O que revela a psicologia sobre o hábito de arrancar cabelo?
Entenda as causas psicológicas por trás da tricotilomania e suas consequências

O hábito de arrancar cabelo, conhecido como tricotilomania, é uma condição que vai além de um simples costume. Você sabia que embora possa parecer inofensivo, esse comportamento pode ter implicações sérias para a saúde mental e social do indivíduo? A psicologia oferece algumas informações sobre as causas, consequências e tratamentos dessa compulsão, revelando uma situação que merece atenção.
O que é a tricotilomania?
A tricotilomania é classificada como um transtorno do controle do impulso, onde a pessoa sente uma necessidade incontrolável de puxar os próprios cabelos. Essa condição é reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e está relacionada a distúrbios obsessivo-compulsivos. Para que o comportamento seja considerado um transtorno, ele deve ser repetitivo, difícil de controlar e causar sofrimento na vida do indivíduo.
Características do comportamento
- Repetitividade: O ato de arrancar cabelo ocorre de forma frequente e muitas vezes involuntária.
- Dificuldade de controle: A pessoa pode tentar parar, mas acaba cedendo à compulsão.
- Impacto negativo: O comportamento pode afetar a vida social, profissional e emocional do indivíduo.
Causas da tricotilomania
As razões que levam uma pessoa a desenvolver a tricotilomania são multifatoriais e podem incluir fatores emocionais, biológicos e genéticos.
Fatores emocionais
Muitas pessoas que sofrem com essa compulsão relatam que o ato de arrancar cabelo proporciona um alívio temporário de sentimentos como ansiedade, estresse e frustração. Essa relação entre o comportamento e a emoção pode reforçar o hábito, criando um ciclo vicioso. Você já passou por isso?
Fatores biológicos
Estudos sugerem que desequilíbrios neuroquímicos, especialmente relacionados à dopamina e serotonina, podem estar envolvidos na tricotilomania. Esses neurotransmissores desempenham papéis essenciais na regulação do humor e do prazer.
Aspectos genéticos
A predisposição genética também pode ser um fator. Indivíduos com histórico familiar de transtornos de ansiedade ou obsessivo-compulsivos podem ter maior risco de desenvolver a tricotilomania.
Sintomas associados
Além do ato de arrancar cabelo, a tricotilomania pode estar associada a outros sintomas e condições, como:
- Ansiedade: Muitas pessoas relatam que a tricotilomania se intensifica em momentos de estresse.
- Depressão: A condição pode coexistir com episódios depressivos, aumentando o sofrimento do indivíduo.
- Transtornos de personalidade: Em alguns casos, a tricotilomania pode estar ligada a outros transtornos de personalidade.
Diagnóstico da tricotilomania
O diagnóstico da tricotilomania deve ser realizado por um profissional de saúde mental qualificado. O processo geralmente envolve uma avaliação detalhada do histórico do paciente, incluindo a frequência e a gravidade do comportamento, bem como seu impacto na vida cotidiana.
Critérios diagnósticos
- A presença de um padrão recorrente de arrancar cabelo.
- O comportamento causa sofrimento significativo ou prejuízo em áreas importantes da vida do indivíduo.
- O ato não é melhor explicado por outra condição médica ou pelo uso de substâncias.
Tratamento da tricotilomania
O tratamento da tricotilomania é multidisciplinar e pode incluir psicoterapia, medicamentos e técnicas de autocontrole.
Psicoterapia
Você sabia que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para tratar a tricotilomania? Essa terapia ajuda o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para a compulsão.
Medicamentos
Em alguns casos, medicamentos como antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a regular os neurotransmissores e reduzir a ansiedade associada ao comportamento.
Técnicas de autocontrole
Estratégias como manter as mãos ocupadas, usar luvas ou elásticos no pulso podem ajudar a reduzir a frequência do ato de arrancar cabelo. Além disso, práticas de relaxamento, como meditação e exercícios físicos, podem ser benéficas.
A tricotilomania é uma condição complexa que requer compreensão e empatia. Reconhecer que esse comportamento vai além de um simples hábito é essencial para oferecer o suporte necessário a quem sofre com essa compulsão. A busca por tratamento e apoio pode levar a melhorias significativas na qualidade de vida do indivíduo.