como doutores.

  28. Lucas Diz

    A matéria explica corretamente.
    Na área profissional, acompanho esse tema, comparar um trabalho (da profissão), que é a defesa de uma tese (em direito), com o doutorado, onde é necessário (além de já ter mestrado) cursar créditos (disciplina/cadeiras) da área que está pleiteando, estudar e praticar didática se ensino superior, pesquisar e com o resultado dessa pesquisa (que tem que ser inédita), elaborar a tese e ser submetido a uma banca (com cinco doutores), que além de terem lido, irão questionar todo seu trabalho… e só após (se for aprovado), receber o título máximo da formação (que é o de doutor)… creio que não é aplicável. Talvez o desconhecimento do que é pesquisa acadêmico científica, contribua para tal conceito. Como profissional de engenharia, também desenvolvi teses (projetos, laudos, estudos), que foram aplicados no dia a dia da profissão. Porém, em contra partida, fiz especialização, duas pós-graduações, mestrado e doutorado… uma coisa é a profissão, a outra é carreira acadêmica. Doutor, é quem tem doutorado. Não dói reconhecer. Quer usar o título, faça como as depois pessoas, continue estudando…

  29. Dr Paulo Diz

    Acho que quem decide isso deve ser o conselho de classe de cada profissional, assim como decide tb todos os procedimentos que aquele profissional está apto a fazer. Pq ? Por conhecimento de causa. Por conhecer todos os ensinamentos que o profissional daquela classe sabe. Tanto é que esse assunto é da alçada de cada conselho, o título que o profissional pode e deve usar em seu meio profissional. Não cabe a ninguém outro aconselhar, sendo este mérito exclusivo do conselho de classe de cada profissional. O que diz o dicionário é outro assunto muito diferente. Parece haver um incômodo muito grande no Brasil em relação a títulos. Repito que o uso de títulos, para quem não sabe e não tem, que este assunto é pertinente ao conselho de classe de cada profissional.

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