“Cachorro-quente” ou “cachorro quente”? Tem pão e salsicha, mas será que leva hífen também?

Entenda em quais situações cada um deve ser usado, de acordo com as regras da gramática.

A dúvida entre escrever “cachorro-quente” ou “cachorro quente” é bem mais comum do que parece. Esse lanche tão querido, presente em festas, eventos e até nas refeições do dia a dia, acaba gerando confusão na hora de colocar no papel.

Já bateu aquela dúvida se essa palavra leva ou não hífen? Calma, não precisa se preocupar! Logo abaixo, você vai descobrir a forma certa de escrever.

A origem do termo “cachorro-quente”

A história do termo “cachorro-quente” é, no mínimo, curiosa. Tudo começou com a salsicha, o ingrediente principal do lanche, acompanhada pelo pão, que serve de base para essa combinação tão famosa. O nome é uma tradução direta do inglês “hot dog”, que ganhou fama nos Estados Unidos no início do século XX e, logo depois, conquistou espaço também aqui no Brasil.

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Com o tempo, o cachorro-quente virou um verdadeiro símbolo da cultura alimentar brasileira. Quem nunca parou numa barraca de rua ou aproveitou uma festa com um cachorro-quente caprichado? Cada cantinho do país tem a sua versão especial: tem quem coloque maionese, ketchup, mostarda, batata palha e até vinagrete. E por aí, como é que o pessoal costuma preparar o cachorro-quente?

O uso do hífen em “cachorro-quente”

Agora partindo para o que realmente interessa… A dúvida entre escrever “cachorro-quente” ou “cachorro quente” tem tudo a ver com as regras de uso do hífen na língua portuguesa. Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), a forma correta é com hífen mesmo: “cachorro-quente”.

Essa regra vale para os chamados substantivos compostos com sentido figurado, onde os dois termos juntos formam uma nova ideia, diferente do significado isolado de cada palavra. Nesse caso, “cachorro” e “quente” juntos indicam o lanche, e não um cachorro literalmente quente.

Outros exemplos famosos desse tipo de formação são:

  • Guarda-chuva
  • Pé-de-moleque
  • Homem-bomba

Tudo com hífen para não deixar dúvidas no meio do caminho!

Mulher com expressão pensativa imaginando um cachorro-quente
Entenda o uso correto de “cachorro-quente”.
Imagem: Canva

E quando a grafia é sem hífen?

Mesmo com a forma correta sendo “cachorro-quente”, não é raro encontrar por aí a expressão escrita sem o hífen: “cachorro quente”. Isso acontece principalmente em conversas informais ou em textos mais descontraídos.

Mas atenção: escrever sem o hífen só faz sentido quando está se falando de um cachorro de verdade… que por algum motivo está quente! Nesse caso, o significado é literal, e não tem nada a ver com o lanche.

Olha só um exemplo:
O veterinário avisou à dona que cachorro quente é sinal de febre.

Viu a diferença? Tudo depende do contexto!

Em quais outras situações o hífen é usado?

Além dos substantivos compostos, o hífen também aparece quando são utilizados alguns prefixos. É o caso de palavras como:

  • ex-aluno
  • anti-inflamatório
  • vice-presidente

Esses são só alguns exemplos, mas a regra geral é simples: o hífen costuma aparecer quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a palavra seguinte, ou quando é preciso evitar confusões na leitura.

Aprenda mais e evite deslizes!

A grafia correta de “cachorro-quente” é só um dos muitos exemplos de como a língua portuguesa tem regras que ajudam a deixar a comunicação mais clara e eficiente. Mesmo que a forma “cachorro quente” apareça por aí em conversas informais, é legal saber como escrever da maneira certa, principalmente quando o assunto é um texto mais sério ou profissional.

E se a sua meta é não dar mais bobeira com o português e ampliar o seu vocabulário, aproveite para assistir ao vídeo logo abaixo! Nele, você vai encontrar dicas de perfis no Instagram que podem te ajudar a ficar por dentro das principais regras de forma leve e divertida.

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