O que são vacinas?
Quando falamos em medicina e tratamentos preventivos, a ideia geral costuma ser um só: a vacinação.
Essencial para conter qualquer epidemia, as vacinas são os recursos mais eficientes para a saúde geral de um grupo, seja ele humano ou animal. Talvez só percam para os antibióticos, em invenções revolucionarias à saúde.
Tanto é, que bebês, desde os primeiros dias, já são vacinados; Em alguns países, ter uma carteira de vacinação atualizada é o que garante um visto de entrada, no caso de estrangeiros.
Porém, o que é “a vacina”? Quem inventou “a vacina”?
“A Vacina”: mais antiga do que parece
Primeiro é importante reforçarmos. Não é “a vacina”, porque não existe só uma. São “as vacinas”, já que a tecnologia por de trás de vacinas são diferentes.
Segundo, é importante que você saiba: vacinas são mais antigas do que parecem. Segundo dados do Instituto Butantan, desde o século 10, já existia um tratamento vagamente semelhante ao processo de vacinação.
Na China, doentes de varíola eram tratados com um pó feito a partir de pústulas de pacientes. Não temos dados sobre a eficácia, mas a ideia estava lá: usar vírus inativos, para o sistema de defesa produzir anticorpos.
Porém, a ideia de vacina como conhecemos (uma amapola de vidro, com uma agulha) só aparece mesmo no século 18, com as pesquisas do médico britânico Edward Jenner.
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Ao perceber que pecuaristas ingleses eram menos suscetíveis a varíola humana (por estarem, constantemente em contato com vacas contaminadas com varíola bovina), Jenner decidiu fazer um experimente, injetando o vírus da doença animal em uma criança – que sobreviveu.
E as vacinas funcionam?
Sem nenhuma dúvida, a resposta para esta pergunta é sim.
Há muitas discussões em torno da eficácia de vacinas, mas estatisticamente, as chances de uma pessoa em condições normais sobreviver a uma doença, depois de receber a vacina dela, são muito maiores, do que sem vacina.
Há limitações, pois nem todos os organismos reagem da mesma forma, e há condições individuais que podem comprometer a eficácia de vacinas (ter diabetes ou alergias, por exemplo).
Mas são casos individualizados, que devem ser analisados pelo médico do paciente, e não como regra geral.
E claro, vacinas vão sendo testadas e analisadas (e aprimoradas) com o passar dos anos.
Como uma vacina funciona?
De maneira geral, o que a vacina faz é “ensinar” nosso sistema de defesa a enfrentar um vírus ou bactéria (ou mesmo ameba). A produção do conteúdo de vacinas pode ser feito usando algumas técnicas:
- Inativada
Aqui, o componente são micro-organismos inativos (“mortos”).
- Atenuada
Aqui, os micro-organismos estão vivos, mas atenuados – sem força para contaminar.
- Toxoide
Aqui são inseridos compostos tóxicos que causam doenças a serem combatidas.
- Subunidade
Aqui são inseridos fragmentos de micro-organismos, como proteínas e enzimas.
- Conjugada
Aqui são utilizadas proteínas e outros revestimentos externos, para combater micro-organismos específicos.
- Experimental
Vacinas experimentais são cada vez mais estudadas, e elas envolvem construções complexas, como vacinas de DNA, e vacinas com células T.