Dúvidas de Português! “Esse é o motivo ” _______ ” fui demitido? Neste caso usa-se “por que” ou “porque”?
Você sabe a resposta desta pergunta?
A língua portuguesa é rica e complexa, repleta de nuances que podem confundir até mesmo os falantes nativos. Entre os muitos desafios que a gramática apresenta, a distinção entre “por que” e “porque” é um dos mais notórios. Na frase: “Esse é o motivo por que fui demitido? Neste caso usa-se ‘por que’ ou ‘porque’?” Você sabe a resposta?
Diferença Entre “Por que”, “Porque”, “Por quê” e “Porquê”
Para evitar confusões, primeiro é importante entender as diferenças entre todas as variações de “por que” na sua forma básica:
- Por que: Utilizado em perguntas diretas ou indiretas e em frases relativas. Exemplos: “Por que você está aqui?” (pergunta direta), “Gostaria de saber por que ele saiu” (pergunta indireta), “A razão por que ele saiu ainda é um mistério” (função relativa).
- Porque: Usado como conjunção causal ou explicativa. Exemplo: “Ele foi demitido porque não cumpriu suas tarefas”.
- Por quê: Utilizado em perguntas diretas e isoladas, geralmente no final de frases. Exemplo: “Você está chorando por quê?”.
- Porquê: Usado como substantivo, geralmente antecedido por artigo ou outro determinante. Exemplo: “O porquê de sua saída ainda é desconhecido”.
“Esse é o motivo ” _______ ” fui demitido? “Por que” ou “porque”?
A confusão entre “por que” e “porque” é comum, mas cada forma tem um uso específico. Além das definições acima, “porque” também é utilizado como conjunção causal ou explicativa. Em frases como “Ele foi demitido porque não cumpriu suas tarefas”, “porque” indica a causa ou o motivo de algo. Já “por que”, quando separado, pode ter função interrogativa ou relativa, e é aqui que muitos tropeçam.
No contexto da frase “Esse é o motivo por que fui demitido?”, a forma correta é “por que”, separado. Vamos entender o porquê.
A Resposta é “Por que” Separado
Função Interrogativa
Quando usamos “por que” de forma separada e sem acento, estamos geralmente formulando uma pergunta direta ou indireta. Neste caso, “por que” exerce uma função interrogativa. Isso ocorre quando o “por que” vem acompanhado da palavra “motivo”, ainda que de maneira subentendida. Por exemplo, em “Por que você está triste?”, temos a mesma estrutura de “Por que motivo você está triste?”. A palavra “motivo” pode não estar explícita na frase, mas está implícita, sendo esse o motivo pelo qual “por que” deve ser usado de forma separada.
Função Relativa
Outra função do “por que” separado é a função relativa. Nesse caso, “por que” pode ser substituído por “pelo qual” ou “pela qual”, dependendo do contexto. Um exemplo clássico é a frase “Esse é o caminho por que passei”. Aqui, “por que” é equivalente a “pelo qual”, como em “Esse é o caminho pelo qual passei”. Essa utilização do “por que” é menos intuitiva para muitos, mas fundamental para a correção gramatical.
Exemplos Práticos para Fixação
Vamos explorar alguns exemplos práticos para reforçar o entendimento dessas diferenças:
- Por que:
- Pergunta direta: “Por que você não veio à reunião?”
- Pergunta indireta: “Gostaria de entender por que ela decidiu sair.”
- Função relativa: “A estrada por que passamos estava em péssimo estado.”
- Porque:
- Causal: “Ele não veio porque estava doente.”
- Explicativa: “Ela não respondeu porque estava ocupada.”
- Por quê:
- Final de frase: “Você está nervoso por quê?”
- Pergunta isolada: “Por quê?”
- Porquê:
- Substantivo: “Não entendo o porquê de tanta confusão.”
Dicas para não errar
Para garantir que você nunca mais confunda “por que” e “porque”, aqui vão algumas dicas práticas:
- Pergunte a si mesmo: Se você puder substituir a expressão por “por qual razão” ou “por qual motivo” e a frase continuar fazendo sentido, use “por que” separado.
- Verifique o contexto: Se a frase estiver explicando uma razão ou causa, “porque” junto é a escolha correta.
- Observe a posição na frase: Se estiver no final de uma pergunta, utilize “por quê” com acento.
- Analise se é substantivo: Quando antecedido por um artigo ou determinante, use “porquê”.