Você sabia que a moeda de R$ 1,00 comemorativa das Paralimpíadas, carinhosamente apelidada de “Perna de Pau” por causa do desenho do atleta, está gerando burburinho após informações circularem na internet indicando um valor de até R$ 20.000 por unidade? Mas será que isso é real? Veja no texto abaixo todas as informações sobre essa peça, e os reais valores que ela pode ter no mundo da numismática!
O que é preciso saber antes de procurar um tesouro no bolso?
Essa moeda foi fabricada pelo Banco Central em 2015 como parte da coleção de 16 peças que celebravam os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A peça traz o desenho de dois atletas paralímpicos em ação, o logo dos jogos e a data de fabricação.
Como uma das 14 modalidades homenageadas, junto com os dois mascotes (Vinícius e Tom) e a moeda da Bandeira Olímpica, a moeda do Atletismo Paralímpico tem uma tiragem alta. Foram cunhadas cerca de 20 milhões de unidades dessa peça, o que a torna bastante comum no mercado. Uma moeda que teve milhões de unidades fabricadas dificilmente valerá milhares de reais, a menos que algo especial tenha acontecido durante sua produção.
O que torna uma moeda realmente valiosa?
O que eleva o preço de uma moeda comum, como as olímpicas, é quase sempre o erro de cunhagem. Colecionadores dedicados procuram por defeitos que ocorreram no processo de fabricação na Casa da Moeda. Esses defeitos funcionam como um filtro de raridade: entre 20 milhões de moedas, apenas algumas dezenas podem ter um defeito significativo e catalogado.
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O estado de conservação faz toda a diferença
Se você encontrou a moeda do “Atletismo Paralímpico” em circulação, com arranhões e desgaste, seu valor será o de face: R$ 1,00. O estado de conservação é categorizado e dita o preço base da peça:
- MBC (Muito Bem Conservada): R$ 3,00
- Soberba: R$ 5,00
- Flor de Cunho (FC): R$ 10,00 (Esta é a peça que nunca circulou, sem qualquer marca)
Erros de cunhagem
O mito dos R$ 20.000 é, na verdade, uma confusão sobre o valor do erro. Embora o preço não chegue perto desse número, moedas das Olimpíadas com anomalias podem valer entre R$ 300 e R$ 900, dependendo da raridade do defeito e do estado de conservação. Veja abaixo os defeitos que podem valorizar sua moeda:
Reverso invertido ou horizontal
Para verificar o erro em sua moeda de R$ 1,00, basta centralizá-la e girá-la verticalmente:
- Reverso Invertido: Se a moeda ficar de cabeça para baixo ao girar, o erro é catalogado como reverso invertido. Esta anomalia pode alcançar valores de R$ 350 a R$ 900 no mercado especializado.
- Reverso Horizontal: Caso a peça fique deitada (para a esquerda ou para a direita), o valor médio catalogado fica em torno de R$ 300.
Defeitos na estrutura da moeda: o núcleo
A moeda de R$ 1,00 é bimetálica, feita com um núcleo interno (prata) e um anel externo (dourado). Erros nessa união são alguns dos mais procurados e valorizados:
- Núcleo Deslocado: Ocorre quando o núcleo interno é cunhado fora do centro, criando um anel externo irregular. Esse erro pode valer entre R$ 850 e R$ 900.
- Anel Cunhado Sem o Núcleo: Esta é a grande raridade que pode atingir valores muito altos. A moeda tem apenas o aro externo, sem o miolo. O valor de mercado é definido entre comprador e vendedor, podendo alcançar cifras surpreendentes.
Cunhagem descentralizada (efeito boné)
Este defeito acontece quando o disco metálico é posicionado de maneira incorreta no momento da impressão, resultando em uma borda irregular. O famoso “efeito boné” nas moedas olímpicas descentralizadas pode ter um preço que varia de R$ 450 a R$ 850, dependendo do grau de descentralização visível.
A moeda da Bandeira
Diferentemente da moeda do Atletismo Paralímpico, que é comum, a moeda da Bandeira Olímpica é a única que agrega valor de forma consistente, mesmo sem defeitos de cunhagem.
Por que a moeda da Bandeira é diferente?
A razão é simples: a tiragem. Enquanto as demais modalidades tiveram 20 milhões de peças fabricadas, a moeda da Bandeira teve uma produção limitada a apenas 2 milhões de unidades. Essa diferença de dez vezes na quantidade coloca a moeda da Bandeira em um patamar de raridade superior.
- Valor Mínimo Circulada: Cerca de R$ 100,00.
- Valor Perfeita (Flor de Cunho): Pode ser vendida por até R$ 200,00.
Onde e como vender suas moedas raras?
Depois de confirmar que sua moeda possui um erro de cunhagem valioso ou que você tem a rara moeda da Bandeira, a próxima etapa é a venda. Onde buscar compradores que paguem o preço justo pelo seu achado?
Para descobrir como catalogar corretamente sua peça, encontrar compradores confiáveis e definir o preço ideal, você precisa de um guia especializado. Para ter acesso às melhores formas de negociação e aos locais mais seguros para vender suas moedas raras, confira o texto do Pensar Cursos que explica como e onde vender suas moedas raras.




