Clichês na redação: quando evitar e quando usar?

Fuja dos clichês! O tempo em que escrever uma boa redação era apenas uma exigência escolar ficou para trás. Hoje, ser objetivo e escrever bons textos é crucial em diversas áreas da vida. Seja para concorrer a um cargo público, conseguir descontos na faculdade ou se destacar em processos seletivos, a habilidade de redigir bem é fundamental.

Entretanto, quem pensa que escrever de forma objetiva se resume apenas a dominar a gramática está bem enganado. Os clichês em redação, por exemplo, são os principais responsáveis por tornar a leitura ambígua e prolixa, além de indicarem a falta de repertório cultural do autor. Aí complica, hein?

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Os clichês na redação

Os clichês em redação, também conhecidos como chavões e frases feitas, são termos amplamente conhecidos devido ao seu uso recorrente. Em resumo, incluem citações de pessoas famosas e aquelas “verdades universais”. É provável que já tenha se deparado com um artigo onde encontrou apenas “mais do mesmo”, ou seja, frases prontas sem nenhuma nova perspectiva sobre o assunto. Acredite ou não, isso é bastante comum em redações.

Mesmo algo tão aparentemente inofensivo como começar uma história com “era uma vez” pode ser considerado clichê. Da mesma forma, frases como “nos dias atuais” ou “como se sabe” são exemplos de como não iniciar um parágrafo. A forma como expressamos nossas ideias no papel reflete nossa habilidade e eficácia com as palavras. Além disso, ao analisar um texto, podemos identificar ambiguidades e excessos linguísticos, também conhecidos como vícios de linguagem.

Os clichês são mais comuns do que imaginamos. Expressões tão repetidas acabam se tornando automáticas na memória. Abaixo, você encontrará alguns exemplos já muito vistos nas redações e entenderá como evitá-los. Estamos falando de expressões ou ideias muito usadas, que acabam se tornando previsíveis e desgastadas.

Alguns exemplos comuns são:

“Desde os primórdios da humanidade”

Expressão usada para introduzir uma ideia sobre algo muito antigo ou histórico.

“Na atualidade” ou “nos dias de hoje”

Introdução genérica para falar sobre o presente.

“A tecnologia é uma faca de dois gumes”

Frase usada para discutir os prós e contras da tecnologia.

“O Brasil é um país de muitas desigualdades”

Comentário sobre as disparidades sociais no Brasil.

“A educação é a base de uma sociedade”

Afirmação sobre a importância da educação.

“A violência é um problema que assola a sociedade”

Discussão sobre a violência na sociedade.

“O meio ambiente está em risco”

Alerta sobre os problemas ambientais.

“A globalização encurta distâncias”

Discussão sobre os efeitos da globalização.

Esses clichês são frequentemente usados ​​e, por serem muito conhecidos, não acrescentam originalidade ou profundidade ao texto. Evitá-los ajuda a tornar a redação mais interessante e convincente.

Devo usar?

Bem, com certeza há situações específicas em que é aceitável utilizar clichês em uma redação. Por exemplo, pode-se começar com uma frase de senso comum para depois contestá-la com argumentos científicos, de autoridade ou com dados. Por exemplo: “Bandido bom é bandido morto.” Apesar de muitas pessoas defenderem essa ideia, ela vai contra os princípios da lei, que valoriza o direito ao julgamento justo e o uso controlado da força pelo poder público.

Além disso, em textos mais informais, é possível usar clichês de maneira descontraída para criar uma conexão com o leitor; no entanto, é importante destacar que não se recomenda utilizar esse recurso em redações dissertativas ou em situações formais.

Como evitar?