Dívidas antigas passarão a constar no CPF nos próximos semestres

Descubra como funcionará a inclusão de dívidas no SPC e Serasa e como isso pode afetar seu acesso ao crédito.

A preocupação com o crescimento da inadimplência no Brasil só aumenta. Por isso, muitos municípios estão começando a adotar medidas mais firmes na hora de cobrar dívidas. E uma novidade já está dando o que falar: a partir do segundo semestre de 2025, será possível incluir dívidas antigas diretamente nos cadastros de proteção ao crédito, como SPC e Serasa.

Essa mudança não surge por acaso. Além de ajudar na recuperação dos valores devidos, ela tem um objetivo claro: desafogar a Justiça, que hoje sofre com milhares de processos que se arrastam por anos.

E claro, isso não é algo que fica distante da sua vida. Essa atualização nas regras pode impactar diretamente seu dia a dia, suas finanças e até seu acesso a crédito no futuro. A seguir, você confere como tudo isso vai funcionar e o que muda, na prática, para quem tem alguma pendência ou quer evitar problemas lá na frente.

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O retrato das dívidas no Brasil: uma realidade que pesa no bolso de muita gente

Olhar pra situação das dívidas no Brasil hoje é entender uma realidade que está batendo na porta de milhões de pessoas. Pra você ter uma ideia, já são mais de 145 milhões de CPFs negativados no país. É muita gente lidando com a dificuldade de equilibrar as contas e colocar a vida financeira nos trilhos.

Esse problema não se restringe apenas às famílias. A coisa respinga forte também nos municípios. Quando a grana não entra, por conta dos atrasos e da inadimplência, as prefeituras acabam enfrentando um baita desafio pra manter os serviços funcionando direito.

É aquele famoso efeito dominó: se as pessoas não conseguem quitar suas dívidas, falta dinheiro nos cofres públicos. E quem sente isso? Todo mundo. Isso pode significar menos investimento em saúde, educação, transporte e até naquela obra que você está esperando aí no seu bairro.

Por que é urgente mudar a forma de cobrar dívidas

Com tudo isso acontecendo, já deu pra perceber que aquele jeito antigo de cobrar dívidas simplesmente não funciona mais, né? O caminho tradicional, que muitas vezes depende da Justiça, está atolado de processos que demoram anos pra ter uma solução. Enquanto isso, tanto quem deve quanto quem precisa receber fica no prejuízo.

É por isso que pensar em novas estratégias não é só uma opção — é uma necessidade. E uma dessas alternativas que vem ganhando força é incluir as dívidas em cadastros de proteção ao crédito. Isso acelera o processo, dá mais agilidade pras negociações e ainda pode ajudar todo mundo a resolver a situação de forma bem mais prática e eficiente.

Mulher jovem analisando contas e boletos em casa
Cuidar das finanças é essencial para evitar dívidas e manter as contas em dia.
Imagem: Freepik

Uma nova estratégia para a cobrança de dívidas

No município de Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, essa nova estratégia será aplicada na cobrança de dívidas ativas acumuladas entre os anos de 2021 e 2022. A proposta foi apresentada durante uma reunião conduzida pelo juiz João Regert, que reforçou a importância de os municípios criarem legislações específicas para facilitar a recuperação de dívidas de pequeno valor.

O papel do Tabelionato de Notas e Protestos

Dentro desse novo modelo, o Tabelionato de Notas e de Protestos passa a ter um papel fundamental. É ele quem formaliza o protesto das dívidas e viabiliza a inclusão dos devedores nos cadastros de proteção ao crédito. Esse procedimento ocorre de forma extrajudicial, sem a necessidade de acionar imediatamente o Poder Judiciário. Assim, a cobrança se torna mais rápida, eficiente e menos pesada tanto para o município quanto para o cidadão.

As vantagens da negativação via protesto

A inclusão das dívidas nos cadastros de proteção ao crédito por meio do protesto traz uma série de benefícios — tanto para os municípios quanto para quem está em débito e busca regularizar sua situação.

Mais agilidade no processo

Ao contrário das execuções fiscais, que costumam se arrastar por anos, o protesto permite uma cobrança bem mais rápida. Isso garante aos municípios uma recuperação mais eficiente dos valores devidos, ajudando diretamente no equilíbrio das finanças públicas.

Menos custos para os cofres públicos

Optar pela cobrança extrajudicial significa reduzir gastos com processos judiciais longos e complexos. Uma alternativa que faz toda a diferença, principalmente para municípios que já enfrentam desafios no orçamento.

Resultados que realmente funcionam

Levantamentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que o protesto da certidão da dívida ativa é uma estratégia comprovadamente eficaz, principalmente na recuperação de débitos de menor valor. Esse modelo tem se mostrado uma solução prática, rápida e que pode ser adotada por muitas prefeituras em busca de mais eficiência na gestão dos seus recursos.

O novo cenário da cobrança de dívidas no Brasil

A adoção da nova estratégia de cobrança em Arroio do Meio abre um caminho promissor para que outros municípios também modernizem seus processos. Essa mudança tem potencial para transformar de forma significativa a maneira como as dívidas são tratadas no país, trazendo mais agilidade, eficiência e equilíbrio para todas as partes envolvidas.

Mais do que uma solução para os cofres públicos, esse modelo representa uma oportunidade real de fortalecer a saúde financeira dos municípios e, ao mesmo tempo, oferecer aos cidadãos uma chance concreta de regularizar suas pendências. Porém, para que essa transformação seja completa, é essencial que ela venha acompanhada de educação financeira e de uma comunicação clara, transparente e acessível.

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