O Plano Real foi instaurado pelo Ministro da Economia durante o mandato do Presidente Itamar Franco. O propósito era de enfrentar a crescente inflação no território brasileiro. A primeira ação significativa envolveu a mudança da denominação da moeda, que transitou de “Cruzeiro” para “Cruzeiro Real” no ano de 1993. Posteriormente, em julho de 1994, introduziu-se as cédulas da 1ª família do Plano Real.
Foram confeccionadas cinco notas nos valores de 1, 5, 10, 50 e 100. Todas apresentavam dimensões idênticas e um papel de proteção similar às notas de Cruzeiro e Cruzeiro Real. Aliás, as cédulas da 1ª família do Plano Real exibiam a imagem da figura simbólica da República como marca d’água.
Mais detalhes sobre as cédulas da 1ª família do Plano Real
Diante dos casos de falsificação, onde as notas de valor menor eram despojadas de sua tinta original e, posteriormente, reimpressas com valores de 50 e 100 unidades monetárias, houve a necessidade de aprimoramento. As cédulas da 1ª família do Plano Real de 1, 5 e 10 receberam uma marca d’água alternativa, substituindo a imagem da República pela bandeira nacional. Essa estratégia foi adotada pelo Banco Central com o intuito de erradicar a prática de falsificação.
Outra característica distintiva nas notas do Plano Real é a inscrição “DEUS SEJA LOUVADO”. Esse componente foi inserido em 1980, a pedido do então Presidente, José Sarney, ao Banco Central, para ser incorporado na moeda Cruzeiro. As primeiras cédulas contendo tal frase foram lançadas em fevereiro de 1986 e permaneceram presentes nas notas subsequentes.
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Em 12 de novembro de 2012, a Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão requereu à Justiça Federal a remoção da frase “Deus Seja Louvado” das cédulas brasileiras. O argumento era que tal presença poderia indicar um favorecimento religioso em um Estado que se define como laico.
Contudo, em 30 de novembro de 2012, a Justiça Federal refutou a solicitação do Ministério Público Nacional. A decisão judicial, elaborada em três páginas, destacou a ausência de evidências que comprovassem resistência social à expressão presente nas cédulas da 1ª família do Plano Real.
Produções alternativas em 2001
No ano de 2001, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) iniciou a produção das notas de 2 e 20 unidades monetárias com o objetivo de facilitar o processo de troco para notas de maior valor. Essas notas apresentam algumas distinções em relação às cédulas da 1ª família do Plano Real emitidas em 1994. Ademais, a mais notória a presença de uma marca d’água exclusiva e os números indicativos de seu valor.
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As notas de 1 unidade monetária foram retiradas de circulação em 2006, tornando-se, a partir de então, itens atrativos para entusiastas de colecionismo. Dado o curto período de circulação média das cédulas, aproximadamente um ano, o Banco Central optou pela substituição por moedas, que possuem uma durabilidade estimada de duas décadas.
Nota de plástico de 10 reais
Um momento emblemático na trajetória das cédulas da 1ª família do Plano Real foi a introdução da nota de 10 unidades monetárias confeccionada em polímero. Esta cédula foi concebida para celebrar o quinto centenário do descobrimento do Brasil.
Lançada em abril de 2000, a nota foi meticulosamente projetada para incorporar várias alusões à data festiva, incluindo:
- Representação de Pedro Álvares Cabral;
- Mapa “Terras Brasilis”;
- Fragmento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha;
- Rosa dos ventos, um instrumento de orientação náutica inspirado na cartografia portuguesa do século XVI.
Adicionalmente, a nota contém 12 dispositivos de segurança e foi fabricada por uma corporação australiana. Em 2006, o Banco Central deu início à retirada gradual das notas de polímero de circulação. Segundo comunicado oficial, essa medida já estava previamente planejada, considerando que a nota representava uma edição limitada comemorativa.
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