Quanto um papa ganha por mês?

Salário do Papa: a simplicidade de Francisco e o novo Papa Leão XIV

Você já se perguntou quanto o Papa ganha? Ou se ele recebe um salário, como qualquer outra pessoa? O Papa Francisco, que morreu em 21 de abril de 2025, fez uma escolha bem diferente: ele decidiu viver de forma simples, sem salário, seguindo o exemplo de pobreza de São Francisco de Assis.  Antes de sua morte, ele fez uma generosa doação de 200 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) para os detentos da prisão Casal del Marmo, mostrando mais uma vez seu compromisso com a caridade e a solidariedade.

Agora, a expectativa gira em torno do novo papa: na última quinta-feira, 8 de maio de 2025, Robert Prevost foi eleito como o novo papa, adotando o nome Leão XIV. Ele se tornou o primeiro papa norte-americano da história, e sua eleição trouxe novas expectativas sobre a administração financeira da Igreja Católica.

O salário do papa

Você sabia que o Papa tem um salário? Pois é, em 2013, ofereceram ao  Papa Francisco 2,5 mil euros (aproximadamente R$ 16,1 mil) por mês. Mas, ao invés de aceitar, ele preferiu viver de forma simples, sem se preocupar com o luxo. Isso não faz você refletir sobre o quanto a simplicidade pode ser poderosa?

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A abordagem de Francisco

Francisco sempre disse que riqueza não deveria ser uma prioridade para quem lidera a Igreja. Em um documentário lançado em 2023, ele afirmou: “Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que serei alimentado de graça.”

O novo papa e suas expectativas

Com a eleição de Leão XIV, surgem novas expectativas sobre a gestão financeira da Igreja. Embora o novo papa tenha direito ao mesmo salário que seu antecessor, é incerto se ele seguirá o exemplo de Francisco ou se adotará uma abordagem diferente.

Cortes e reformas financeiras

Desde a pandemia de Covid-19, a Igreja Católica enfrentou desafios financeiros. O papa Francisco implementou cortes salariais para os cardeais e outros membros do clero, buscando equilibrar as finanças do Vaticano. Em 2021, ele determinou uma redução de 10% nos salários dos cardeais, uma medida que visava preservar empregos e garantir a sustentabilidade financeira da instituição.

Papa Francisco acena para os fiéis, promovendo um gesto de esperança.
O Papa Francisco adotou reduções nos salários dos cardeais e de outros membros do clero, com o objetivo de ajustar as finanças do Vaticano. Imagem: Nuno Veiga/Pool/Agência Lusa

A crise financeira do Vaticano

A crise financeira do Vaticano não é um fenômeno recente. A pandemia exacerbou problemas financeiros que já existiam, levando a uma necessidade urgente de reestruturação. O papa Francisco, antes de sua hospitalização em 2025, criou uma nova comissão para incentivar doações à sede da Igreja, que conta com cerca de 1,3 bilhão de fiéis em todo o mundo.

Em 2021, o Papa Francisco implementou uma redução de 10% nos salários dos cardeais e adotou medidas para diminuir os custos no Vaticano, com o objetivo de preservar os empregos dos funcionários. Naquele período, especulava-se que os cardeais que atuavam no Vaticano recebiam entre 4 mil e 5 mil euros mensais, e muitos deles viviam em apartamentos espaçosos com aluguéis abaixo dos valores de mercado.

Mudanças na habitação dos cardeais

Em 2023, Francisco decidiu que os cardeais que residem no Vaticano deveriam começar a pagar aluguel. Anteriormente, eles apenas arcavam com taxas de serviços, como água e luz.

Com a eleição de Leão XIV, surgem expectativas sobre a continuidade das reformas financeiras iniciadas por Francisco. Embora não se saiba se ele seguirá o mesmo exemplo de simplicidade, a necessidade de ajustes financeiros permanece, especialmente após a crise agravada pela pandemia.

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