A semântica é a disciplina que investiga o significado das palavras e os fenômenos gramaticais associados a eles. Ela aborda diferenças entre palavras sinônimas e antônimas, bem como entre conotação e denotação. Além disso, examina o conceito de parônimos e os casos de ambiguidade. Essas questões são essenciais para a compreensão aprofundada proporcionada pelo estudo da semântica.
A semântica é uma disciplina da linguística dedicada ao estudo dos significados e de como eles se relacionam com os significantes. O significado está vinculado ao sentido, englobando conteúdo e contexto, enquanto o significante se refere à forma, seja ela gráfica ou sonora, das palavras e sinais.
Dentro da semântica, são explorados conceitos que relacionam o uso e a estrutura dos significados em diferentes contextos, além de fenômenos gramaticais associados ao significado na língua. A seguir, vamos aprofundar o conhecimento sobre esses conceitos.
A sinonímia diz respeito a palavras diferentes que têm significados semelhantes e podem ser trocadas entre si dependendo do contexto. Essas palavras são conhecidas como sinônimos.
Exemplos de sinônimos incluem:
Espaço e ambiente
Carinhoso e afetuoso
Apoiar e sustentar
Por outro lado, a antonímia refere-se a palavras diferentes que possuem significados opostos ou contraditórios entre si. Essas palavras são chamadas de antônimos.
Hiponímia e hiperonímia descrevem a relação de significado entre palavras.
Hiperônimos são termos com um significado mais amplo, que muitas vezes se referem a uma “categoria” que inclui vários outros termos mais específicos. Esses termos específicos são chamados de hipônimos, pois têm um significado mais detalhado dentro de uma categoria mais geral.
Por exemplo, na frase: “Minha namorada adora ver esportes na televisão: futebol, vôlei, basquete, ela não perde nenhuma transmissão!”, a palavra “esportes” funciona como um hiperônimo, pois abrange outros termos mais específicos como “futebol”, “vôlei” e “basquete”.
O que é semântica? Onde ela se manifesta? Saiba tudo aqui (Foto: Unsplash).
Paronímia
A paronímia diz respeito a palavras que, apesar de terem significados distintos, possuem estruturas semelhantes. Esse fenômeno pode causar confusão entre os falantes, que às vezes trocam o uso dessas palavras devido à semelhança na escrita e na pronúncia. Exemplos de parônimos incluem:
comprimento e cumprimento
soar e suar
mandado e mandato
cavaleiro e cavalheiro
absolver e absorver
eminente e iminente
Polissemia vs. homonímia
Homonímia refere-se à situação em que diferentes palavras (ou expressões) compartilham o mesmo significante, seja na forma escrita, na pronúncia, ou em ambos, mas possuem significados distintos.
Por exemplo:
“São” (do verbo “ser”), “são” (santo), “são” (saudável).
“Em cima” (locução), “encima” (do verbo “encimar”).
“Gosto” (substantivo, sinônimo de “sabor”), “gosto” (do verbo “gostar”).
Já a polissemia é quando um único significante tem múltiplos significados, que são interpretados com base no contexto.
Por exemplo:
“Pregar” (um sermão), “pregar” (um botão na camiseta), “pregar” (um prego na parede).
“Manga” (fruta), “manga” (da camiseta).
Conotação e denotação
Palavras e discursos podem ter significados denotativos ou conotativos. A denotação refere-se ao uso de termos com seu significado literal, concreto e definido no dicionário. Por outro lado, a conotação envolve o uso de palavras em um sentido figurado, como metafórico ou irônico, para transmitir um significado que vai além ou difere do literal.
Por exemplo, na expressão “uma gota fez o copo transbordar”:
No sentido denotativo, “gota” significa literalmente uma pequena quantidade de líquido.
No sentido conotativo, “gota” pode simbolizar um evento ou ação que causou uma reação em cadeia de consequências.
Ambiguidade
A ambiguidade surge quando uma frase permite múltiplas interpretações devido à sua estrutura, o que pode causar confusão na comunicação. Além disso, pode ser utilizada como uma ferramenta estilística para criar humor ou explorar a licença poética.
Considere a frase: “Ele reencontrou a mãe em sua casa.”
Neste caso, a ambiguidade reside em determinar a quem pertence a casa—se é ao filho ou à mãe. Este exemplo ilustra bem o fenômeno da ambiguidade. Para uma análise mais aprofundada, consulte o texto sobre ambiguidade.
Formada em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas pela UFRN desde 2021, atuo como escritora de contos e de romances há mais de uma década e, por isso, também trabalho como ghostwriter. Sempre lado a lado com a escrita, estou presente no ramo de revisão, redação e edição de textos.
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