Uma das pautas que mais têm entrado em evidência, nos últimos cinco anos, é o rompimento com valores masculinos tradicionais. Ou seja, o rompimento de ideias machistas sobre papéis sociais, papéis familiares, questões de gênero e afetividade, entre outras.
Como assim? Estamos falando de acabar com noções de “homem” e “mulher”? não, ao contrário. Romper com a masculinidade tradicional é, justamente, ampliar as ideias e possibilidades associadas ao arquétipo do homem contemporâneo.
O que significa isso? Significa romper com noções e ideologias nocivas à saúde mental e social. Por exemplo, a ideia de que “Homem não chora”. Ou de que “pais não sabem cuidar de filhas”. Ou de que “meninos não usam rosa”.
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São ideias conservadoras, que se antes faziam pouco sentido, hoje são ainda mais incabíveis. Inclusive, economicamente falando. Como assim? Entenda:
1. Homens sentimentais: por que reprimir emoções é insalubre?
Um dos principais problemas que os homens enfrentam é a repressão de emoções. O que significa isso? Basicamente, podemos resumir o problema com a frase “Homens não choram”.
Ou seja, homens são, tradicionalmente, ensinados a sentirem algumas emoções, mas não outras, e isso é extremamente danoso à saúde mental e até física, já que alguns homens reagem aos próprios sentimentos com violência e até automutilação.
Assim, ideias tradicionais sobre sentimentos e emoções precisam ser combatidas. Devem ser trabalhadas por um psicólogo, sob risco de serem reensinadas às novas gerações, dessa forma perpetuando um ciclo de violências.
2. Roupas de homens e roupas de mulheres
A escolha de um vestuário, muitas vezes, é feita primeiro, a partir de uma distinção de gênero. E por que isso é ruim?
Primeiro, porque é algo artificial. Não existem “roupas de mulher”, com exceção de sutiãs. Saias e vestidos, calças largas, camisas compridas, roupas rosas são usadas por homens, em algumas culturas, por exemplo, nos países mulçumanos.
Segundo, porque nem sempre a indústria da moda é, de fato, preocupada com o consumidor. Na verdade, muitas roupas são de tecidos antiecológicos, não respeitam a musculatura natural do corpo.
Terceiro, a produção de roupas diferenciadas (em cores, modelagens e similares) e neutras (que se adequam tanto ao corpo masculino quanto ao feminino) pode ser uma tendência, na indústria da moda. Ou seja, uma possibilidade de investimentos.
Claro que mudar a indústria da moda exige mudanças nas formas de produção massiva, como o caso de numerações. Mas isso não seria um problema, tenha em vista que diferenças de tamanhos já existem em roupas produzidas de país à país, e de marca à marca.
3. Trabalho de homem?
Homens não “ajudam” quando eles fazem tarefas doméstica. Eles estão zelando por sua casa e sua família. Nada mais justo.
Quebrar a noção de “tarefa de homem” e “tarefa de mulher” é essencial para a construção de uma organização doméstica estável e saudável, além de aprofundar laços familiares, afetivos e identitários.
Sobrecarregar mulheres com duplas jornadas (trabalho remunerado + faxina e filhos) é receita certa para problemas como burnout, ansiedade ou depressão.