5 pesquisadores de movimentos indígenas, negros e LGBTQIA+

 

Quando vamos falar de ensino de Historia Descolonizada, estamos pensando em perspectivas sobre a Historia que não consideram os povos Europeus como “heróis” ou “conquistadores”, isso é, uma História que seja construída considerando a dominação sofrida por povos originários, povos negros e similares.

Entretanto, essa perspectiva não é simples de ser trabalhada na escola, por diversos fatores.

Primeiro, porque a formação de alguns professores é defasada – e os planos de carreira desses professores não propicia ou incentiva que o professor se atualize.

Segundo, porque os materiais, em sua maioria, ainda não são tão fáceis de serem acessados. Muitos estão em livros caros, ou distantes de cidades e regiões mais afastadas.

Porém, com a internet, acessar esses materiais fica muito mais fácil. E, para além dos materiais, acessar conteúdos produzidos por pesquisadores e ativistas.

Assim, listamos aqui 5 para pensar uma História Descolonizada.

 

1.      Ailton Krenak

Um dos principais pesquisadores e estudiosos de História e Cultura de povos originários é Ailton Krenak. Nascido em Minas Gerais, vindo de uma família da etnia Krenak, Ailton atua há quase quarenta anos junto a movimentos indígenas.

Ganhou atenção nacional ao participar da Constituinte de 1988, ao militar em prol das demarcações de terras indígenas. Autor de diversos artigos, e participante de centenas de palestras e seminários, seu livro mais conhecido é Ideias para adiar o fim do mundo, de 2019.

 

2.      Eliane Potiguara

Escritora e professora nascida no Rio, Eliane atua em prol dos Direitos Humanos – e mais especificamente, dos direitos indígenas – desde os anos 70. Participou da Constituinte de 1988, e sua atuação une ideais do movimento Feminista aos movimentos por direitos indígenas.

Esteve à frente de fundações culturais – como a Palmares – e junto à jornais e revistas, e é amplamente conhecida no cenário internacional. Seu principal livro é Metade Cara, Metade Máscara de 2004.

 

3.      Kabenele Munanga

Um dos mais importantes antropólogos negros do mundo, nascido no na República Democrática do Congo, e imigrado para o Brasil em 1980, Munanga é um dos grandes estudiosos do racismo brasileiro.

Professor de Antropologia da USP, tem ampla atuação junto a museus e fundações culturais brasileiras e é autor de centenas de artigos e livros.

Sua obra mais conhecida é Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra de 1999.

 

4.      Sueli Carneiro

Uma das mais importantes filósofas do mundo, Sueli nasceu em São Paulo; desde os anos 80, atua junto do Movimento Negro. Criadora e participante de diversos movimentos e frentes de combate ao racismo, é a fundadora do Instituto Geledés, de promoção de políticas públicas e culturais feministas negras.

Foca seus estudos de Filosofia, principalmente em Epistemologia do Ser. Suas teorias estão compiladas no livro Escritos de uma vida de 2018.

 

5.      Luiz Mott

Um dos mais conhecidos antropólogos brasileiros frente às questões LGBTQIA+, Mott atua em Salvador, onde criou o Grupo Gay da Bahia.

Seu livro mais conhecido é Homofobia: A violação dos direitos humanos dos gays, lésbicas e travestis de 1997.

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