O valor da cesta básica apresentou redução em 22 das 27 capitais brasileiras durante o mês de setembro de 2025, conforme divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A notícia traz alívio e expectativa para famílias que acompanham mês a mês a variação dos preços dos alimentos essenciais. A queda nos custos, observada em diversas regiões do país, ressalta a importância de políticas de abastecimento e monitoramento contínuo dos preços ao consumidor, garantindo, assim, maior acesso à alimentação básica.
Capitais com maior redução no custo da cesta básica
Entre as capitais que mais se destacaram na diminuição do valor médio da cesta, Fortaleza lidera com uma redução de 6,31%, seguida por Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%).
Além disso, capitais do Norte e Nordeste, como Aracaju, Maceió e Salvador, continuam apresentando os menores valores absolutos da cesta, todos abaixo de R$ 610,00 em setembro.
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Itens que mais influenciaram a queda dos preços
Alguns produtos exerceram forte impacto sobre o valor final pago pelos consumidores. O tomate, por exemplo, registrou queda em 26 capitais, chegando a baixar quase metade do preço em Palmas (-47,61%). Por consequência da colheita da safra nacional, a maior oferta contribuiu diretamente para a redução dos preços nas prateleiras. Apenas Macapá teve aumento notável (4,41%) desse item.
Outro destaque foi a batata, comercializada em 11 capitais do Centro-Sul. Na maioria delas, o produto ficou mais barato, sendo Brasília o local com a maior queda (-21,06%). Apenas Belo Horizonte apresentou alta (3,07%). Produtos como arroz agulhinha e açúcar também baratearam em boa parte das capitais, reflexo de uma produção interna mais robusta e efeitos das oscilações dos preços internacionais.
Cidades com maiores e menores custos da cesta
Em setembro de 2025, o menor valor médio da cesta básica foi registrado em Aracaju (R$ 552,65), enquanto São Paulo permanece como a capital mais cara, atingindo R$ 842,26. Outros polos urbanos, como Salvador, Natal e João Pessoa, também seguem entre os menores preços.
Evolução dos preços ao longo do 3º trimestre
Ao analisar o trimestre, observa-se que 25 das 27 capitais registraram queda no preço acumulado da cesta básica. Fortaleza liderou novamente, com uma redução de 8,96% no período, ou seja, uma diferença de R$ 60,67 entre julho e setembro. São Luís, Recife e João Pessoa também apresentaram diminuições consideráveis. Por outro lado, Macapá (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%) foram as únicas cidades com alta no trimestre.
Variações específicas dos alimentos
Cada item que compõe a cesta reage de maneira distinta ao contexto de produção e consumo. O arroz ficou mais barato em quase todas as cidades, sustentado por uma safra recorde.
O café em pó teve reduções em 14 capitais, mas sofreu altas pontuais em São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%). Já a carne bovina de primeira variou, com quedas em 11 capitais e aumentos em 16, refletindo o equilíbrio entre oferta, demanda e condições climáticas.
Impacto de políticas e parcerias na formação dos preços
A parceria entre Conab e Dieese ampliou a abrangência na coleta de dados, passando de 17 para 27 capitais, buscando mais transparência e precisão nas análises mensais.
No contexto da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, monitorar o valor da cesta básica pode ser estratégico para a formulação de políticas públicas e para a sociedade acompanhar a efetividade das medidas implementadas.
Acesso a informações detalhadas sobre a cesta básica
Consumidores e gestores públicos podem consultar mensalmente a Análise Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos. Essas informações detalham, por região e item, as oscilações e tendências apuradas, servindo de base para decisões do dia a dia.
Perspectivas para os próximos meses
Com o avanço da colheita das principais culturas do país e a expectativa de safras positivas, é possível que os preços da cesta básica mantenham estabilidade ou continuem caindo nas próximas análises. Porém, fatores climáticos e oscilações globais do mercado agroalimentar permanecem como pontos de atenção.
Enquanto isso, recomenda-se o acompanhamento mensal dos índices e valores para ajustar o orçamento doméstico. Por consequência, esse monitoramento pode contribuir para maior tranquilidade e segurança nas escolhas alimentares das famílias.
O cenário de queda nos preços, apesar de positivo, pode apontar para a importância de políticas consistentes, monitoramento efetivo e participação ativa da sociedade para manter o acesso à comida de qualidade a preços adequados em todas as regiões do Brasil.
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