Veja a lista de cursos EAD proibidos pelo MEC
A decisão do MEC de restringir a oferta de cursos EAD em determinadas áreas reflete uma preocupação com a qualidade do ensino superior no Brasil.
O Ministério da Educação (MEC) trouxe mudanças importantes para quem estuda — ou pensa em estudar — a distância. Um novo marco regulatório foi criado para reforçar a qualidade dos cursos oferecidos nessa modalidade, e algumas graduações, especialmente da área da saúde e do direito, não poderão mais ser feitas totalmente online.
EAD assume a liderança no Brasil
O crescimento do EAD no país é relevante e merece atenção. Em 2022, pela primeira vez, o número de matrículas em cursos a distância superou o das graduações presenciais. Segundo o MEC, 52% das vagas ocupadas no ensino superior foram no formato remoto, mostrando que essa modalidade veio para ficar.
A explicação está na praticidade: para quem tem rotina cheia, trabalha o dia inteiro ou mora longe de um polo universitário, estudar de casa faz toda a diferença. Porém, o crescimento acelerado trouxe à tona uma preocupação: será que a qualidade acompanha essa expansão? Resultados do Enade mostraram que, em alguns cursos, o desempenho dos alunos EAD ficou abaixo dos presenciais. Foi aí que o MEC decidiu agir!
As novas modalidades de ensino
Agora, os cursos superiores no Brasil devem seguir uma das três modalidades definidas pelo MEC:
- Presencial: A maior parte das aulas ocorre em sala de aula, com até 30% de atividades online.
- Semipresencial: Combina encontros presenciais obrigatórios com atividades a distância, inclusive estágios e práticas.
- EAD: A carga horária é majoritariamente online e assíncrona (sem horário fixo), mas ao menos 20% das atividades devem ser presenciais ou síncronas, e as provas precisam ser aplicadas em ambiente físico.
Qualidade em primeiro lugar
O MEC deixou claro: a prioridade agora é qualidade. Algumas áreas, como saúde, direito e psicologia, exigem prática e interação presencial para formar profissionais realmente preparados. Por isso, essas graduações não poderão mais ser ofertadas 100% a distância.
O conteúdo teórico é essencial, claro, mas não basta. A vivência prática, o contato com professores, a troca entre colegas e as atividades em ambientes reais fazem toda a diferença na formação.
E quem já está fazendo um curso EAD?
Pode ficar tranquilo. Se você já está matriculado em um curso a distância, nada muda para você. As novas regras não afetam alunos que já estão em formação. Mesmo que o curso em questão seja um dos que passarão a ser proibidos na modalidade EAD, seu direito de concluir na forma atual está garantido. Diante disso, as instituições terão até dois anos para se adaptar às novas diretrizes. Ou seja: ninguém será pego de surpresa.
O que muda para as instituições
As faculdades e universidades que oferecem EAD vão precisar investir mais para atender às novas exigências. Entre os principais pontos, estão:
- Corpo docente qualificado: O número de professores precisa ser compatível com a quantidade de alunos.
- Mediadores pedagógicos: Esses profissionais terão papel essencial no suporte ao estudante e devem ter formação adequada à área.
- Estrutura física e tecnológica: Os polos EAD devem oferecer laboratórios e espaços preparados para atividades práticas, especialmente nas graduações que exigem esse tipo de vivência.
Tudo isso busca garantir que o aluno tenha uma trajetória de aprendizado completa, com estrutura, apoio e qualidade.
Cursos proibidos na modalidade totalmente EAD
Com o novo marco regulatório, alguns cursos de graduação não poderão mais ser oferecidos 100% online. Veja quais são:
| Curso | Modalidade permitida |
|---|---|
| Medicina | Apenas presencial |
| Direito | Apenas presencial |
| Odontologia | Apenas presencial |
| Enfermagem | Apenas presencial |
| Psicologia | Apenas presencial |
| Outros cursos da área da saúde | Presencial ou semipresencial |
| Cursos de licenciatura | Presencial ou semipresencial |
Essas mudanças vêm para garantir que, mesmo com a praticidade do EAD, a formação continue sendo comprometida com a realidade do mercado de trabalho.