O Bolsa Família continua sendo referência como programa de transferência de renda no Brasil, abrangendo milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social. Recentemente, circulou a informação de um possível aumento do benefício para R$ 700. Entenda como funciona a distribuição dos valores, o que realmente mudou e quais são as regras vigentes para os pagamentos do programa.
Entenda a estrutura e os benefícios do Bolsa Família
O atual Bolsa Família é composto por cinco benefícios principais. Cada um deles atende a diferentes perfis das famílias cadastradas no programa, buscando maior equidade e adaptação conforme sua composição. São eles:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142,00 por integrante do núcleo familiar.
- Benefício Complementar (BCO): Pago às famílias cuja soma dos BRC seja inferior a R$ 600,00, complementando até esse valor.
- Benefício Primeira Infância (BPI): R$ 150,00 por criança de até 6 anos (incompletos) na família.
- Benefício Variável Familiar (BVF): R$ 50,00 para cada gestante, nutriz ou criança/adolescente de 7 a 18 anos incompletos.
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): Garante, temporariamente, que famílias migradas de programas anteriores não recebem valor menor do que recebiam.
Regras atuais de pagamento e comunicação sobre possíveis aumentos
Desde a retomada do programa com novo desenho em março de 2023, o valor mínimo garantido é de R$ 600 por família. Há adicionais de R$ 150 para cada criança de até seis anos e de R$ 50 por criança ou adolescente de 7 a 18 anos, assim como para gestantes e nutrizes.
Foi criado um valor mínimo de R$ 142 por pessoa no grupo familiar. Os valores podem ser acumulados conforme a situação de cada casa, podendo chegar a médias maiores em famílias numerosas ou com muitos dependentes em idade prioritária.
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É falso que exista um aumento fixo em análise para R$ 700. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome se posicionou oficialmente negando que o Governo Federal esteja planejando esse reajuste.

Regras de Proteção e mudanças
Para evitar que famílias percam o benefício de forma abrupta ao conseguir trabalho, existe a chamada Regra de Proteção. Famílias que registraram aumento de renda per capita para valores acima de R$ 218 e até meio salário mínimo podem continuar recebendo metade do valor do Bolsa Família por até 24 meses (norma até junho de 2025).
Desde junho de 2025, por força da Portaria nº 1.084 do Ministério, o tempo de Regra de Proteção passa a ser 12 meses e o limite de renda para permanência sobe para R$ 706 per capita, reforçando a conexão com a linha de pobreza adotada mundialmente.
Exceções e regras para renda estável
Para famílias cuja renda seja considerada permanente (aposentados, pensionistas ou usuários do BPC), a permanência é de até 2 meses. Entretanto, famílias com pessoas com deficiência que recebem BPC poderão contar com até 12 meses na Regra de Proteção.
Após esse período, se a família voltar a atender os critérios, retorna ao programa com prioridade por meio do Retorno Garantido, que possibilita a revisão do cancelamento do benefício em até 36 meses.
A atualização frequente das regras e dos valores repassados mostra o compromisso com o público mais vulnerável. Ao mesmo tempo, estimula a formalização do trabalho e oferece garantia de proteção durante a transição da renda. Caso restem dúvidas, o canal oficial do programa e o Pensar Cursos está sempre à disposição para esclarecimentos e consulta de detalhes sobre pagamentos, regras e calendário.
Perguntas Frequentes
- O Bolsa Família vai aumentar para R$ 700 em 2025? Não existe previsão oficial para aumento fixo do Bolsa Família para R$ 700 em 2025. O valor do benefício depende da composição familiar e dos adicionais previstos nas regras.
- Quais adicionais podem aumentar o valor total recebido no programa? Famílias com crianças pequenas, adolescentes, gestantes e nutrizes têm direito a adicionais de R$ 150 e/ou R$ 50 por beneficiário nessas condições.
- Como funciona a Regra de Proteção do Bolsa Família? Permite que famílias com aumento de renda per capita acima do limite possam receber 50% do benefício por até 12 meses, a partir de junho de 2025.
- Quem tem direito ao Benefício Extraordinário de Transição? Apenas famílias que recebiam valor superior na versão anterior do programa continuam sendo contempladas. Esse pagamento termina em maio de 2025.
Veja o calendário do Bolsa família de setembro:














