3 matérias que deveriam entrar nos currículos nacionais
Quando pensamos na formação de um currículo escolar, o que está por de trás disso é a ideia que um órgão de educação tem, sobre a sociedade da qual ele faz parte.
Isso explica por que as matérias escolas são diferentes, de país para país. Por exemplo, em alguns, há o ensino de marcenaria. Em outros, o de línguas como francês ou gaélico.
No brasil, temos a Base Nacional Comum Curricular (a BNCC), um documento que instruí qual deve ser a formação dos currículos escolares brasileiros. Quando olhamos para a BNCC, vemos que há uma grande preocupação com a instrução teórica dos estudantes.
Além do ensino de Português e Matemática, claro.
Porém, há matérias e assuntos que poderiam integrar, também, os currículos brasileiros, pois são habilidades que, nos próximos anos, farão toda a diferença, em se tratando de viver em sociedade.
Veja quais são elas:
1. Ética na internet
As novas gerações já nascem tendo acesso às redes sociais, apps e tecnologias. Porém, há um campo do conhecimento que é pouco trabalhado, inclusive entre as famílias, que é o da Ética na Internet.
Por mais que a Ética seja uma área da Filosofia (e a Filosofia seja uma matéria obrigatória no Brasil), o caso da internet é peculiar.
A falsa sensação de “território livre” das redes afeta os estudantes (e as pessoas em geral), de forma que elas agem de uma forma diferente daquilo que são em sua vida pessoal, gerando problemas que vão da fobia social a crimes de ameaça e incitação à violência.
Sem falar no (crescente) problema das fake News.
Dessa forma, a matéria de ética na internet serviria (junto com a de Informática Educativa) para preparar as novas gerações para o uso adequado das redes.
2. Planejamento pessoal/familiar
O Brasil já teve matérias como Economia Doméstica e Economia para o Lar, matérias que ensinavam, justamente, noções de planejamento pessoal financeiro, sistemas econômicos e contabilidade.
Atualmente, essas matérias não são obrigatórias, e os conteúdos estão diluídos em Matemática, História e afins.
Porém, uma aula especificamente sobre Planejamento Pessoal ou Planejamento Familiar seria essencial, para as próximas gerações.
Isso porque, muitos estudantes saem da escola sem noções de finanças ou sem saber como planejar a criação de um núcleo familiar (seja ele qual for).
E o pior: os pais também não sabem direito como orientar seus filhos nesse sentido.
3. Inteligência Emocional
Hoje se fala bastante sobre inteligência emocional, mas poucas pessoas, de fato têm uma bem desenvolvida – isso é, poucas lidam bem com as emoções.
Uma boa parte das pessoas das novas gerações são pessoas superprotegidas pelos pais, independente da condição econômica.
Consequentemente, esses vivem suas emoções intensamente, sem saber lidar com tristezas e frustrações, enfrentando elas com uma vida materialista e comportamentos de risco.
Outra parte, procura ajuda de terapias e análise, e passa (e passará) anos em consulta.
Dessa forma, desenvolver essa noção nas escolas seria essencial, até mesmo para garantirmos a saúde mental das próximas gerações.