Quem pretende se destacar no ENEM 2025 precisa ir além das leituras convencionais exigidas no vestibular. A cada ano, cresce o interesse por listas ampliadas que incluem autores contemporâneos, obras de diferentes realidades socioculturais e livros que abordam temas atuais. Muitos desses títulos, ainda que não estejam no edital como leituras obrigatórias, costumam aparecer em questões multidisciplinares e redações, trazendo discussões relevantes sobre sociedade, identidade e cultura.
Conheça alguns livros que, embora não sejam exigidos oficialmente, apresentam alta probabilidade de serem citados em contextos variados do exame, de acordo com tendências recentes e expectativas do meio educacional.
Obras contemporâneas com foco em diversidade
No ENEM 2025, a valorização da diversidade nos livros sugeridos se reflete tanto na escolha dos autores quanto nas temáticas sociais abordadas. Esse movimento coloca escritores indígenas, negros e periféricos em evidência, permitindo que as provas discutam pluralidade cultural e desigualdade de maneira mais ampla.
“A Vida Não é Útil”, de Ailton Krenak
Escrito por um dos maiores pensadores indígenas brasileiros, o livro propõe questionamentos sobre o sentido da existência, sustentabilidade, civilização e respeito ao planeta. Krenak utiliza sua experiência indígena para sugerir uma reflexão profunda sobre o modo de vida contemporâneo. O autor já é presença frequente em debates atuais e pode ser fonte tanto para questões objetivas quanto para argumentos em redações.
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“Canção para Ninar Menino Grande”, de Conceição Evaristo
A escritora Conceição Evaristo é referência nos temas de representatividade negra e literatura afro-brasileira. Sua obra mais recente investiga as relações entre mãe e filho e ressalta a importância da ancestralidade. O uso de diferentes pontos de vista e a abordagem de conflitos familiares enriquecem as análises literárias e sociais no ENEM.
Memórias e vivências: relatos que ressoam no exame
Os relatos autobiográficos e memórias continuam ganhando espaço como fontes de reflexão ética e discussão sobre trajetórias pessoais marcadas por desafios históricos e sociais.
“Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva
Marcelo Rubens Paiva narra as consequências da ditadura militar na própria família, principalmente após a prisão e o desaparecimento do pai. Ao unir drama pessoal e contexto político, a narrativa instiga discussões sobre memória histórica, democracia e direitos humanos, temas recorrentes no ENEM, seja em questões interdisciplinares ou inspiração para a redação.
Narrativas urbanas: juventude e periferia em destaque
Temas ligados à juventude, periferia e exclusão social vêm sendo cada vez mais cobrados. Obras que abordam essas realidades indicam novas formas de interpretar identidades coletivas e individuais.
“O Sol na Cabeça”, de Geovani Martins
O livro reúne contos que retratam o cotidiano de jovens das favelas do Rio de Janeiro, explorando sonhos, dificuldades, violência e esperança. A linguagem dos personagens e a ambientação são recursos valiosos para questões de interpretação e análise social, ampliando a compreensão de contextos urbanos brasileiros.
“O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório
Jeferson Tenório explora racismo sistêmico, identidade e legado familiar através da história de um jovem negro após o assassinato do pai. O romance oferece material consistente sobre desigualdade racial, cultura periférica e sofrimento psíquico, temas frequentes nas diferentes áreas do ENEM.
Literatura regional e ancestralidade
O interesse pela literatura de regiões historicamente menos representadas e por autores que resgatam ancestralidade e realidades rurais acrescenta novas perspectivas à prova.
“Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior
O romance premiado traz a história de duas irmãs no interior da Bahia, abordando sobrevivência, relações familiares, luta por terra e resistência. A força do enredo e o retrato de comunidades quilombolas e rurais garantem discussões relevantes para sociologia, história e geografia, além de possíveis citações literárias.
“Olhos d’Água”, de Conceição Evaristo
Escolhido para vestibulares como o da Unicamp, esse livro de contos apresenta vozes femininas e negras em situações de desigualdade, violência e resistência cotidiana. O estilo de Evaristo – lírico e potente – favorece interpretações textuais e possíveis relações intertextuais com demais temas sociais do ENEM.
Destaques e tendências para o ENEM 2025
Obras que tratam de pluralidade, inclusão, ancestralidade e questões políticas tendem a ganhar destaque no ENEM 2025. A preferência por autores contemporâneos brasileiros mostra o interesse em articular literatura com análises de cotidiano, desigualdade, protagonismo feminino e regionalismo. A leitura desses títulos amplia a capacidade de argumentação e o repertório sociocultural dos candidatos, preparando-os para diferentes demandas, inclusive a redação.
A seleção de livros listada neste artigo reforça a importância de sair do tradicional, indo ao encontro das discussões mais urgentes da atualidade. Essas obras são ferramentas valiosas para candidatos que buscam respostas elaboradas e aprofundadas em todas as etapas da prova.
Lugar das leituras não obrigatórias na preparação
Uma preparação sólida para o ENEM inclui não só entender conteúdos programáticos, mas também ampliar o repertório cultural e sociopolítico. Ler os títulos destacados potencializa as chances do candidato abordar temas sob diferentes pontos de vista e produzir textos reflexivos, inclusive na redação.
Vale organizar um cronograma que integre obras clássicas e contemporâneas, além de buscar debates e resumos sobre os livros sugeridos. Assim, o estudante potencializa seu desempenho e enriquece sua experiência durante a preparação. Saiba mais acompanhando o Pensar Cursos.
Perguntas Frequentes
Esses livros caem diretamente nas questões do ENEM 2025?
Não são necessariamente abordados em perguntas diretas, mas seus temas, autores ou trechos podem aparecer em interpretações, redação ou questões interdisciplinares.
Leituras não obrigatórias valem a pena?
Sim, porque ampliam o conhecimento crítico e o repertório cultural usado em diferentes gêneros textuais e discussões sociais.
Como encaixar essas obras no cronograma de estudos?
Inclua na parte de literatura contemporânea, alinhando a leitura aos temas socio-históricos do edital.
É preciso ler o livro completo?
Ler o livro inteiro oferece repertório mais sólido, mas resumos e análises também ajudam.
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