O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em quase todo o país, com exceção dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, que aplicarão as provas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da COP30.
Mais uma vez, estudantes de todo o Brasil se dedicam à preparação, mas muitos sentem ansiedade diante de temas delicados, como a violência contra a mulher, no momento de escrever a redação.
O receio de cair na superficialidade ou de não conseguir apresentar uma argumentação consistente costuma preocupar os candidatos, especialmente porque o tema exige profundidade, senso crítico e responsabilidade.
Com o alto peso desse texto na nota final do exame, compreender como abordar esse conteúdo é indispensável para não perder oportunidades, já que expressar ideias claras e fugir dos clichês pode ser o diferencial para uma excelente pontuação.
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A seguir, veja dicas para elaborar uma redação consistente, madura e propositiva sobre violência contra a mulher no Enem 2025.
Como iniciar a redação sobre violência contra a mulher?
O início do texto deve apresentar o problema e já introduzir a complexidade da questão. Em vez de repetir conceitos genéricos, é indicado expor uma tese que relacione a violência à sua raiz estrutural na sociedade. Exemplos de abordagem podem ser:
- “Apesar dos avanços legais, a violência contra a mulher persiste como grave problema social, enraizado em estruturas patriarcais e desigualdade de gênero.”
- “O combate à violência contra a mulher exige mais que leis rigorosas, mas uma transformação cultural e fortalecimento da rede de proteção às vítimas.”
Desta forma, o candidato mostra conhecimento e prepara o leitor para uma análise profunda, demonstrando domínio do assunto.
Desenvolvimento: argumentos consistentes e exemplos
Raízes históricas e culturais da violência
O segundo passo consiste em fundamentar seus argumentos. Explique como o patriarcado legitima a desigualdade de gênero ao longo da história, sendo a base para práticas de violência que extrapolam a agressão física, chegando a discriminações verbais e simbólicas.
Mostrar que o problema é construído socialmente atribui profundidade à discussão, evidenciando no texto que a violência reflete relações de poder estabelecidas há séculos.
A Lei Maria da Penha e desafios para a efetividade
É indispensável citar o papel da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) no enfrentamento da violência, ressaltando seus avanços e limites. Pontue, por exemplo, a dificuldade de acesso das vítimas a equipamentos públicos, o medo de denunciar, a subnotificação dos casos e a revitimização de mulheres no sistema policial e judiciário. Refletir sobre soluções concretas e reconhecer falhas contribui para uma argumentação mais madura e realista.
O impacto do feminicídio e dados estatísticos
Outro ângulo relevante é a persistência do problema, exemplificado pelos índices de feminicídio. O Brasil ocupa as primeiras posições no ranking mundial desse crime, ilustrando que o tema merece atenção contínua. Incluir números recentes mostra atualização e embasa a opinião. Sempre que possível, relacione situações cotidianas e a realidade brasileira, mostrando domínio do contexto.
Proposta de intervenção: soluções viáveis e plurais
Na conclusão, além de resumir a argumentação, sugira ações para enfrentar o problema, apresentando agente, ação, meio e finalidade. Recomenda-se propor:
- Capacitação contínua de profissionais que atendem as vítimas, evitando a revitimização e proporcionando acolhimento humanizado.
- Investimentos em Delegacias da Mulher e abrigos seguros, ampliando o alcance da rede de proteção.
- Utilização de campanhas midiáticas e o envolvimento de influenciadores digitais para conscientização social sobre o enfrentamento e denúncia da violência, estimulando uma mudança cultural que valorize a denúncia e a preservação dos direitos humanos.
Reforce que a solução depende do engajamento de diferentes esferas – família, escola, órgãos públicos e mídia –, indicando responsabilidade coletiva.
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Dicas para uma redação nota máxima sobre violência contra a mulher
- Mantenha a formalidade e evite expressões emocionais; prefira argumentos objetivos e analíticos.
- Integre repertório sociológico e jurídico, como conceitos de patriarcado, machismo estrutural e legislação específica.
- Indique propostas realistas e que envolvam vários agentes sociais.
- Evite frases feitas e sequestre o foco do problema apenas na legislação. O destaque está na análise sociocultural e na viabilidade da proposta apresentada.
Ao seguir essas estratégias, além de atender os critérios exigidos pela banca avaliadora, o estudante apresentará uma redação consistente, fundamentada e atualizada, destacando seu senso crítico e preparo para os desafios da vida em sociedade.