Será que a gramática brasileira é mesmo machista ou só cria polêmicas por diversão? Quando se fala sobre o feminino de presidente, muita gente fica em dúvida e a troca de ideias ainda agita rodas de conversa, provas de concurso e, claro, redações pelo país inteiro.
Enquanto uns defendem a forma “presidenta”, outros preferem “presidente”, alegando tradição ou até sonoridade. No fim das contas, qual termo está correto? É o que você vai descobrir a seguir: uma explicação clara, para não restar dúvida a nenhum leitor curioso ou profissional da área educacional.
O que o VOLP e a gramática dizem sobre o feminino de presidente?
De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), mantido pela Academia Brasileira de Letras, há registro oficial tanto para “a presidente” quanto para “a presidenta”.
Isso significa que ambas as formas estão corretas, segundo as regras ortográficas vigentes no Brasil. “Presidente” funciona como um substantivo comum de dois gêneros, basta trocar o artigo para indicar se o cargo é ocupado por homem ou mulher.
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A presidente ou a presidenta?
A preferência entre “a presidente” e “a presidenta” varia de acordo com o contexto e a escolha pessoal. Em veículos de imprensa, documentos oficiais e concursos, a forma mais comum é “a presidente”.
Já “presidenta” tende a aparecer em discursos politizados ou quando há intenção de destacar o gênero feminino no cargo.
Como os órgãos oficiais tratam o feminino de presidente
Segundo pesquisas recentes, instituições como o Senado Federal e o Supremo Tribunal Federal adotam, em sua grande maioria, o termo “presidente” para mulheres. Porém, há espaço para o uso de “presidenta” em situações menos formais ou em ambientes favoráveis à valorização de termos femininos.
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Por que existe polêmica em torno da palavra?
A discussão sobre o feminino de presidente reflete um movimento social maior, que busca promover a representatividade feminina em cargos de liderança. O uso do termo “presidenta” ganhou força durante o mandato de Dilma Rousseff, mas segue sendo alvo de debates entre estudiosos da língua e políticos de diferentes campos.
“Presidenta” é um termo novo?
Apesar de parecer recente, “presidenta” está presente em dicionários e registros formais desde o final do século XIX. Sua popularização, porém, é relativamente nova no contexto político nacional, especialmente nos últimos anos.
Mas afinal, existe certo e errado?
Ao contrário do que muitos acreditam, não há erro gramatical em usar um termo ou outro. O ensino oficial reconhece ambas as palavras. Para o Enem, concursos e vestibulares, vale adotar a forma mais tradicional (“a presidente”), mas “presidenta” não poderá ser apontada como termo inadequado.
Dicas para não errar em redações e concursos
Vai prestar algum concurso e ou está se preparando para o Enem? Veja algumas dicas:
- Em textos formais, opte por “a presidente” para evitar controvérsias;
- Se o edital mencionar a aceitação de ambas as formas, utilize aquela que você considera mais natural;
- Preze sempre pela clareza: informe-se sobre a tradição do órgão ou instituição para o qual escreve;
- Lembre-se de que nem toda diferença é erro: feminino de presidente pode ser “presidenta”, sim!
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