É comum encontrar dúvidas sobre qual a grafia certa dessa expressão que aparece em vestibulares, conversas cotidianas e até nos noticiários. “Fazer jus” ou “fazer juz”? Embora pareçam próximas no som, apenas uma forma é aceita pela norma culta da Língua Portuguesa.
Saber identificar a forma correta é fundamental para se comunicar com clareza e evitar deslizes, especialmente em textos acadêmicos, profissionais ou em provas. Confira a seguir, como escrever corretamente, o significado da expressão e como empregá-la em diferentes situações do dia a dia.
Qual a forma correta: “fazer jus” ou “fazer juz”?
De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), a única forma reconhecida e correta é “fazer jus”. A grafia com “z” – “fazer juz” – não existe na Língua Portuguesa e não tem reconhecimento na norma culta, não devendo ser utilizada em qualquer contexto formal ou informal.
Os enganos normalmente acontecem porque na fala as duas opções podem soar similares, além da associação equivocada com palavras como “juiz”. No entanto, apenas “jus”, com “s”, está de acordo com as regras da língua.
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O que significa “fazer jus”?
A expressão “fazer jus” refere-se a “merecer”, “ter direito”, “ser digno” ou “estar à altura” de algo. Pode ser uma conquista, uma recompensa, um reconhecimento ou uma afirmação sobre alguém. Assim, faz jus quem demonstra ter mérito ou direito sobre determinada vantagem ou título.
Segundo o Dicionário Houaiss, “fazer jus” significa ter direito por merecimento. Já no Dicionário Michaelis, encontra-se como fazer-se digno de algo, merecer. Em contexto jurídico ou formal, é utilizada para declarar que determinada pessoa, grupo ou entidade realmente conquistou determinado prêmio, remuneração ou título, validando a justiça do recebimento.
Origem da expressão “fazer jus”
A palavra “jus” vem do latim “jus”/“juris”, que significa direito. Curiosamente, ela aparece na formação de termos como “jurídico”, “jurisdição” e “jurisprudência”. Por isso, seu uso em expressões ligadas ao direito, mérito e reconhecimento faz todo sentido. Ao escrever “fazer jus”, indicamos que a pessoa tem direito a algo, por mérito ou merecimento comprovado.
Exemplos práticos de uso
- Fábio fez jus ao prêmio pelo esforço apresentado durante o projeto.
- A equipe faz jus ao título conquistado após meses de dedicação.
- A funcionária fez jus ao aumento salarial com seu desempenho.
- O filho dele precisa fazer jus à bolsa conseguida na universidade.
- O atleta fez jus ao reconhecimento internacional recebido recentemente.
Essas frases mostram como a expressão pode ser aplicada em diferentes contextos, sempre mantendo o sentido de mérito ou direito adquirido.
Por que ocorre a confusão entre “jus” e “juz”?
A confusão aparece principalmente por influência da oralidade na escrita e pelo uso frequente das duas letras para representações do mesmo som em português. Outra razão possível é a ligação com o termo “juiz”, que tem escrita parecida mas significado diferente. No entanto, “juz” não possui reconhecimento nem registro em dicionários da língua portuguesa e, portanto, não deve ser usado em hipótese alguma.
Quando e onde usar “fazer jus”?
Embora o termo tenha maior presença no vocabulário jurídico, notícias e textos formais, aparece também em contextos coloquiais. Pode ser citado em redações, provas, entrevistas de emprego ou até em conversas cotidianas quando se deseja expressar que alguém “mereceu” algo. Por exemplo:
- Ao comentar sobre um estudante aprovado em uma universidade concorrida: “Ela fez jus à vaga.”
- Numa discussão sobre promoções no trabalho: “Ele fez jus ao aumento.”
- No contexto esportivo: “O time realmente fez jus ao título.”
Compreender esse uso evita constrangimentos e representa domínio do idioma em diferentes ambientes.
Curiosidade: origem latina de “jus”
Assim como várias palavras da língua portuguesa, “jus” tem origem no latim, significando direito. Daí vieram outras expressões e palavras do âmbito jurídico, como “jurídico” e “jurisdição”. Essa relação com o direito mostra o quanto a expressão “fazer jus” carrega o sentido de algo legítimo e merecido.
Grafia certa e domínio do português
Dominar a grafia certa de expressões típicas da Língua Portuguesa é um passo relevante para quem deseja se destacar em redações, provas, artigos, ou mesmo em comunicações formais. O emprego incorreto pode soar desatento, principalmente quando a expressão certa, como “fazer jus”, é facilmente encontrada em diversas referências e dicionários.
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Perguntas Frequentes
- “Fazer jus” é sempre usado em situações formais? Não. Apesar de ser mais frequente no vocabulário formal e jurídico, pode ser usada em situações cotidianas para indicar merecimento ou direito.
- Existe alguma situação em que “fazer juz” seria correto? Não. “Fazer juz” não existe na Língua Portuguesa e não deve ser utilizado.
- Qual a origem da palavra “jus”? “Jus” vem do latim “jus” ou “juris”, que significa “direito”.
- A expressão pode ser usada em redações de vestibulares? Sim. “Fazer jus” é expressão culta e pode enriquecer redações, desde que usada corretamente.
- Existe plural para “fazer jus”? Não existe uma forma plural. A expressão é invariável e deve ser usada exatamente assim.
- Qual principal erro relacionado a essa expressão? Empregar a grafia com “z”. O correto é sempre com “s”: “fazer jus”.
- Por que ocorre tanta dúvida com relação à grafia? Por influência da oralidade e associação equivocada com o termo “juiz”.
- Onde posso consultar mais exemplos de uso? Em dicionários ou em textos jurídicos e jornalísticos.









