Convênio de Taubaté: um resumo sobre o tema que pode cair no ENEM

Veja um resumo completo sobre o assunto

O termo “Convênio de Taubaté” é usado para definir um acordo assinado no ano de 1906, na cidade de Taubaté, que tinha como objetivo encontrar uma solução para a crise econômica brasileira na época.

O assunto é frequentemente abordado por questões de história do Brasil nos vestibulares e pode ser cobrado também pela prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.

Dessa forma, para que você consiga estudar e se preparar da melhor forma possível, separamos um resumo completo sobre o Convênio de Taubaté. Confira!

O que foi o Convênio de Taubaté?

O Convênio de Taubaté foi um plano de intervenção estatal na cafeicultura, principal atividade econômica da época, estabelecido entre os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais em fevereiro de 1906. Ele ocorreu entre o último ano do governo do Presidente Rodrigues Alves e o início do governo de Alfonso Pena.

O principal objetivo do Convênio de Taubaté era promover o aumento do preço do café para impedir que os fazendeiros perdessem seus lucros, mesmo com a crise que assolava o país na época.

O Convênio de Taubaté: contexto histórico

É importante ressaltar que o Convênio de Taubaté aconteceu em um contexto crucial para a economia brasileira, que dependia fortemente da exportação de café como seu principal produto de exportação.

Café história do Brasil
O café era muito importante para a economia brasileira da época. Imagem: Polina Tankilevitch/Pexels

No século XIX, o café era o produto mais importante para a economia do Brasil: de fato, aproximadamente 70% de todo o café consumido no mundo era brasileiro. Porém, com a queda no consumo, ocorrida entre o final do século XIX e o início do século XX, o preço do produto despencou, provocando uma grave crise econômica no país.

O Convênio de Taubaté: principais características

Como mencionamos, o café era de extrema importância para a economia brasileira da época. Assim, os fazendeiros, o governo federal, os grandes fazendeiros, que compunham a classe dominante da época, e os governadores de diversos estados se uniram para evitar prejuízos econômicos ainda maiores. 

No dia 26 de fevereiro de 1906, na cidade de Taubaté, estado de São Paulo,  os governadores Jorge Tibiriçá, de São Paulo, Nilo Peçanha, do Rio e Francisco e Francisco Antônio de Sales, de Minas Gerais se reuniram e assinaram o Convênio de Taubaté com as diretrizes da política da valorização do café.

A  solução encontrada foi o compromisso dos três governadores em conseguir empréstimos do exterior para comprar os excedentes da produção de café (que não estavam sendo comprados devido à crise). Dessa forma, o café seria mantido nos portos brasileiros, evitando que uma desvalorização ainda maior do preço do produto no mercado nacional.

Para compensar os gastos com essa estratégia, os governadores decidiram que um novo imposto seria cobrado sobre o café exportado. Além disso, é importante destacar também que o plano incluía um acordo entre os estados produtores de café, que deveriam desestimular a expansão da produção.

Na época, o presidente Rodrigues Alves não concordou em conceder apoio financeiro para o Convênio de Taubaté. Somente no governo do Presidente Afonso Pena, que começou em 1907, o plano obteve apoio do governo federal.

O Convênio de Taubaté: consequências e importância

Em um primeiro momento, o plano funcionou. Mas, com o passar do tempo, outros países também começaram a produzir café, o que aumentou a concorrência e provocou o início de uma nova crise no Brasil.

Porém, mesmo não sendo capaz de reverter completamente a crise cafeeira, o Convênio de Taubaté é um símbolo do um esforço do governo em encontrar soluções para os problemas econômicos do país naquele momento. Além disso, o evento também teve particular importância nos debates sobre a intervenção do Estado na economia brasileira.

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